No mundo de hoje, Esclavenos é um tema que continua a gerar interesse e debate. Ao longo dos anos, Esclavenos tem sido objeto de estudo e investigação, conduzindo a um maior conhecimento e compreensão das suas diferentes vertentes. Seja nos campos científico, social, económico ou cultural, Esclavenos provou ter um impacto significativo na sociedade e na vida das pessoas. Neste artigo exploraremos em profundidade as diversas dimensões de Esclavenos, analisando a sua importância e possíveis implicações para o futuro.
O nome esclavenos (em grego: Σκλάβήνοι - Sklábēnoi, Σκλαύηνοι - Sklaúenoi ou Σκλάβίνοι - Sklabinoi; em latim: Sclaueni, Sclavi, Sclauini ou Sthlaueni - Sclaveni) é utilizado para descrever todos os povos eslavos que entraram em contato com o Império Bizantino.
Os bizantinos agruparam de maneira ampla as numerosas tribos eslavas que viviam nas proximidades do Império em dois grupos: os esclavenos e os antas.[1] Aparentemente, o grupo dos esclavenos se baseava no Médio Danúbio (Bálcãs ocidental) enquanto que os antas se fixaram no Baixo Danúbio, na Cítia Menor.[1] Procópio menciona os esclavenos juntamente com os já agressivos antas.[2] Os eslavos do Norte e Centro da Europa eram parte dos vendos.
O termo grego derivado sklavinia(i) (em grego: Σκλαβινίαι, em latim: SCLAVINIAE) foi utilizado para os assentamentos eslavos (território) que estava a princípio fora do controle bizantino e era independente.[3] O termo pode ser interpretado como "terras eslavas" em Bizâncio.[4]
Porém, já por volta de 800, o termo também se referia especificamente aos colonos militarizados nômades eslavos que se assentaram nos territórios do Império Bizantino. As colônias militares eslavas apareceram no Peloponeso, Ásia Menor e na Itália. Os bizantinos também se referiam à elite militar dos ávaros como esclavenos. Estas elites restabeleceram sua base de poder sob o governo ou dos francos ou dos bizantinos na Panônia e na Morávia.[5]
Os esclavenos saquearam a Trácia em 545.[6]
Daurêncio (fl. 577–579) é o primeiro chefe militar do qual se conhece o nome, preservado pelo historiador bizantino Menandro Protetor, que reportou que o grão-cã ávaro Beano I (r. 562–602) enviou uma embaixada requisitando que Daurêncio e seus eslavos aceitassem a suserania ávara e pagasse tributo, pois ele sabia que os eslavos haviam juntado uma grande riqueza após saquear as províncias bizantinas nos Balcãs. Daurêncio teria respondido: "Outros não conquistaram nossas terras, nós é que conquistamos as deles e assim sempre será conosco" e mandou assassinar os enviados.[7] Beano então lançou uma campanha (em 578) contra o povo de Daurêncio com a ajuda dos bizantinos e ateou fogo a vários de seus assentamentos, o que não impediu os eslavos de continuarem avançando cada vez mais longe em território bizantino.[8]
Em 577, cerca de 100 000 eslavos se despejaram sobre a Trácia e Ilíria, saqueando cidades e formando novas colônias.[9] Na década de 580, conforme as comunidades ao longo do Danúbio se tornavam maiores e mais organizadas e conforme a pressão ávara aumentava, os raides se tornaram maiores e mais frequentes, resultando numa colonização perene. Em 586, mais de 100 000 guerreiros eslavos atacaram Tessalônica, cujas redondezas eles ocuparam em 581 sem, contudo, jamais terem conseguido tomar a cidade em si, criando a chamada Esclavínia Macedônia.[10] Segundo o relato de João de Éfeso (581): "o amaldiçoado povo dos eslavos se lançou sobre a Grécia, Tessalônica e Trácia e as saqueou tomando muitas cidades e castelos, arrasando, queimando, pilhando e tomando todo o país". Porém, João exagerou a intensidade das incursões eslavas, influenciado por sua prisão em Constantinopla entre 571 até 579[11] Além disso, ele via nos eslavos um instrumento de Deus para punir os perseguidores dos monofisistas.[12] Por volta de 586, os eslavos conseguiram atacar o Peloponeso ocidental, Ática, Epiro e poupando apenas a parte oriental do Peloponeso, que era montanhosa e inacessível. A tentativa final de recuperar a fronteira norte se deu entre 591 e 605, quando o término dos conflitos com o Império Sassânida permitiu ao imperador Maurício (r. 582–602) transferir unidades para a região. Porém, ele foi deposto depois de uma revolta militar em 602 e a fronteira do Danúbio colapsou quinze anos depois (vide Campanhas balcânicas de Maurício).
Constante II conquistou a Esclavínia em 657-658, "capturando e subjugando muitos".[13] Constantino III assentou os eslavos capturados na Ásia Menor e, entre 664 e 665, 5 000 deles se juntaram às forças de Abderramão ibne Calide.[14]
Em 785, Constantino IV conquistou a Esclavínia Macedônia ('Sclavenias penes Macedoniam').
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