Espeleoturismo

Hoje vamos nos aprofundar no fascinante mundo de Espeleoturismo. Desde tempos imemoriais, Espeleoturismo atraiu a atenção e o interesse de milhões de pessoas em todo o mundo. Seja pelo seu impacto na sociedade, pela sua influência na cultura popular ou pela sua relevância na história, Espeleoturismo deixou uma marca indelével na humanidade. Neste artigo iremos nos aprofundar nas diversas facetas de Espeleoturismo, explorando seu significado, sua evolução ao longo do tempo e sua importância no contexto atual. Junte-se a nós nesta jornada para descobrir tudo o que Espeleoturismo tem a oferecer e como ele moldou nosso mundo de maneiras que nunca imaginamos antes.

Turistas numa das grutas da Chapada Diamantina, na Bahia

Espeleoturismo é a exploração turística de cavernas. A atividade de exploração turística de cavernas surgiu em definitivo somente no século XIX, por meio do francês Edouard Alfred Martel (1859-1938), considerado o pai da Espeleologia, que foi o responsável pelo desenvolvimento e divulgação deste estudo.

As cavernas são as formas de relevo mais conhecidas das paisagens cársticas e possibilitam a realização de inúmeras atividades turísticas, destinadas a diversos públicos. Desta forma, surgem inúmeras práticas turísticas que caracterizam a atividade do espeleoturismo como de um segmento turístico de grande potencial e consolidada no mercado, tendo como base o Ecoturismo.

"O espeleoturismo busca nas técnicas de planejamento e manejo mecanismos que permitem a diluição das suas conseqüências negativas, por meio dos métodos de controle de visitação. Estes, baseados em procedimentos técnicos e científicos, visam à proposição de soluções como o zoneamento ambiental e a capacidade de suporte turístico-ambiental. (Moretti, 2009, p. 159)


Espeleoturismo no Brasil

Conceituado pela ABNT NBR 15503:2008 (Turismo de aventura - Espeleoturismo de aventura - Requisitos para produto) o espeleoturismo se trata das atividades desenvolvidas em cavernas, ofertadas de maneira comercial, de finalidade turística e caráter recreativo. Segundo o Instituto Chico Mendes de conservação da Biodiversidade - ICMBio (2014), a mesma caverna pode abrigar inúmeros perfis de uso, cabendo aos planejadores turísticos a transformação de oportunidades em produtos. Assim, as oportunidades de recreação associadas a estas paisagens são muitas, podendo ser possibilidades contemplativas, educacional, de aventura, místico/religioso, dentre outros.

O Brasil possui um amplo campo para a prática do espeleoturismo. O Cadastro Nacional de Cavernas (CNC), mantido pela Sociedade Brasileira de Espeleologia (SBE), conta atualmente com mais de cinco mil cavernas cadastradas, embora existam inúmeras cavernas a serem descobertas (SBE, 2015). Nesse sentido, diversas regiões do Brasil já possuem significativo fluxo turístico de visitação de cavernas e paisagens cársticas, o que possibilitou o surgimento de diversos de serviços de receptivo especializados, de maneira a atender às especificidades do espeleoturismo. Dentre os principais destinos turísticos deste segmento no Brasil, destaca-se (Lobo, 2010):

  • Serra da Bodoquena em Mato Grosso do Sul: com amplo uso das paisagens cársticas para o turismo, como a flutuação e o mergulho nos rios e nascentes; a visitação em colinas como o buraco das Araras (Jardim); a visitação em cavidades naturais como as grutas do Lago Azul e o abismo Anhumas (Bonito);
  • Circuito das Cavernas em São Paulo: com a visitação de cavernas nos municípios de Eldorado, Iporanga, Apaí, Ribeirão Grande e Guapiara e atividades de espeleoturismo vertical, que consiste na exploração de cavernas verticais, com equipamentos específicos para iluminação e progressão em corda.
  • Circuito das Grutas em Minas Gerais: visitação as grutas de Maquiné (Cordisburgo), Rei do Mato (Sete Lagoas) e da Lapinha (Lagoa Santa);
  • Parque Nacional de Ubajara no Ceará: com atividades ligadas à trilhas para cachoeiras e mirantes que possibilitam uma visão ampliada da paisagem e visitação de cavernas.
  • Parque Estadual de Terra Ronca em Goiás: com visitacão à Na lapa de Terra Ronca I, Lapa da Angélica e Lapa de São Mateus; tem destaque o espeleoturismo religioso.
  • Parque Estadual de Vila Velha no Paraná: com visitação na Furna I, lagoa Dourada, furna assoreada povoada por diversas espécies de peixes e que, em alguns horários do dia, apresenta reflexos do sol em sua lâmina d’água.

Referências

  1.  http://www.icmbio.gov.br/cecav/images/stories/projetos-e-atividades/PAN/PAN_Cavernas_SF_relatorio_parte2_oficina_caves-turisticas_27mar14_COMPLETO.pdf
  2. http://www.turismo.gov.br/export/sites/default/turismo/o_ministerio/publicacoes/downloads_publicacoes/Segmentacao_Turismo_Experiencias_Tendencias_Inovacoes.pdf
  3. http://www.sbe.com.br/ptpc/ptpc_v1_n2_131-144.pdf
  4. http://www.sbe.com.br/default.asp