No mundo atual, Danaus adquiriu relevância indiscutível em diversas áreas da sociedade. Seja a nível pessoal, profissional ou social, Danaus tornou-se um tema de conversa frequente e de interesse geral. Seu impacto e influência são palpáveis em diversos aspectos da vida cotidiana, gerando debate e admiração. É por isso que é essencial explorar a fundo o fenómeno Danaus, analisando as suas implicações, consequências e possíveis interpretações. Neste artigo, propomos mergulhar no mundo de Danaus para compreender seu verdadeiro alcance e importância hoje.
Danaus | |||||||||||||||||||
---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|
Classificação científica | |||||||||||||||||||
| |||||||||||||||||||
Espécies | |||||||||||||||||||
Danaus é um género de borboletas (Lepidoptera: Nymphalidae) aposemáticas, da subfamília Danainae, tribo Danaini, com doze espécies reconhecidas, que habitam climas temperados, subtropicais e tropicais, possuindo representantes nas regiões Neártica, Neotropical, Paleártica, Afrotropical, Oriental, Australiana e Pacífica.[1] Entre as espécies de borboletas do gênero Danaus se destaca a espécie popularmente conhecida como Borboleta-monarca (Danaus plexippus).
Plantas, muitas vezes, apresentam defesas químicas como cardenolidas e alcaloides pirrolizidínicos para deter os herbívoros predadores. Entretanto, borboletas do gênero Danaus (Nymphalidae: Danainae: Danaini) se beneficiam destas defesas. As Danaus apresentam dois mecanismos de defesa química: um baseado em cardenolidas e o outro baseado em alcaloides pirrolizidínicos.[2][3][4][5] As larvas de Danaus são aposemáticas e especialistas em sequestrar cardenolidas[1] das folhas de suas plantas hospedeiras da família Apocynaceae.[6] As cardenolidas consumidas são retidas após o processo de pupação e conferem defesa química, tanto às larvas como aos adultos, contra o ataque de predadores.[7][8][6] Quando adultas, as borboletas sequestram alcaloides pirrolizidínicos do néctar e partes senescentes de folhas e ramos das famílias Asteraceae, Boraginaceae e Fabaceae. Desta forma, ambos compostos conferem às borboletas uma proteção química contra predadores.[9][10]
Machos do gênero Danaus utilizam os alcaloides pirrolizidínicos sequestrados como precursores para a síntese de feromônios sexuais[11] e para o desenvolvimento e funcionamento dos órgãos sexuais androconiais.[12] O sucesso reprodutivo dos machos depende das androcônias, as quais expelem, ao longo do intrincado voo nupcial, feromônios sexuais, como o hidroxidanaidal, que estimulam a receptividade da fêmea para a reprodução.[12][13][14] Entretanto D. plexippus não depende de alcaloides pirrolizidínicos para reprodução.[15]
Espécie | Nota | Distribuição | Borboleta |
---|---|---|---|
Danaus plexippus (Linnaeus, 1758) |
Borboleta-Monarca | Canadá, EUA, México, América Central, Caribe, América do Sul (Norte), Nordeste do Brasil, Peru, Colombia, Salomões, Nova Caledônia, Nova Zelandia, Papua Nova Guiné, Austrália, Açores, Ilhas Canárias, Gibraltar, Filipinas e Norte da África. | |
Danaus erippus (Cramer, 1775) |
Borboleta-Monarca-do-Sul | América do Sul (clima Tropical e Subtropica), Brasil, Uruguai, Paraguai, Argentina, Bolivia, Chile e Peru | |
Danaus genutia (Cramer, 1779) |
Tigre Comum | Sri Lanka, Índia, Burma, Tailândia, China, Malasia, Borneo, Sumatra, Java, Austrália e Papua Nova Guiné | |
Danaus melanippus (Cramer, 1777) |
Tigre Branco | Leste indiano ao Sul asiático, Indonésia, Filipinas e Malásia | |
Danaus affinis (Fabricius, 1775) |
Tigre Malaio | Tailândia, Filipinas, Indonésia, Melanésia e Austrália e Papua Nova Guiné | |
Danaus ismare (Cramer, 1780) |
Ilhas Molucas, Malásia, Indonésia | ||
Danaus eresimus (Cramer, 1777) |
Rainha Tropical ou Soldado Inclue D. Plexaure[16] |
EUA, México, Índias Ocidentais, América Central, América do Sul (clima Tropical e Subtropical) | |
Danaus gilippus (Cramer, 1775) |
Rainha | EUA, Índias Ocidentais, América Central, América do Sul (clima Tropical e Subtropical) | |
Danaus petilia (Stoll, 1790) |
Indonésia e Austrálasia | ||
Danaus dorippus (Klug, 1845) |
Incluída em D. chrysippus[16] | Leste e Sul africano, basicamente Kenia, Uganda, Eritréia, Oman e Tanzania e, esporadicamente na Índia | |
Danaus chrysippus (Linnaeus, 1758) |
Inclue D. dorippus[16] | Mediterrâneo, África, Índia, Ásia e Austrálasia | |
Danaus cleophile (Godart, 1819) |
Monarca Jamaicana | Ilha de São Domingos e Jamaica |
Ackery & Vane-Wright (1984) | Smith, Lushai & Allen (2005) | |||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||
---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|
Cladograma baseado nos caracteres morfológicos publicados por Ackery e Vane-Wright (1984).[1] Há alguma sugestão de polifilia em D. chrysippus implicada por dados moleculares, segundo Lushai et al.[17][18] | Cladograma da revisão de Smith et al. (2005), com base nos dados morfológicos e de DNA mitocondrial. ARN ribossômico, citocromo c oxidase, subunidades proteicas, DNA nuclear, fatores de alongamento e de sequenciamento de DNA (sem D. Cleophile).[16] | |||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||
|
| |||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||
O gênero Danaus foi anteriormente dividido nos subgêneros Danaus, Salatura e Anosia, mas este arranjo foi abolido. | A hibridização que produz descendentes férteis ocorre entre algumas espécies, confundindo os dados do mtDNA.[19] Isso parece ser verdadeiro no caso de D. dorippus.[16] Além disso, a infecção por Spiroplasma (assassina-de-machos) foi demonstrada em D. chrysippus e provavelmente também ocorre em outras espécies;[20] as conseqüências para a especiação e evolução são provavelmente similares àquelas observadas na infecção com cepas da bactéria Wolbachia, outra assassina-de-machos.[21] |