Caixa (instrumento musical)

No mundo atual, Caixa (instrumento musical) é um tema que tem ganhado relevância em diversas áreas da sociedade. A importância de Caixa (instrumento musical) tem ficado cada vez mais evidente no dia a dia, impactando tanto pessoal quanto profissionalmente. Desde as suas origens até à atualidade, Caixa (instrumento musical) tem sido objeto de interesse e debate, gerando opiniões conflitantes e despertando o interesse de especialistas e cidadãos. Neste artigo exploraremos a fundo o fenómeno Caixa (instrumento musical) e a sua influência em diferentes aspectos da vida moderna, analisando a sua evolução, impacto e possíveis implicações para o futuro.

 Nota: Para outros significados, veja Caixa.
Caixa
Tipo
tambor
individual double-skin cylindrical drums, one skin used for playing (d)
type of musical instrument (d)
Utilização
Usuário(a)s
Uso
A bateria

1 Prato de condução | 2 surdo | 3 Tom-tom

4 Bumbo | 5 Caixa | 6 Chimbau

Outros componentes

Prato de ataque | Prato chinês |
Pandeirola | Bloco sonoro | Campana

Caixa, caixa-de-guerra (do original em inglês war snare) ou caixeta clara é um instrumento musical percussivo bi-membranofone (duas peles distendidas) da família do tambor percutido, composto por: um corpo cilíndrico de pequena seção (caixa rasa de 10~15 cm); com duas peles de alta sensibilidade a batida, fixadas por meio de aros metálicos, e; esteira de metal constituída por pequenas molas, em contato com a pele inferior, que vibra após a pele superior ser percutida, produzindo um som característico das marchas militares.

Piccolo, tarol ou tarola (do original em inglês snare drum ou shallow snare drum: "tambor de caixa rasa") é um instrumento bimembranofone da família da caixa, com afinação um pouco mais aguda e som mais nítido, devido a ter um corpo com seção menor, e apresenta esteiras em ambas as peles. Popularmente distingue-se o tarol da caixa pelo formato do corpo; onde o tarol tem geralmente uma distância menor das membranas, em torno dos 10 cm, e a caixa pode ter acima de 15 cm.

De uma maneira geral, e dependendo dos modelos, a esteira pode ser afastada da pele inferior mediante uma alavanca, permitindo também a execução de ritmos sem a presença do som repicado.

A caixa é um elemento essencial: na formação da bateria musical, na ala de bateria das agremiações carnavalescas (escolas de samba) e, na banda militar.

O instrumento normalmente é tocando com uso de baquetas (do italiano bacchetta ou bacchio), um objeto em forma de pequeno bastão, e com uma das extremidades arredondadas usada para percutir, fabricado principalmente de madeiras ou fibras. Existem padrões do músico baterista/percussionista segurarem as baquetas em suas mãos, chamados de grip ou pegada. Existem sete tipos de manuseio: traditional grip, matched, french, american, german, ancient, overhand; as fundamentais são a traditional e a matched.

História

O militarismo foi um meio onde os tambores e sua linguagem se desenvolveram rapidamente, particularmente na Europa. Dentre os instrumentos de percussão, a caixa se destaca pela sua função, por ter uma sonoridade penetrante e bem audível é associada às diversas chamadas da tropa através de ritmos durante combate ou em exercícios militares.

Historicamente, os tambores do tipo caixa, provavelmente descendem de um tambor medieval chamado Tabor, usado pela primeira vez na guerra. É produzido com um laço único amarrado na parte inferior, com um som pouco mais alto que o tom médio.

Por volta do século XV, o tamanho do instrumento aumentou adquirindo uma forma cilíndrica. Este tornou-se popular com as tropas de mercenários suíços, devido o uso dos tambores no exército turco-otomano.

No século XVII, ocorreu uma mudança, iniciou-se o uso de parafusos para prender as peles, dando um som mais brilhante que o chocalho do laço. Sua forma manteve constante até o século XX, quando passou a ser feita de metal ou acrílico.

Composição do instrumento

Um tambor bimembranofone percutido formado por:

  • Corpo cilíndrico de uma pequena seção, chamado caixa rasa com 10 cm a 15 cm de altura,feito em madeira, metal ou acrílico;
  • Duas peles normalmente sintéticas, uma "pele percutida" e uma "pele resposta", de alta sensibilidade a batida, fixadas e tensionadas por meio de aros metálicos nas extremidades do corpo cilíndrico;
  • Jogo de esteiras de metal formada por pequenas molas de arame, colocada em contato com a pele inferior, que vibra e dobra o som devido a ressonância produzida quando a pele superior é percutida, produzindo um som repicado, característico das marchas militares;
  • Dois aros metálicos que são fixados nas canoas e nas extremidades do corpo cilíndrico;
  • Parafusos que fixam os aros metálicos nas canoas (presas ao redor do corpo cilíndrico), que são responsáveis por afinação tensionando as peles.

Estilos musicais

Uma caixa de samba

A caixa teve a sua origem na Europa do século XV, onde a sua utilização básica surgiu com a marcação do ritmo das marchas militares.

Atualmente seu uso se estendeu a praticamente todos os estilos musicais ocidentais, devido torna-se um instrumento percussivo fundamental, sendo elemento essencial na bateria, onde é usada geralmente na marcação dos contratempos ou na execução de células rítmicas, ou exercícios musicais mais complexos. Com uso frequente no rock, pop e no jazz, sendo também presença habitual nas seções de percussão das orquestras.

O uso de estilos afro-brasileiros tem suas raízes nos desfiles militares portugueses, desempenhando seu papel principal nas marchas, batucadas, e outros estilos do carnaval, apesar de ser também incluída em diversas outras formas de música.

As caixas integram a bateria de escolas de samba.

Execução

Músicos da Storyville Stompers Brass Band tocando caixas.

O percussionista executa a caixa com auxílio de duas baquetas, geralmente de madeira ou com pequenas escovas, designadas por vassourinhas.

Nas bandas de marchas ou desfiles, é hábito apoiar a caixa ao ombro ou à cintura do percussionista com um talabarte (alça). Quando utilizada na bateria, é montada sobre um pedestal, geralmente, em forma de tripé.

Sons

Maracatu

Maracatu

Com esteira

O músico pode produzir vários tipos de sons. Com as esteiras encostadas à pele inferior o som é repicado e brilhante, como neste exemplo:

Sem esteira

Quando a esteira é solta pela alavanca, o som é brilhante (ressonante) mas sem a presença dos repiques (ainda sem exemplo disponível).

Tocar no aro

O músico pode bater no aro metálico que fixa a pele, produzindo um som seco e metálico:

Abafando

É também possível utilizar um abafador que elimina totalmente a ressonância da pele inferior, tornando o som seco e curto.

Vassourinhas

O som produzido muda drasticamente quando a caixa é tocada com o auxílio de vassourinhas. Neste caso os sons são mais suaves e o músico pode também raspar a pele produzindo um som de fricção. Este tipo de execução é muito comum no jazz (ainda sem exemplo disponível).

Ver também

Referências

  1. a b c «Brazilian Music, Instruments». Sol Samba (em inglês). Consultado em 18 de agosto de 2021 
  2. «Caixa». Encyclopædia Britannica Online (em inglês). Consultado em 26 de agosto de 2020 
  3. a b c d e f «Caixa de Guerra - Lu Explica». Magazine Luiza. Consultado em 19 de agosto de 2021 
  4. Os intrumentos de percussão de uma bateria de samba.
  5. derekmelo (28 de março de 2016). «Como escolher o Seu Tipo de pegada de Baquetas». Clube do Baterista. Consultado em 16 de março de 2022 
  6. Braga, Tarcísio (2011). «A caixa clara». A caixa clara na bateria: Estudo de caso de performances dos bateristas Zé Eduardo Nazário e Marcio Bahia (pdf) (Tese de mestrado). Belo Horizonte: Universidade Federal de Minas Gerais. p. 16. Consultado em 19 de agosto de 2021 
  7. Braga, Tarcísio (2011). «Construção e componentes característicos». A caixa clara na bateria: Estudo de caso de performances dos bateristas Zé Eduardo Nazário e Marcio Bahia (pdf) (Tese de mestrado). Belo Horizonte: Universidade Federal de Minas Gerais. p. 17. Consultado em 19 de agosto de 2021