Neste artigo, exploraremos o impacto de Coito interrompido na sociedade atual. Coito interrompido tem sido tema de conversa e debate nos últimos tempos, pois gerou opiniões conflitantes e despertou o interesse de um amplo espectro da população. Ao longo deste artigo analisaremos diferentes aspectos relacionados a Coito interrompido, desde sua origem até sua influência em diferentes áreas da vida cotidiana. Da mesma forma, examinaremos diferentes perspectivas e estudos que lançam luz sobre Coito interrompido, com o objetivo de fornecer uma visão abrangente deste fenômeno tão relevante hoje.
Coito interrompido | |
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Informação | |
Tipo | Natural |
Primeiro uso | mais de 2000 anos atrás |
Taxas de falha (primeiro ano) | |
Uso perfeito | 4% |
Uso típico | 15-28% |
Utilização | |
Reversibilidade | Sim |
Notas | Depende do auto-controle do homem. |
Intervalo clínico | Nenhum |
Vantagens e desvantagens | |
Proteção contra IST | Não |
Aumento de peso | Não |
Benefícios | Sem efeitos colaterais |
Riscos | gravidez e doenças sexualmente transmissíveis |
Coito interrompido (em latim coitus interruptus) é um método de contracepção no qual, durante a relação sexual, o pênis é removido da vagina logo antes da ejaculação, impedindo a deposição de sêmen no interior da vagina. Este método tem sido utilizado amplamente pelos últimos dois mil anos e seu uso em 1991 foi estimado em 38 milhões de casais em todo o mundo.[1]
Como muitos outros métodos contracetivos, a efetividade confiável é alcançada somente com o uso correto e consistente. As taxas de falha observadas de coito interrompido variam dependendo da população estudada: estudos mostraram taxas de falhas de 15-28% por ano.[2] Em comparação, a pílula anticoncepcional tem uma taxa real de falha de 2-8%,[3] enquanto que o diafragma tem uma taxa real de falha de 5-10%.[2][4] O preservativo tem um taxa real de falha de 10-18%.[2]
Para casais que usam o coito interrompido em todos atos sexuais, a taxa de falha é de 4% por ano. Em comparação a pílula tem uma taxa de falha de uso-perfeito de 0.3%, enquanto o diafragma tem uma taxa de falha de uso-perfeito de 6%. O preservativo tem uma taxa de falha de uso-perfeito de 2%.[5]
A principal causa da falha do método do coito interrompido é a falta do auto-controle de quem o utiliza. Isso pode resultar no depósito de sêmen na vulva, que pode facilmente migrar para o trato reprodutivo feminino. Alguns médicos vêem o coito interrompido como um método ineficiente para o controle de natalidade.[6] Em contraste, um estudo recente no Irã demonstrou que províncias com altas taxas de uso de coito interrompido não apresentam altas taxas de fertilidade, e que a contribuição do método para uma gravidez não desejada não é muito diferente do que a dos outros métodos mais utilizados, como a pílula ou preservativo.[7]
Foi sugerido que o pré-ejaculado ("fluido de Cowper"), fluido emitido pelo pênis antes da ejaculação, contém espermatozoides e é facilmente inserido na vagina através da ação dos capilares. Entretanto, muitos estudos novos[8][9] não obtiveram êxito em achar algum espermatozoide viável no fluido. Enquanto grandes estudos conclusivos não foram realizados, acredita-se que a principal causa da falha do uso-correto é a do fluido pré-ejaculado adquirindo espermatozoides de uma ejaculação anterior.[10] Por esta razão, é recomendado que os usuários do coito interrompido façam com que o homem urine entre as ejaculações, para limpar a uretra do esperma, e limpar qualquer ejaculado de objetos que possam chegar perto da vulva da mulher (por exemplo, mãos e pênis). Até hoje não foram constatados casos de gravidez do uso do coito interrompido aliado à injeções anti-concepcionais (Mesygina, Perlutan e Ciclofemina) ou ao adesivo Anti-concepcional (Evra). Por transformarem a parede da vagina em um ambiente inapropriado para a sobrevivência do espermatozoide, esses remédios fazem que os poucos que existem no líquido pré-ejaculado morram facilmente, impossibilitando a fecundação. As injeções e o adesivo anti-concepcional são considerados hoje os contraceptivos mais eficientes, com um índice de falha extremamente baixo.[11]
A vantagem do coito interrompido é a de que pode ser utilizado por qualquer pessoa que tiver vontade ou não tiver acesso a outras formas de contracepção. (Alguns homens preferem fazer isso de modo que eles protejam suas parceiras dos possíveis efeitos adversos dos contraceptivos.[12] Este método não tem custos, não requer dispositivos artificiais, não têm efeitos colaterais físicos, e pode ser praticado sem a prescrição ou consulta médica.
O coito interrompido não é eficiente na prevenção de DSTs, como HIV, já que o pré-ejaculado pode carregar partículas de vírus ou bactérias que podem infectar o parceiro se este fluido entrar em contato com membranas mucosas. Entretanto, a redução no volume dos fluidos corporais trocados durante a relação sexual pode reduzir a propensão da transmissão de doenças devido ao menor número de patógenos presentes.[8]
Este método pode ser de difícil utilização para alguns homens. A interrupção da relação sexual pode deixar os parceiros insatisfeitos, como alguns homens relataram que o ato é análogo a sair de um cinema um pouco antes do grande final de um bom filme.[13]
Mundialmente, 3% das mulheres em idade fértil confiam no método do coito interrompido como seu método contraceptivo primário. A popularidade regional do método varia amplamente, de uma baixa taxa de 1% no continente Africano até 16% na Ásia Ocidental. (Dados de pesquisas da década de 1990.) [14]
Nos Estados Unidos, 56% das mulheres em idade reprodutiva já tiveram um parceiro que usava o coito interrompido. Em 2002, 2,5% estavam usando o coito interrompido como seu método primário de contracepção.[15]