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Ema da Normandia | |
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Rainha Consorte de Inglaterra | |
Reinado | 1002 – verão de 1013 3 de fevereiro de 1014 a 23 de abril de 1016 Julho de 1017 a 12 de novembro de 1035 |
Rainha Consorte da Dinamarca | |
Reinado | 1018 a 12 de novembro de 1035 |
Rainha Consorte da Noruega | |
Reinado | 1028 a 12 de novembro de 1035 |
Dados pessoais | |
Nascimento | 980 Normandia, França |
Morte | 14 de março de 1052 (72 anos) Winchester, Hampshire, Inglaterra |
Sepultado em | Catedral de Winchester |
Maridos | Etelredo II de Inglaterra Canuto II da Dinamarca |
Descendência | Eduardo, o Confessor Goda, Condessa de Bolonha Alfredo Atelingo Canuto III da Dinamarca Gunilda da Dinamarca |
Casa | Normanda (nascimento) Wessex (casamento) Knýtlinga (casamento) |
Pai | Ricardo I da Normandia |
Mãe | Gunora |
Religião | Catolicismo |
Ema da Normandia (Normandia, 980[1] — Winchester, 14 de março de 1052) era a filha do duque Ricardo I da Normandia e de sua segunda esposa, Gunora. Através de seu casamento com Etelredo II de Inglaterra e com Canuto II da Dinamarca, ela foi rainha consorte da Inglaterra, Dinamarca e Noruega.
Ela era a mãe de três filhos, Eduardo, o Confessor, Alfredo Atelingo e Canuto III da Dinamarca e de duas filhas, Goda da Inglaterra e Gunilda da Dinamarca. Mesmo após a morte de seu marido, Ema continuou envolvida na vida social e política dos Estados. Ela é a figura central em Encomium Emmae Reginae, uma fonte para as políticas do século XI.
Como uma tentativa de pacificar a Normandia, o rei Etelredo II de Inglaterra decidiu se casar com Ema, a filha de Ricardo I, o Duque da Normandia.[2] Invasões viquingues à Inglaterra através da Normandia durante o século X, por isso o casamento esta uma tentativa de união contra dos viquingues.[3]
A partir do casamento, passou a ser chamada de Elgiva, usado em ocasiões formais e se tornou rainha consorte de Inglaterra. Ela recebeu propriedades em Winchester, Rutland, Devon, Suffolk e Oxfordshire e a cidade de Exônia.[4] O casal teve dois filhos, Eduardo, o Confessor, Alfredo Atelingo e uma filha, Goda da Inglaterra.
Quando a Inglaterra foi invadida e conquistada por Sueno I da Dinamarca em 1013, Ema e seus filhos foram para a Normandia, onde logo foram reunidos com Etelredo. Eles retornaram à Inglaterra logo após a morte de Sueno, em 1014.
Etelredo morreu em 1016 em Londres. Seu filho mais velho com a primeira esposa, Etelstano Atelingo, era o herdeiro aparente do trono inglês.Os filhos de Ema estavam em uma posição mais privilegiada do que a dos filhos da primeira esposa de Etelredo, Elgiva.[5] Portanto, Ema tentou fazer com que seu filho mais velho, Eduardo, fosse reconhecido como herdeiro. Apesar desse movimento ser apoiado pelo conselheiro chefe do rei, Edrico, o Aquisitivo, era oposto às intenções de Edmundo II, segundo filho mais velho do rei, levando ele e seus aliados a se revoltarem contra Etelredo.
Em 1015, Canuto, o Grande, o filho de Sueno da Dinamarca, invadiu a Inglaterra. Ele foi obrigado a manter-se fora de Londres, até a morte de Etelredo em abril de 1016, e de Edmundo, em novembro de 1016. Ema tentou manter controle anglo-saxão sobre Londres até que seu casamento com Canuto fosse arranjado.[6] Alguns estudiosos acreditam que o casamento salvou a vida dos herdeiros do antigo rei, pois Canuto tentou se livrar dos pretendentes ao trono, porém poupou a vida dos filhos de Ema.[4]
Ele ganhou controle da Inglaterra em 1017. Os filhos de Ema com Etelredo foram enviados à Normandia sobre a tutela do irmão dela. Tornou-se novamente Rainha consorte da Inglaterra e mais tarde, da Dinamarca e Noruega.
Ema não estava particularmente ativada durante os primeiros anos do reinado de Canuto. Contudo, isso mudou em 1020, quando Ema começou a fazer amizades com o clero no continente europeu, assim como se transformou em benfeitora da igreja. Ela desenvolveu um relacionamento com Elfsige de Peterborough, que a aconselhou sobre diversos assuntos espirituais durante a sua vida. Sua relação próxima com a igreja e o clero fortaleceu a reivindicação de seu marido ao trono inglês como um rei cristão.
O livro Encomium Emmae Reginae, sugere que apesar de inicialmente ter sido um casamento político, passou a ser um casamento afetivo.
Eles tiveram um filho, Canuto III da Dinamarca, e uma filha, Gunilda da Dinamarca.
Em 1036, Eduardo, o Confessor e Alfredo Atelingo, retornaram à Inglaterra do seu exílio na Normandia para visitar a mãe. Durante esse período,eles eram supostamente protegidos pelo meio-irmão, Hardacanuto. Mas Hardacanuto estava envolvido com o seu reino na Dinamarca. Alfredo foi capturado e cegado por ferro quente. Ele morreu dos ferimentos.
Eduardo escapou e voltou para Normandia, somente voltando depois de estar seguro que seria rei.
Encomium Emmae Reginae põe a culpa da captura, tortura e assassinato de Alfredo em Haroldo I de Inglaterra, dizendo que ele queria se livrar de mais dois candidatos ao reino, matando Alfredo e Eduardo. Alguns estudiosos sugerem que o assassino pode ter sido o conde Goduíno de Wessex, que estava viajando com os dois como seu protetor.[7] Outros dizem que Ema pode ter tido algum envolvimento no assassinato do próprio filho.
O que se sabe é Ema mandou uma cartas aos dois, pedindo que fossem visitá-la na Inglaterra. Porém, não há evidência que prove que ela sabia do perigo em que ambos se encontravam.
Hardacanuto, filho de Canuto, sucedeu ao trono dinamarquês após a morte do pai em 1035. Cinco anos depois, ele e Eduardo, compartilharam o poder sobre a Inglaterra, após a morte de Haroldo, meio irmão de Hardacanuto.[8] O reino dos dois foi curto, tendo durado apenas dois anos, terminando com a morte de Hardacanuto.[8]
Durante esse reino,Ema teve um papel ativo, servindo de elo entro os filhos. A obra Encomium sugere que ela pode ter tido um papel importante como líder durante a coliderança dos dois meio irmãos.
Com Etelredo II:
Com Canuto,o Grande:
Após sua morte em 1052, Ema foi enterrada junto com Canuto e Hardacanuto na antiga catedral anglo-saxão Old Minster, em Winchester, sendo transferida para a nova catedral construída após a Conquista Normanda.[9] Durante a Guerra civil inglesa, seus restos foram desenterrados e espalhados no chão da catedral pelas forças parlamentares. Em 2012 o Daily Mail reportou que os arqueologistas da Universidade de Bristol irão usar as mais modernas tecnologias para identificar e separar os ossos misturados.[10]
Como Pauline Stafford nota,[11] Ema é a primeira das primeiras rainhas medievais a ser retratada em modernas representações. Durante o reino de Etelredo, ela provavelmente era apenas uma pessoa representativa,[12] um personificação física do tratado entre o Duque e o Rei. Sendo esposa de Canuto, sua influência aumentou exponencialmente. Até 1043, de acordo com Stafford, Ema era a mulher mais rica da Inglaterra, com terras nas Midlands Orientais e em Wessex.[12] A sua autoridade não estava apenas conectada às suas possessões territoriais,[12] ela também tinha poder de decisão sobre os cargos eclesiásticos da Inglaterra.
O livro é dividido em três partes, o primeiro lida com Sueno I da Dinamarca e sua conquista da Inglaterra. O segundo foca em Canuto e fala sobre a derrota de Etelredo, seu casamento com Ema e seu reinado. O último relata os eventos após a morte de Canuto,o envolvimento de Ema no confisco do tesouro real, e a traição do Conde Goduíno. Começa apresentando Ema: Que o nosso Senhor Jesus a preserve, Ó Rainha,que se sobressai sobre todas as outras do seu sexo na amabilidade do seu modo de vida.[13] Ema é a mais distinta mulher de seu tempo por sua beleza agradável e sabedoria.[14]
Esse elogio, escreve Elizabeth M. Tyler, é parte de uma tentativa deliberada de intervir, para o benefício de Ema, nas políticas da corte anglo-dinamarquesa,[15] uma conotação que o público do século XI teria entendido. Essa interpretação contrasta com a de introdução da reimpressão de 1998 da edição de 1949 de Alistair Campbell na qual Simon Keynes diz:
... Enquanto que o leitor moderno espera que o Encomium proporcione o retrato de uma grande e distinta rainha no auge de seu poder ficará desapontado, e pode muito bem se desesperar com um autor que poderia suprimir,representar mal, e adulterar o que sabemos ou pensamos que pode ter sido a verdade.[16]
Antes de maio de 2008, acreditava-se apenas existir uma cópia do livro.Todavia,um compêndio do século XIV foi descoberto no Escritório de Registros de Devon,aonde perecia desde da década de 1960.[17] O manuscrito foi leiloado em dezembro de 2008 por £ 600 000 para o uso da Biblioteca Real da Dinamarca.[18] Ao contrário do Liber Vitae, ele não contém nenhuma imagem de Ema. O Liber Vitae Foi completado em 1030, antes da morte de Canuto em 1035. Mostra uma imagem do Rei Canuto e Ema apresentando uma cruz no altar da catedral de New Minster,Winchester.[19] Stafford diz: Não está claro se devemos ler isto como uma representação de uma mulher poderosa e de uma mulher sem poder.[20]
Ema aparece também no livro do século XIII,A vida de Eduardo, o Confessor.
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