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Eugénia | |
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Imperatriz Consorte da França | |
Reinado | 30 de janeiro de 1853 a 4 de setembro de 1870 |
Predecessora | Maria Amélia das Duas Sicílias |
Sucessora | Monarquia abolida |
Dados pessoais | |
Nascimento | 5 de maio de 1826 Granada, Espanha |
Morte | 11 de julho de 1920 (94 anos) Madrid, Espanha |
Sepultado em | Abadia de São Miguel, Farnborough, Hampshire Reino Unido |
Nome completo | Maria Eugênia Inácia Augustina |
Marido | Napoleão III de França |
Descendência | Napoleão Eugênio, Príncipe Imperial |
Casa | Bonaparte (por casamento) |
Pai | Cipriano de Portocarrero, 8.º Conde de Montijo |
Mãe | Maria Manuela Kirkpatrick |
Religião | Catolicismo |
Assinatura | ![]() |
Brasão | ![]() |
Eugénia (português europeu) ou Eugênia (português brasileiro) de Montijo (Granada, 5 de maio de 1826 – Madrid, 11 de julho de 1920) foi a esposa do imperador Napoleão III e a última Imperatriz Consorte da França de 1853 até 1870. Nascida como uma aristocrata espanhola, era filha de Cipriano de Portocarrero, 8.º Conde de Montijo e sua esposa Maria Manuela Kirkpatrick.
Eugénia de Montijo era a mais jovem das duas filhas de Cipriano de Palafox y Portocarrero, 13.° duque de Peñaranda e grande de Espanha, e de Enriqueta María Manuela KirkPatrick de Closeburn y de Grevignée.
Após a morte do pai, em 1839, e o casamento de sua irmã mais velha, Maria Francisca Portocarrero Kirkpatrick, conhecida como Paca, 12.ª Duquesa de Peñaranda com Jacobo Fitz-James Stuart y Ventimiglia, 15.° Duque de Alba, em 14 de fevereiro de 1848, Eugénia mudou-se, juntamente com sua mãe, para Paris, onde passou a frequentar as festas da alta sociedade, sendo cortejada pelo então presidente Carlos Luis Napoleão Bonaparte, o futuro Napoleão III de França.
Conta-se que Eugénia era extraordinariamente bela, e que seus cabelos muito longos eram de um castanho incomum conhecido como "castanho-ticiano". Fora educada no convento do Sacré-Coeur, em Paris, onde reebera a formação tradicional da aristocracia católica da época. Sua mãe, que ficara viúva em 1839, havia confiado a educação das duas filhas, Paca e Eugénia, a Stendhal, que se encarrega de lhes ensinar história (essencialmente anedotas sobre o reino de Napoleão, que ele conhecera), e a seu grande amigo Prosper Mérimée, que se ocupa das aulas de francês.[1][2]
Diz-se que, um dia, em uma conversa mais íntima ao pé do ouvido, Napoleão III perguntou-lhe, "qual é o caminho mais curto para seus aposentos", e ela respondeu-lhe "pela capela, meu senhor, pela capela".
Casaram-se em Paris no dia 19 de janeiro de 1853, e Eugénia ousou em ser uma das primeiras noivas a casar-se de branco — seguindo o exemplo da rainha Vitória, da Inglaterra — em uma época em que as noivas se casavam de azul, verde e até de vermelho:
"O branco começou a ser utilizado apenas em 1840, quando a rainha Vitória casou-se com o príncipe Alberto. Nessa época era a cor azul que simbolizava pureza, enquanto o branco era símbolo de riqueza. Como a cor branca não era geralmente escolhida para o vestido de noiva, a rainha Vitória surpreendeu a todos e lançou a tendência –— que logo foi copiada por mulheres de todo continente europeu e americano."[3]
Nasceu em Paris no dia 16 de março de 1856 seu único filho o príncipe imperial Napoleão Eugênio, que viria a falecer tragicamente na África do Sul em 1.º de junho de 1879 em confronto com uma tribo zulu.
Durante o reinado de seu marido foi três vezes regente do Império em 1859 durante as campanhas de Napoleão III na península Itálica, em 1865 durante a visita do imperador à Argélia.
Era admiradora da rainha Maria Antonieta e profunda estudiosa e interessada de sua vida e defensora da política e dos direitos temporais do Papa.
Existe uma historinha, que Gilda de Mello e Souza[4] alude apenas por alto, que explica o surgimento da crinolina e de nove anáguas engomadas que eram usadas para armar as saias na corte, decidiu substituí-las. Havia uma fábrica de espetos, em processo de falência, chamada Peugeot. Um belo dia de julho de 1854 a fábrica recebeu a ilustre visita da imperatriz que lhes trouxe um desenho seu de uma espécie de gaiola feita de finíssimos aros de arame de aço e que, desde então, tornaria a indumentária feminina muito mais leve e mais arejada, a crinolina.
Em 1858, o inglês Charles Frederick Worth abriu um ateliê na Rue de la Paix, em Paris, e convidou clientes como a imperatriz Eugénia, mulher de Napoleão III, para ver seus vestidos em modelos de carne e osso, uma novidade. Com isso, inventou tanto os desfiles de moda como a alta-costura. Anos depois, Worth e seu filho criaram a câmara sindical e os requisitos para quem quisesse integrá-la.[5]
A Peugeot foi salva da falência (após 1870, ela passou a produzir guarda-chuvas, depois bicicletas até chegar aos automóveis), a França tornou-se líder mundial inconteste no universo da moda e o nome da bela Eugénia passou a estar associado, para todo o sempre, às “maisons” de alta costura.
A historinha, muito interessante, é sempre veiculada por pessoas ligadas à moda. De qualquer forma, mesmo que a imperatriz Eugénia não estivesse ligada diretamente à invenção das crinolinas, o certo é que ela foi a principal difusora e propagandista deste modismo.
Tal como a imperatriz Teresa Cristina do Brasil, chamada, não sem motivos, a Imperatriz arqueóloga, Eugénia também se encantou com os vestígios da antiguidade, especialmente egípcios.
"Desvendar o passado importava menos do que fazê-lo instrumento do espanto dos patrocinadores das pesquisas, dos leitores de jornal e dos clientes de antiguidades contrabandeadas do inventário dos achados dessa rapinagem oficializada através de alvarás e permissões compradas nas ante-salas das autoridades orientais — muçulmanas —, para as quais o mundo antigo não passava de uma idade de ignorância pagã, brutal, no meio do ouro… Na posse dos alvarás, os europeus se lançavam à disputa das ruínas alheias — enquanto não existiam sábios locais, no Egito, bem preparados para o estudo e a preservação do passado da região. Tal frase pode parecer injusta com um Auguste Mariette, por exemplo, se trouxermos à lembrança o episódio da Imperatriz Eugénia, que se encantou com a coleção egípcia levada para a exposição internacional de Paris, em 1867, por ordem do Pachá Said. Maravilhada, ela pediu toda a coleção ao Paxá… e este encaminhou o pedido a Mariette, que deu um jeito de nunca atender aos rogos da encantadora imperatriz dos franceses."[6]
Na inauguração do canal de Suez em 17 de novembro de 1869 estava no iate Aigle juntamente com Lesseps afrente do cortejo de inauguração do canal.
Após a queda do 2.º Império foi juntamente com o marido para o exílio na Inglaterra e quando este morreu em Chislehurst, Kent no dia 9 de novembro de 1873, passou a residir em Biarritz onde nos tempos de imperatriz costumava passar o verão e após no Palácio de Liria e no de Dueñas em Sevilha.
Interessada em novidades tecnológicas, quis conhecer pessoalmente o dirigível de Alberto Santos Dumont, embora vivesse reclusa em sua velhice:
"Uma senhora altiva e cheia de dignidade desejou conhecer o dirigível de Santos Dumont: a Imperatriz Eugénia de Montijo, viúva de Napoleão III, em cuja fronte "luziu o diadema de safiras e diamantes que resplandeceu nas cabeças de Josefina de Beauharnais e de Maria Luísa de Áustria." A ex-soberana dos franceses, da qual ainda podemos admirar a formosura na tela de Winterhalter mulher de "fisionomia e espáduas de rara perfeição", que tinha os pés e as mãos "de uma andaluza de puro sangue", havia se transformado numa "sombra dolorida e silenciosa". Ela vivia num retiro absoluto, completamente afastada da sociedade, sobretudo depois do desaparecimento de seu filho, o príncipe Eugénio Luís, herdeiro do trono, que em 1879 foi morto na África do Sul, durante a guerra dos ingleses contra os zulus. Ninguém conseguia vê-la, Eugénia evitava jornalistas e fotógrafos, portanto foi com desvanecimento que Alberto recebeu, no dia 23 de janeiro a visita desta grande dama Eugénia, trajada de preto, chegou ao hangar numa carruagem fechada achava-se com quase oitenta anos, mas o rosto exibia os vestígios da impressionante beleza que fascinara o filho de Hortênsia de Beauharnais."[7]
Faleceu durante uma visita a Madrid no dia 11 de junho de 1920, aos 94 anos, e foi sepultada na cripta imperial da Abadia de São Miguel, Farnborough, no Condado de Hampshire, Reino Unido, ao lado do filho e do marido.
Eugênia casou-se em 29 de janeiro de 1853 com Napoleão III de França. Tiveram um filho:
Estilo imperial de tratamento de Eugênia da França | |
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Estilo imperial | Sua Majestade Imperial |
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Estilo alternativo | Madame |
Ancestrais de Eugênia de Montijo | ||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||
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Eugênia de Montijo 5 de maio de 1826 – 11 de julho de 1920 | ||
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Precedida por Maria Amélia das Duas Sicílias |
![]() Imperatriz Consorte da França 30 de janeiro de 1853 – 4 de setembro de 1870 |
Monarquia abolida |