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4 de março de 2012 | ||||
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Candidato | Vladimir Putin | Guennadi Ziuganov | Mikhail Prokhorov | |
Partido | Rússia Unida | Comunista | Independente | |
Votos | 45 478 680 | 12 282 581 | 5 671 348 | |
Porcentagem | 63,64% | 17,14% | 7,94% | |
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Candidato | Vladímir Jirinóvski | Sergey Mironov | ||
Partido | Liberal Democrata | Rússia Justa | ||
Votos | 4 446 918 | 2 754 050 | ||
Porcentagem | 6,22% | 3,85% | ||
Porcentagem | 6,22% | 3,85% | ||
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Regiões que Vladimir Putin venceu
Vladimir Putin (85)
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Titular Eleito |
A eleição presidencial da Rússia em 2012 ocorreu em 4 de março de 2012.[1] A eleição ocorreu em clima de ceticismo.
Todos os candidatos independentes tinham que registrar-se até 15 de dezembro de 2011, e os candidatos nomeados pelos partidos tinham que se registrar até 18 de janeiro de 2012. O presidente foi eleito para um mandato de 6 anos. Para se eleger foi preciso que o candidato obtivesse pelo menos 50% dos votos, caso ao contrário, a eleição seria conduzida ao segundo turno. O favorito para vencer de acordo com as pesquisas foi o atual primeiro-ministro Vladimir Putin, que foi presidente por dois mandatos de 2000 até 2008. Não podendo concorrer a um terceiro mandato consecutivo, em 2008, Dmitry Medvedev, aliado próximo de Putin, foi eleito. Apesar de ter se tornado primeiro-ministro, Putin é considerado a figura política mais poderosa do país, tendo completado 12 anos no poder em 2012.[2]
Os candidatos apresentaram os documentos necessários para a Comissão Eleitoral Central Russa (CEC) com o objetivo de se registrar oficialmente como candidato a Presidência da República.
Candidato | 24 de dezembro de 2011 |
24-25 de dezembro de 2011 |
7 de janeiro de 2012 |
14 de janeiro de 2012 |
14-15 de janeiro de 2012 |
21-22 de janeiro de 2012 |
21 de janeiro de 2012 |
28 de janeiro de 2012 |
12 de fevereiro de 2012 |
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Vladímir Jirinóvski | 8 % | 11 % | 9 % | 9 % | 10 % | 8 % | 9 % | 8 % | 8 % |
Guennadi Ziuganov | 10 % | 12 % | 10 % | 11 % | 11 % | 12 % | 11 % | 8 % | 9 % |
Dmitri Mezentsev | — | — | 0 % | 0 % | — | 0 % | |||
Sergey Mironov | 5 % | 4 % | 5 % | 4 % | 3 % | 4 % | 6 % | 4 % | 5 % |
Mikhail Prokhorov | 4 % | 4 % | 3 % | 2 % | 3 % | 21 % | 4 % | 4 % | 6 % |
Vladimir Putin | 45 % | 44 % | 48 % | 52 % | 45 % | 26 % | 49 % | 52 % | 55 % |
Grigory Yavlinsky | 2 % | 2 % | 2 % | 1 % | 1 % | 6 % | |||
Outro | — | 2 % | — | 0 % | 1 % | - | |||
Não votará | 10 % | 9 % | 9 % | 10 % | 10 % | 11 % | 9 % | 11 % | 9 % |
Arruinar a votação | — | 1 % | — | — | 1 % | — | |||
Não sabe | 12 % | 12 % | 10 % | 9 % | 13 % | 12 % | 9 % | 10 % | 8 % |
Entrevistados | 1 600 | 3 000 | 1 600 | 1 600 | 3 000 | 1 600 | 1 600 | 1 600 | 1 600 |
Instituto de pesquisa | VTSIOM[7] | Public Opinion Fund[8] | VTSIOM[7] | VTSIOM[7] | Public Opinion Fund[9] | Superjob[10] | VTSIOM[11] | VTSIOM[11] | VTSIOM[11] |
Em 4 de dezembro de 2011, durante as eleições parlamentares, surgiram vários indícios de fraude a favor do partido governista, a Rússia Unida. As supostas fraudes fez com que ocorressem enormes protestos no país. A eleição presidencial ocorreu sob clima de tensão devido a esses acontecimentos.[12]
Quinze minutos após Vladimir Putin votar, três ativistas da organização feminista ucraniana Femen, invadiram o local de votação, e nuas gritaram "Putin fora!" e "Putin ladrão!". Na ocasião elas derrubaram a urna onde Putin votou. A polícia retirou as três e cobriram os corpos delas, nos quais estavam escritos "Ratos do Kremlin". Dmitri Peskov, porta-voz do primeiro-ministro declarou: "As meninas são tontinhas. Acham que isso é romântico. Mas falando sério: primeiro, é uma violação da ordem pública. Segundo, pelo que posso entender, ofereceram resistência aos agentes de segurança."[13]
Em Moscou, o policiamento foi reforçado para garantir o "dia do silêncio". Nas vésperas da eleição, a imprensa internacional foi autorizada a falar sobre o assunto. O governo tenta através de rígidas leis, evitar manifestações. Na Rússia, para votar é necessário ter um certificado preenchido à mão e o passaporte. O eleitor pode votar em diversos postos eleitorais devido que o sistema não é informatizado, o que dificulta a fiscalização, e o voto também pode ser enviado pelo correio. Para assegurar a validade da eleição, Putin instalou 200 mil webcams nos 90 mil postos eleitorais do país, que mirando para as urnas, acompanharam a votação que pode ser vista pelos internautas. As câmeras custaram o equivalente a 800 milhões de reais.[14]
Apesar das webcams, vários observadores e líderes da oposição afirmam diversas fraudes na eleição. A Golos ("Voto" ou "Voz", em russo), uma agência independente de observação, informou sobre relatórios de "carrosseis de votação", onde ônibus cheios de eleitores são levados para votar várias vezes. O site da Golos registrou mais de mil queixas de irregularidades, entre elas listas de eleitores com validade questionável e falhas nas câmeras.[15] Além da Golos, há outros dois grupos independentes de monitoramento das eleições, a Liga de Eleitores, formada em janeiro de 2012 por líderes dos protestos, e o Rosvybory, administrado pelo blogueiro e ativista anticorrupção Alexei Navalny.[2]
A Organização para a Segurança e Cooperação na Europa (OSCE) relatou que as "câmeras não podem capturar todos os detalhes do processo de votação, em especial a contagem de votos". 250 pessoas formadas pela OSCE e o Conselho Europeu iram monitorar a votação, além de milhares de russos que se apresentaram como fiscais eleitorais e receberam treinamento para saber identificar e denunciar possíveis fraudes.[13]
Putin anunciou que faria, na prática, um "revezamento" com o atual presidente, Dmitry Medvedev, que foi o seu primeiro-ministro durante a sua presidência.[12] Na última semana de campanha, Putin sugeriu publicamente que a oposição tinha o desejo de matar um de seus líderes para despertar a ira contra ele.[15] Putin conta com o apoio dos principais canais de televisão, que são estatais. Elas o mostram como um líder forte e masculino, capaz de defender os interesses nacionais russos dentro do país e no exterior. Os grupos que fazem defesa por liberdade de expressão, como a rádio liberal Ekho Moskvy e o jornal Novaya Gazeta, estão sofrendo uma pressão maior do governo.[2]
Partido | Candidato | Votos | Votos (%) | |
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Rússia Unida | Vladimir Putin | 45 478 680 | ||
Partido Comunista da Federação Russa | Guennadi Ziuganov | 12 282 581 | ||
Independente | Mikhail Prokhorov | 5 671 348 | ||
Partido Liberal Democrata da Rússia | Vladímir Jirinóvski | 4 446 918 | ||
Rússia Justa | Sergey Mironov | 2 754 050 | ||
Totais | 70 633 577 | |||
Votos Nulos | 833 191 | 1,17% | ||
Fonte: Comissão Central da Eleição da Federação Russa |