Neste artigo analisaremos o impacto de Bombardeio de Damasco e Homs em 2018 na sociedade atual. Bombardeio de Damasco e Homs em 2018 é tema de interesse e debate há anos, e sua influência pode ser observada em diversos aspectos da vida cotidiana. Ao longo da história, Bombardeio de Damasco e Homs em 2018 desempenhou um papel crucial na formação de identidades culturais, na tomada de decisões políticas e na evolução das relações interpessoais. Através de uma análise abrangente, exploraremos diferentes perspectivas sobre Bombardeio de Damasco e Homs em 2018 e sua relevância no mundo contemporâneo. Este artigo procura fornecer uma visão abrangente e objetiva do impacto de Bombardeio de Damasco e Homs em 2018, a fim de incentivar a reflexão crítica e construtiva sobre esta questão tão relevante hoje.
Bombardeio de Damasco e Homs | |
---|---|
Mapa detalhando os locais bombardeados pelos Estados Unidos. | |
Local | Homs e Damasco, Síria |
Data | 14 de abril de 2018 0h00min (horário de Brasília) 23h00min (horário local nos Estados Unidos) 04h00min (horário local da Síria) |
Tipo de ataque | Bombardeio aeronaval |
Alvo(s) | Instalações militares e alegadas bases de produção de armas químicas da Síria |
Mortes | 0 (nenhuma relatada pela Síria) |
Feridos | 9 (6 soldados sírios e 3 civis) (segundo o Governo da Síria)[1][2] |
Responsável(is) | ![]() ![]() ![]() ![]() ![]() |
Motivo | Em resposta ao ataque químico em Douma |
O bombardeio de Damasco e Homs ou bombardeamento de Damasco e Homs, realizado em 14 de abril de 2018, às 04h00, horário da Síria (UTC+3),[3] foi um ataque aeronaval perpetrado por forças militares dos Estados Unidos, França e Reino Unido contra alvos do regime de Bashar al-Assad na Síria.[4][5][6]
Série de artigos sobre conflitos da |
Guerra Civil Síria |
---|
![]() |
As autoridades norte-americanas, francesas e britânicas justificaram a ação afirmando que se tratou de uma resposta ao ataque com armas químicas supostamente perpetrado pelas forças de Assad na região de Douma, na parte leste de Ghouta, em 7 de abril, na Zona Rural de Damasco, embora o governo sírio negasse responsabilidade pelo ocorrido.[7][8] A Rússia, aliada de Assad, se juntou às autoridades do regime em Damasco para condenar a ação unilateral dos Estados Unidos e afirmou que era uma violação da lei internacional e que "haveria uma resposta". Estes eventos ajudaram a aumentar ainda mais as tensões entre as nações Ocidentais, lideradas pelos Estados Unidos, e o governo russo do presidente Vladimir Putin.[9][10] Líderes da União Europeia e da OTAN apoiaram as ações anglo-franco-americanas.[11][12] Já o secretário-geral da ONU, António Guterres, pediu cautela e afirmou que todos os lados envolvidos deveriam mostrar restrição para "não correr o risco de escalar a situação e aumentar o sofrimento do povo sírio".[13] Os governos do Irã e da China condenaram os bombardeios, enquanto o resto da comunidade internacional também se dividia sobre o assunto.[14][15]
Segundo fontes do Pentágono, os principais alvos dos bombardeios foram bases militares sírias associadas com a produção de armas químicas, como o Centro de Pesquisa de Barzeh (em Damasco), que foi completamente obliterado. O Observatório Sírio de Direitos Humanos (OSDH), baseado em Londres, também reportou que dois outros centros de pesquisa sírios foram atacados.[7] Já na cidade de Homs, o general Joseph Dunford, chefe do Estado-Maior das forças armadas dos Estados Unidos, informou que um depósito de armas químicas, uma instalação de estocagem de armas e um posto avançado de comando do exército sírio foram igualmente destruídos.[16] O Ministério da Defesa do Reino Unido também reportou que depósitos de armas químicas sírias foram atacados por seus aviões.[17] Em contrapartida, o Ministério da Defesa da Rússia afirmou que, junto com o regime de Assad, conseguiram interceptar 71 dos 103 mísseis de cruzeiro disparados contra o território sírio, mas esta informação não foi confirmada de forma independente.[18] O OSDH, alinhado com a Oposição Síria, afirmou que 65 mísseis de cruzeiro foram interceptados pelas forças governamentais sírias, algo negado pelo governo dos Estados Unidos que ainda reiterou que a missão havia sido um sucesso.[19][20]
Em 7 de abril, um suposto ataque químico foi realizado na cidade Douma, na Síria,[21] sendo relatado ter havido cerca de 70 pessoas mortas.[22] O grupo rebelde Jaysh al-Islam (Exército do Islão) que controlava Douma,[23] vários médicos,[24][25] vigias e grupos ativistas — incluindo os Capacetes Brancos — relataram que os helicópteros do Exército Sírio lançaram barris de bombas.[26][27][28][29] As bombas eram suspeitas de estarem cheias de munições químicas, como gás cloro e sarin.[30][31]
Como nos incidentes anteriores, França, Reino Unido, Estados Unidos e outras nações, acusaram o regime de Assad de ser responsável pelo uso de armas químicas. A Rússia e Irã, principais aliados do governo sírio, negaram que armas químicas tenham sido usadas, alegando que se tratava de uma operação de bandeira falsa.[32][33] A Rússia acusou que o vídeo do ataque químico foi encenado por membros da organização dos Capacetes Brancos.[34][35] Anteriormente, o presidente da França, Emmanuel Macron, havia dito que o uso de armas químicas na Síria seria uma "linha vermelha" que exigiria uma retaliação imediata.[36] A França juntamente com os Estados Unidos, citaram amostras positivas de urina e sangue coletadas como prova de cloro sendo usado na cidade de Douma.[37]
Durante a madrugada de 9 de abril, foi realizado um ataque aéreo contra a base aérea militar de Tiyas, na Síria.[38] O Governo Americano negaram o lançamento do ataque aéreo, com o porta-voz israelense recusando-se a comentar sobre o ocorrido.[39] No dia seguinte, marcou-se uma reunião de emergência do Conselho de Segurança das Nações Unidas, onde houve de se discutir sobre como lidar com a resposta ao acontecimento do ataque químico, com a decisão final do veto.[40][41] No dia 11 de abril, as nações ocidentais começaram a considerar a ação militar na Síria, buscando uma "forte resposta conjunta".[42][37][43] No mesmo dia, o Governo Sírio alegou que havia convidado a Organização para a Proibição de Armas Químicas (OPAQ) a investigar os locais dos supostos ataques. "A Síria está interessada em cooperar com a OPAQ para descobrir a verdade por trás das alegações de que alguns lados ocidentais têm anunciado, para justificar suas intenções agressivas", afirmou a agência estatal de notícias SANA, citando uma fonte oficial do Ministério das Relações Exteriores da Síria.[44] Em 13 de abril, após negar que armas químicas foram usadas, a Rússia alegou que a Grã-Bretanha encenou o ataque para provocar ataques aéreos dos Estados Unidos.[45][46]