No artigo de hoje vamos falar sobre Caravançarai, um tema fascinante e intrigante que tem chamado a atenção de pessoas de todas as idades e de diferentes partes do mundo. Caravançarai tem sido objeto de debate e análise e tem gerado considerável interesse na sociedade contemporânea. Ao longo deste artigo exploraremos os diferentes aspectos de Caravançarai, desde sua origem e evolução até seu impacto no dia a dia das pessoas. Além disso, analisaremos a sua relevância no contexto atual e discutiremos as possíveis implicações futuras de Caravançarai. Você está pronto para mergulhar neste mundo fascinante? Então junte-se a nós nesta jornada de descoberta e aprendizado!
O termo caravançarai[1] (também grafado caravançará[2], caravancerá[3] e caravanceralho[4]) designava um tipo de estabelecimento de tipo hoteleiro (pousada ou estalagem) que se encontrava sobretudo no Médio Oriente, Ásia Central e Norte de África, mas que também existiu um pouco por todo o Mediterrâneo e na China, que se destinava a mercadores viajantes.[5] Geralmente esses estabelecimentos também tinham funções de armazém ou entreposto comercial e situavam-se à beira de estradas, embora também fosse comum existirem em áreas comerciais de cidades, sendo usual nestes casos que fossem também mercados.[6]
Os caravançarais tinham uma função importante no apoio aos fluxos comerciais, proporcionando um local seguro onde os comerciantes em viagem, frequentemente estrangeiros, podiam descansar tendo as suas mercadorias e gado em segurança, e eram uma peça fundamental da extensa rede de rotas comerciais que ligavam a Ásia com o Médio Oriente, sudeste da Europa e Norte de África, especialmente ao longo da Rota da Seda.[7]
"Caravançarai" significa literalmente em persa "palácio de caravanas" (çara, a que se adiciona o sufixo yi, significa palácio ou edifício com pátios interiores). Os nomes ou respetivas transliterações variavam conforme a região e as línguas.
Os termos bedesten e kaysaryia, também aplicados a mercados cobertos ou armazéns de mercadorias, são igualmente usados como sinónimos de caravançarai, bem como wakala, ribat ou rabat; estes últimos deram origem ao português "arrábita" e "arrábida" e são mais usualmente associados a certas fortalezas ou mosteiros fortificados que se encontram no Norte de África.[6]
No Magrebe designavam-se funduq, funduque ou fondouk,[8] um termo que por vezes também surge noutras paragens e era usado na Península Ibérica durante o período muçulmano. No subcontinente indiano eram designados por sarai.[carece de fontes]
Nas cidades e colónias das repúblicas marítimas italianas, eram designados fondachi (singular: fondaco), um termo que tem origem no árabe فندق (funduq), que significa literalmente "casa-armazém", e que por sua vez provém do grego πάνδοκος (pousada).[9] O mesmo termo deu origem ao espanhol fonda, que ainda hoje é sinónimo de pensão ou estalagem modesta que fornece alojamento onde se serve comida.[10]
A origem deste tipo de estabelecimento remonta ao Império Aquemênida, onde existia a chamada Estrada Real, reconstruída por Dario I no século V a.C. e que se estendia por 2 500 km, entre Susa e Sárdis. O geógrafo grego Heródoto (século V a.C.) refere que «ao longo de toda a sua extensão existem estações reais e excelentes caravançarais; e atravessa terras inabitadas e é livre de perigo».[11]
Os caravançarais floresceram principalmente durante a expansão islâmica e os séculos que se lhe seguiram, estando ligados ao aumento do comércio por terra entre o Oriente e o Ocidente, nomeadamente da Rota da Seda, que só declinou após a abertura das rotas oceânicas pelos portugueses a partir dos últimos anos do século XV. A maior parte dos caravançarais foram construídos entre os séculos IX e XIX e cobrem uma área geográfica centrada na Ásia Central. Foram construídos aos milhares, e em conjunto constituem um fenómeno de grande importância do ponto de vista não só económico, mas também social e cultural. A maior parte deles encontra-se atualmente em ruínas ou muito degradados, apesar de muitos estarem classificados como monumentos e alguns se encontrarem em bom estado.[7]
Tipicamente, um caravançarai era um edifício ou recinto de planta quadrada ou retangular, com muros em toda a volta, com um único portão de acesso, suficientemente largo para permitir a passagem de animais muito carregados, como camelos. O pátio central era quase sempre a céu aberto e era rodeado de divisões idênticas que tinham aposentos para acomodar os mercadores e os seus servos, animais e mercadorias.[12]
Os caravançarais forneciam água para consumo humano e dos animais, lavagens e abluções. Por vezes tinham balneários elaborados. Também tinham comida para animais e lojas onde os viajantes podiam abastecer-se. Além disso, algumas lojas também compravam bens aos mercadores em viagem.[13]
Parte do texto foi inicialmente baseado na tradução do artigo «Caravanserai» na Wikipédia em inglês (acessado nesta versão).