O mundo de hoje está em constante mudança e evolução, e é importante estar atento ao que está acontecendo ao nosso redor. Nesta ocasião, queremos falar sobre Fast fashion, tema que tem ganhado relevância nos últimos tempos. Fast fashion é uma questão que diz respeito a todos nós, seja pelo seu impacto na sociedade, na economia, na política, na ciência ou em qualquer outro campo. Através deste artigo, procuraremos analisar Fast fashion sob diferentes perspectivas, para compreender a sua importância e as implicações que tem no nosso dia a dia.
Fast fashion (moda rápida) significa um padrão de produção e consumo no qual os produtos são fabricados, consumidos e descartados – literalmente – rápido. Este modelo de negócios depende da eficiência em fornecimento e produção em termos de custo e tempo de comercialização dos produtos ao mercado, que são a essência para orientar e atender a demanda de consumo por novos estilos a baixo custo.[1]
Um movimento importado de marcas da Europa, como a Zara, Benetton, H&M, Forever 21, GAP, entre outras, são exemplos de lojas que aderiram ao fast-fashion. O movimento é bastante forte na Espanha, considerada a quarta maior produtora têxtil do mundo, e contando com diversas marcas relacionadas ao mercado de fast-fashion entre as marcas mais valiosas do país - como é o caso da Zara, Bershka e Pull&Bear.[2] No Brasil, grandes redes de varejo como C&A, Renner, Riachuelo, Marisa e Hering, aderiram à tendência. Para dar certo, o sistema requer coleções compactas, modelos novos o tempo todo e retirar das araras o que não vende e repor o que vende.
Ao mesmo tempo em que os estoques se ampliam nesse modelo, eles ficam mais restritos: nem todos os números e tamanhos estão disponíveis na coleção, nem todas as cores e estampas existem para cada um dos produtos.
Esta tendência tem gerado polêmicas, pois estimula o aumento do consumo e o trabalho escravo em países como Camboja, Bangladesh e outros países do sudeste asiático.
O consumo de fast fashion também implica questões sustentáveis. Segundo a Forbes, o setor de vestuário é responsável por 10% das emissões de carbono e permanece como segundo maior poluidor, seguido pelo petróleo. Aproximadamente 70 milhões de barris de petróleo são usados a cada ano para produzir poliéster, que hoje é a fibra mais utilizada em roupas e cuja decomposição leva em torno de 200 anos. Peças de fast fashion, que são usadas menos de 5 vezes e mantidas por aproximadamente 35 dias, produzem cerca de 400% a mais da emissão de carbono por unidade anualmente do que peças utilizadas 50 vezes e usadas por um ano inteiro.[3]