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Barragem Campo Grande | |
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Localização | |
Localização | São Paulo do Potengi, Brasil ![]() |
Bacia hidrográfica | Potengi |
Rio | Rio Potengi |
Dados gerais | |
Uso | Abastecimento, Irrigação, Lazer, Balneário |
Data de inauguração | 20 de fevereiro de 1986 |
Características | |
Tipo | Barragem de gravidade, Terra zoneada |
Altura | 23 m |
Cota de coroamento | 920 m |
Dados da albufeira | |
Capacidade total | 23.139.587,00 |
Pleno armazenamento | 166 m |
A Barragem Campo Grande está localizada no município de São Paulo do Potengi, no estado do Rio Grande do Norte, inserida na bacia hidrográfica do Rio Potengi.[1][2] Inaugurada em 20 de fevereiro de 1986 pelo governador José Agripino Maia e pelo prefeito Geraldo Macêdo Costa,[3] a barragem possui um papel fundamental tanto na gestão dos recursos hídricos quanto no desenvolvimento econômico e social da região.[4]
Além de sua importância estratégica no abastecimento de água e controle de cheias, a Barragem Campo Grande destaca-se como uma das principais atrações turísticas do município. Com suas águas tranquilas, o local tornou-se um ponto de lazer e recreação, oferecendo balneários em suas margens que atraem visitantes e se consolidam como paradas obrigatórias para aqueles que visitam São Paulo do Potengi.
A construção da Barragem Campo Grande, teve início nos primeiros anos da década de 1980. A iniciativa foi um esforço conjunto do governo estadual e do município, liderado pelo prefeito José Gomes Sobrinho, que, atendendo aos anseios da população potengiense, solicitou ao governador Lavoisier Maia o desenvolvimento do projeto. Com uma capacidade planejada para armazenar 35 milhões de metros cúbicos de água,[5] a barragem foi concebida com o objetivo de melhorar o abastecimento hídrico e proporcionar segurança contra as secas frequentes na região.
Em 1983, com a posse do novo governador José Agripino Maia, as obras continuaram em ritmo acelerado. No entanto, em meados de junho do mesmo ano, os trabalhos foram interrompidos devido à falta de recursos financeiros.[6] Esse impasse foi superado através da intervenção do ministro do Interiorr, Mário Andreazza,[7] que destinou cerca de 35 milhões de cruzeiros à construção, com a expectativa de conclusão até dezembro daquele ano. Contudo, a entrega da obra não foi possível nesse período.[8]
Mesmo sem a finalização completa, a barragem começou a operar parcialmente. Em abril de 1984, após fortes chuvas na região, a estrutura experimentou sua primeira sangria no dia 11 de abril,[9][10] demonstrando sua importância estratégica para o controle das águas e a gestão hídrica local. A infraestrutura de abastecimento da cidade de São Paulo do Potengi foi contemplada com um investimento adicional de 560 milhões de cruzeiros,[11] refletindo a prioridade dada ao projeto pelo governo estadual e federal.
A inspeção da barragem ocorreu em 4 de abril de 1984, com a visita oficial do ministro Mário Andreazza e do governador José Agripino Maia,[12] destacando a relevância da obra para o desenvolvimento regional. A entrega oficial da Barragem Campo Grande só foi realizada em 20 de fevereiro de 1986,[3] consolidando-a como uma das mais importantes obras de infraestrutura hídrica do Rio Grande do Norte. Desde então, a barragem desempenha um papel crucial no abastecimento de água e no controle das cheias na região do Potengi, contribuindo significativamente para o desenvolvimento econômico e social do município e das comunidades circunvizinhas.
A Barragem Campo Grande, ao longo de sua história, registrou várias ocorrências de sangrias, que são momentos em que o volume de água armazenado ultrapassa a capacidade máxima, resultando na liberação controlada de água. Esse fenômeno é crucial para a gestão hídrica da região e para evitar transbordamentos indesejados. Abaixo, apresenta-se o histórico das principais sangrias da barragem:
A Barragem Campo Grande é uma barragem de terra zoneada, um tipo de estrutura que utiliza camadas de solo compactado para criar uma barreira eficiente contra a passagem de água. Com uma altura máxima de 23 metros acima da fundação, a barragem é projetada para suportar grandes volumes de água, garantindo a segurança hídrica da região.[18]
A cota do coroamento da barragem é de 6 metros, o que define a altura da parte superior da estrutura em relação ao nível do solo. O comprimento do coroamento é de 920 metros, proporcionando uma base estável e ampla para a operação e manutenção da barragem. Essas características estruturais são fundamentais para a eficiência e durabilidade da Barragem Campo Grande, permitindo-lhe desempenhar seu papel vital na gestão dos recursos hídricos na bacia do Rio Potengi.[19]
Possui uma bacia que ocupa uma área de 440,90 hectares, proporcionando um espaço amplo para a captação e armazenamento de água. A barragem é projetada para abrigar um volume total de 23.139.587,00 m³, o que a torna uma estrutura significativa para a gestão hídrica na região.
Entretanto, a barragem apresenta um volume morto de 1.154.474,00 m³, que se refere à quantidade de água que não pode ser utilizada devido à sua profundidade ou à presença de sedimentos no fundo da barragem. Esse volume morto é uma consideração importante na administração dos recursos hídricos, pois impacta a disponibilidade efetiva de água para abastecimento e uso nas comunidades adjacentes. A gestão adequada desses volumes é crucial para maximizar a eficiência da barragem e garantir o abastecimento sustentável na bacia do Rio Potengi.[18][19]
A Barragem Campo Grande é equipada com um sistema de descarregamento de cheias do tipo "soleira espessa", projetado para gerenciar o fluxo excessivo de água e evitar transbordamentos que possam comprometer a segurança da estrutura. A cota da crista da soleira do sangradouro é de 116 metros, permitindo a liberação controlada de água em períodos de grande precipitação.
A lâmina máxima que pode ser alcançada no descarregador é de 6,60 metros, garantindo que a barragem possa suportar volumes significativos de água durante eventos de cheias. O caudal máximo que o sistema pode descarregar é de 942,00 m³/s, o que demonstra a capacidade da barragem em lidar com grandes volumes de água de forma eficaz.
Essas características do sistema de descarregamento são essenciais para a proteção da barragem e da população circunvizinha, assegurando que a água seja controlada adequadamente durante períodos de chuvas intensas, minimizando riscos de alagamentos e danos estruturais.[18][19]