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Os Célticos (em latim: Celtici, lit. "celtas") eram os integrantes de uma tribo celta que habitava a zona do Alentejo ocidental no sul de Portugal, no sul da província de Badajoz e no norte da província de Huelva, formando a zona ocidental da Betúria: Celta Betúria; antes da romanização da península ibérica. São, assim, uns dos povos ibéricos pré-romanos. Segundo Jorge de Alarcão a "designação seria um colectivo que abrangeria diversos povos, designadamente os Sefes, os Cempsos e talvez também os Lusitanos.[1] Pela semelhança dos nomes das cidades, da língua e de rituais sagrados dos povos célticos e dos celtiberos, Plínio considera a Lusitânia a origem dos celtas na península ibérica.[2]
Várias fontes clássicas, gregas e romanas, mencionaram os Celtas.
Os Celtas não eram considerados um povo bárbaro. Pelo contrário, eram o que os gregos consideravam um povo civilizado, quase no mesmo grau que os turdetanos.
As suas principais cidades eram Lacóbriga (provavelmente Lagos no Algarve), Cepiana (no Alentejo), Bretoleu, Miróbriga (perto de Santiago do Cacém ), Arcóbriga, Meríbriga, Catraleuco, Turres, Albas e Arandis (perto de Castro Verde e Ourique). Outras cidades importantes foram Nertóbriga, Turóbriga, Ségida, Ébora , Cetóbriga e Eburobrício (Óbidos), entre outras povoações.
Parecem ser o principal grupo responsável pela celticização dos Conii, no Algarve.[carece de fontes]
A origem dos Celtas betúrios foi, segundo Plínio, o Velho, dos Celtas da Lusitânia e também eram parentes dos Galaicos:[4]
em latim: Celticos a Celtiberis ex Lusitania advenisse manifestum est sacris, lingua, oppidorum vocabulis, quae cognominibus in Baetica distinguntur.[5]Os Celtas do Guadiana tinham ligações de sangue com os Celtas Galegos, uma vez que tinha havido uma migração em grande escala para o noroeste destes Celtas juntamente com os Turdetanos (Str., 3, 3, 5).[3]
... migraram da Lusitânia, que ele parece considerar como a sede original de toda a população celta da Península Ibérica, incluindo os Celtiberos, com base numa identidade de ritos sagrados, idioma e nomes de cidades.[6]
Estes padrões migratórios persistiram no mesmo eixo até aos tempos modernos, sustentando uma transumância secular tradicional e sazonal da agricultura e da pecuária ao longo da antiga estrada romana ou cartaginesa da Prata que servia para o transporte da produção das suas ricas minas, e para os mascates e comerciantes da região de Astorga . carroceiros, os Maragatos .
Plínio notou ainda que já na época romana os habitantes de Miróbriga (uma das cidades celtas da região, perto de Santiago do Cacém) utilizavam o apelido de Celtas: Mirobrigenses qui Celtici cognominantur".[7] No santuário de Miróbriga um morador deixa registada a sua origem celta:
D(IS) M(ANIBUS) S(ACRUM) / C(AIUS) PORCIUS SEVE/RUS MIROBRIGEN(SIS) / CELT(ICUS) ANN(ORUM) LX / H(IC) S(ITUS) E(ST) S(IT) T(IBI) T(ERRA) L(EVIS)[8]
As povoações dos Célticos na Lusitânia eram:[9]
Os célticos eram vizinhos dos Turdetanos com quem partilhavam as planícies do Alentejo, ocupando os célticos a parte ocidental. É Ptolomeu (c. 90–ca.168), baseado em autores mais antigos como Posidónio e Artemidoro, que distingue os dois povos no século II d.C.[carece de fontes]