Estação Ferroviária de Moscavide

Moscavide
Identificação:	31047 MOE (Moscavide)
Denominação:	Apeadeiro de Moscavide
Administração:	Infraestruturas de Portugal (até 2020: centro; após 2020: sul)
Classificação:	A (apeadeiro)
Tipologia:	C
Linha(s):	Linha do Norte (PK 7+644)
Coordenadas:	38°46′39.66″N × 9°5′58.3″W; (=+38.77768;−9.09953)
Localização na rede
Município:	Lisboa; Loures;
Serviços:
Coroa:	Coroa L Navegante
Ligação a autocarros	26B 208 210 705 708 725 728 731 744 759 782 2029 2708 2711 2724 2725 2726 2727 2728 2729 2730 2731 2733 2734
Ligação ao metro	Moscavide
Serviço de táxis	LSB LRS
Equipamentos:
Inauguração:	original: 1913 (há 111 anos); modernização: 17 de dezembro de 2003 (há 21 anos);
Website:	Página oficial (I.P.), com horários em tempo real (arq. Refer); Página oficial (C.P.);

A Estação Ferroviária de Moscavide é uma estação da Linha do Norte situada na atual freguesia de Moscavide e Portela, no município de Loures, em Portugal.

Vista geral da **Estação de Moscavide** em 2020.

Descrição

Localização e acessos

A estação situa-se junto à Rua dos Combatentes da Grande Guerra, em Moscavide^[4] e junto à Rua de Moscavide, Parque das Nações, em Lisboa. Apesar da distância entre este local e as paragens de autocarro mais próximas (Avenida de Moscavide, a 230 m; desnível acumulado de +6−0 m),^[5] esta estação é frequentemente apresentada pela C.P. como intermodal ou de transbordo.^[6]

Serviços

Moscavide servida exclusivamente por serviços urbanos de passageiros USGL, nomeadamente as denominadas “linhas” de Sintra e da Azambuja.^[^{carece de fontes?]}

História

Antecedentes

Esta interface faz parte do lanço da Linha do Norte entre Lisboa-Santa Apolónia e o Carregado, que foi inaugurado no dia 28 de Outubro de 1856 pela Companhia Central e Peninsular dos Caminhos de Ferro em Portugal, posteriormente substituída pela Companhia Real dos Caminhos de Ferro Portugueses.^[7] Apesar da linha férrea passar a poente da povoação de Moscavide, não a servia directamente por não existir aqui estação ou apeadeiro.^[8]

Século XX

Um diploma de 9 de Janeiro de 1913 do Ministério das Obras Públicas e Comunicações, aprovou um projecto de aviso ao público da C.P. relativo à abertura de vários novos apeadeiros, incluindo o de Moscavide, situado ao PK 7+650 da via férrea, sendo este lanço considerado então como parte da “Linha do Leste”^[9] (= Linha do Norte). Em 1935, a Companhia dos Caminhos de Ferro Portugueses construiu várias plataformas no apeadeiro de Moscavide.^[10]

**Apeadeiro de Moscavide**, já com abrigo nos anos 1950

Em 1940, uma das principais aspirações da população de Moscavide era a instalação de uma marquise no apeadeiro.^[11] Também em 1940 teve lugar a Exposição do Mundo Português, tendo a C.P. criado vários comboios especiais desde Sacavém até Belém, que paravam em Moscavide.^[12]

Um despacho da Direcção Geral de Caminhos de Ferro, publicado no Diário do Governo n.º 82, II Série, de 9 de Abril de 1948, aprovou um projecto da C.P. para aditamento ao indicador geral do serviço que prestavam as gares ferroviárias, no sentido de estabelecer a venda permanente de bilhetes no apeadeiro de Moscavide, então situado ao PK 7+614 da “Linha do Leste”.^[13] (= Linha do Norte). O edifício de passageiros, entretanto construído,^[quando?] situava-se do lado nascente da via (lado direito do sentido ascendente, para Campanhã).^[14]

Século XXI

No âmbito da reformulação ferroviária local, com a construção da Gare do Oriente e extinção do Linha de Sacavém, uma nova estação de Moscavide entrou ao serviço em 17 de Dezembro de 2003,^[15] agora situada no PK 7+644.^[1]

Em 2012, com a criação da freguesia do Parque das Nações, passou a fronteira municipal entre Lisboa, a poente, e Loures, a nascente, a ser constituída pelo eixo da via férrea, ficando a estação virtualmente partilhada pelos dois concelhos, com repercussões também tarifárias.^[16]

Ver também

Referências

↑ ^a ^b ^c (I.E.T. 50/56) 56.º Aditamento à Instrução de Exploração Técnica N.º 50 : Rede Ferroviária Nacional. IMTT, 2011.10.20
↑ ^a ^b Diretório da Rede 2021. IP: 2019.12.09
↑ Diretório da Rede 2025. I.P.: 2023.11.29
↑ «Moscavide». Comboios de Portugal. Consultado em 20 de Setembro de 2017
↑ OpenStreetMaps / GraphHopper. «Cálculo de distância pedonal». Consultado em 1 de janeiro de 2023
↑ Zarolho: “Longa correspondência” Olho e Meio (2006.05.22)
↑ TORRES, Carlos Manitto (1 de Janeiro de 1958). «A evolução das linhas portuguesas e o seu significado ferroviário» (PDF). Gazeta dos Caminhos de Ferro. Ano 70 (1681). p. 9-12. Consultado em 4 de Março de 2018
↑ PROENÇA e DIONÍSIO, 1924:590
↑ «Parte Oficial» (PDF). Gazeta dos Caminhos de Ferro. Ano 68 (1155). 1 de Fevereiro de 1936. p. 99-100. Consultado em 4 de Março de 2018
↑ «Os nossos Caminhos de Ferro em 1935» (PDF). Gazeta dos Caminhos de Ferro. Ano 48 (1154). 16 de Janeiro de 1936. p. 52-55. Consultado em 4 de Março de 2018
↑ «Moscavide: Os seus melhoramentos e as suas aspirações» (PDF). Gazeta dos Caminhos de Ferro. Ano 52 (1252). 16 de Fevereiro de 1940. p. 129. Consultado em 4 de Março de 2018
↑ «Horário dos combóios especiais para a Exposição» (PDF). Gazeta dos Caminhos de Ferro. Ano 52 (1266). 16 de Setembro de 1940. p. 623. Consultado em 4 de Março de 2018
↑ «Parte Oficial» (PDF). Gazeta dos Caminhos de Ferro. Ano 60 (1448). 16 de Abril de 1948. p. 288. Consultado em 4 de Março de 2018
↑ (anónimo): Mapa 20 : Diagrama das Linhas Férreas Portuguesas com as estações (Edição de 1985), CP: Departamento de Transportes: Serviço de Estudos: Sala de Desenho / Fergráfica — Artes Gráficas L.^da: Lisboa, 1985
↑ «Cronologia». Rede Ferroviária Nacional. Consultado em 3 de Fevereiro de 2014. Arquivado do original em 6 de Setembro de 2010
↑ Comboios Urbanos de Lisboa Lisboa: C.P., 2020.01

Bibliografia

PROENÇA, Raúl; DIONÍSIO, Santana (1991) . Guia de Portugal: Generalidades, Lisboa e arredores. Col: Guia de Portugal. Volume 1 de 5 3.ª ed. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian. 696 páginas. ISBN 972-31-0544-6

Ligações externas

[IET50/56-1] (I.E.T. 50/56) 56.º Aditamento à Instrução de Exploração Técnica N.º 50 : Rede Ferroviária Nacional. IMTT, 2011.10.20

[DR2021-2] Diretório da Rede 2021. IP: 2019.12.09

[DR2025-3] Diretório da Rede 2025. I.P.: 2023.11.29

[4] «Moscavide». Comboios de Portugal. Consultado em 20 de Setembro de 2017

[5] OpenStreetMaps / GraphHopper. «Cálculo de distância pedonal». Consultado em 1 de janeiro de 2023

[6] Zarolho: “Longa correspondência” Olho e Meio (2006.05.22)

[7] TORRES, Carlos Manitto (1 de Janeiro de 1958). «A evolução das linhas portuguesas e o seu significado ferroviário» (PDF). Gazeta dos Caminhos de Ferro. Ano 70 (1681). p. 9-12. Consultado em 4 de Março de 2018

[8] PROENÇA e DIONÍSIO, 1924:590

[9] «Parte Oficial» (PDF). Gazeta dos Caminhos de Ferro. Ano 68 (1155). 1 de Fevereiro de 1936. p. 99-100. Consultado em 4 de Março de 2018

[10] «Os nossos Caminhos de Ferro em 1935» (PDF). Gazeta dos Caminhos de Ferro. Ano 48 (1154). 16 de Janeiro de 1936. p. 52-55. Consultado em 4 de Março de 2018

[11] «Moscavide: Os seus melhoramentos e as suas aspirações» (PDF). Gazeta dos Caminhos de Ferro. Ano 52 (1252). 16 de Fevereiro de 1940. p. 129. Consultado em 4 de Março de 2018

[12] «Horário dos combóios especiais para a Exposição» (PDF). Gazeta dos Caminhos de Ferro. Ano 52 (1266). 16 de Setembro de 1940. p. 623. Consultado em 4 de Março de 2018

[13] «Parte Oficial» (PDF). Gazeta dos Caminhos de Ferro. Ano 60 (1448). 16 de Abril de 1948. p. 288. Consultado em 4 de Março de 2018

[MapaCP85-14] (anónimo): Mapa 20 : Diagrama das Linhas Férreas Portuguesas com as estações (Edição de 1985), CP: Departamento de Transportes: Serviço de Estudos: Sala de Desenho / Fergráfica — Artes Gráficas L.^da: Lisboa, 1985

[15] «Cronologia». Rede Ferroviária Nacional. Consultado em 3 de Fevereiro de 2014. Arquivado do original em 6 de Setembro de 2010

[16] Comboios Urbanos de Lisboa Lisboa: C.P., 2020.01

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