Catherine Malabou

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Catherine Malabou
Nascimento
Sidi Bel Abbès, Argélia
Ocupação Filósofa e professora universitária

Catherine Malabou (Sidi Bel Abbès, 1959 - ) é uma filósofa francesa contemporânea. É professora de filosofia na European Graduate School, como também de filosofia europeia moderna na Universidade de Kingston, e ensina como professora convidada em diversas universidades norte-americanas. Malabou é uma estudiosa da filosofia francesa e alemã, e se destaca por sua leitura de pensadores canônicos como Hegel, Heidegger, Kant. É também reconhecida por sua inserção crítica nos campos das ciências da vida, como a neurociência. É conhecida por sua elaboração do conceito de plasticidade, epigenética, inteligência, trauma e por suas abordagens ao anarquismo, feminismo, à vida biológica e sua relação com a vida simbólica.

Biografia

Nascida em Sidi Bel Abbès, Argélia, em 1959, Malabou iniciou seus estudos superiores na Universidade de Paris-Sorbonne antes de frequentar a École normale supérieure de Fontenay-Saint-Cloud, onde, em 1994, realizou sua tese sobre Hegel - L’avenir de Hegel: Plasticité, temporalité, dialectique (O futuro de Hegel: Plasticidade, Temporalidade, Dialética) - sob a orientação de Jacques Derrida. Ela foi professora assistente na Universidade Paris Ouest Nanterre em 1995.

Pensamento

A filosofia de Malabou tem se desenvolvido numa intersecção entre pensadores notórios da filosofia europeia - como Kant, Hegel, Heidegger, Michel Foucault, Derrida -, e um engajamento consistente com um número de atualidades das ciências da vida, da política, da informática e do feminismo. Sua obra se insere de maneira geral no campo dos novos materialismos, uma corrente da filosofia contemporânea que a autora identifica como um chamado à novos engajamentos com a materialidade, pensada enquanto necessariamente dialética e desconstrutiva, e de renovação crítica contra o que se percebe como uma tendência do pensamento materialista passado à se conformar com determinismos e teleologias, que restringiam o que Malabou enfatiza como a capacidade auto-formativa e metamórfica da matéria. Enquanto tal, a aspiração do materialismo na contemporaneidade seria resistir à dicotomia entre matéria e forma, ou espírito, e entre o material e o ideal. Central nessa reformulação da matéria é o conceito de plasticidade que a autora desenvolve desde sua tese de doutorado, que articula conotações sutilmente presentes na reflexão de Hegel sobre o hábito e o tempo com os aportes da neurociência sobre a plasticidade cerebral. Para Catherine, as novidades sobre o cérebro trazidas pelos métodos da neurociência não podem ser ignoradas pela filosofia, pois representam a abertura de novos paradigmas para pensar o humano, a racionalidade e o biológico, na mesma medida que exigem a atenção da filosofia para a crítica dos conceitos científicos e da relação que estabelecem com o poder político e econômico.

Obras

Ver também

Referências

  1. a b «Perfil na European Graduate School». Consultado em 4 de julho de 2022 
  2. a b Ramos, Afonso Dias. «Catherine Malabou: Anarquia e prazer, cenas de uma vida plástica». Electra. Consultado em 4 de julho de 2022 
  3. Ramos, Benjamin; Dalton. «Forgetting Plasticity: Catherine Malabou and the Brain Beyond Memory». iai news. Consultado em 4 de julho de 2022 
  4. a b Watkins 2016, p. 78.

Bibliografia