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Flutter atrial | |
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Atrial flutter com condução AV variável (5:1 e 4:1) | |
Especialidade | cardiologia |
Classificação e recursos externos | |
CID-10 | I48 |
CID-9 | 427.32 |
DiseasesDB | 1072 |
MedlinePlus | 000184 |
eMedicine | med/185 |
MeSH | D001282 |
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Flutter atrial ou flutter auricular é um tipo de arritmia supraventricular em que os átrios (aurículas) formam um circuito elétrico anormal que causam contrações regulares a um ritmo acelerado (mais de 240 batimentos por minuto, em média 300bpm). No eletrocardiograma é produz diversas ondas P, em forma de serrote, visíveis nas derivações D2, D3 e aVF.
Baseado na frequência das contrações atriais aceleradas (ondas F):
Baseado na rotação do circuito elétrico atrial[1]:
Se origina a partir de um circuito elétrico de re-entrada, que ocupa grande parte do tecido atrial direito, incluindo o septo, o teto, a região da crista terminallis na parede lateral até o assoalho atrial próximo ao folheto septal da válvula tricúspide. A frente de onda que circula por este trajeto, pode apresentar rotação horária, ou seja, descendo pelo septo interatrial, assoalho atrial, subindo pela crista terminallis e fechando o circuito no teto do átrio direito, causando assim o surgimento de uma atividade elétrica atrial contínua no eletrocardiograma, denominada ondas P, com polaridade positiva. A resposta ventricular é determinada pelo grau de bloqueio átrio-ventricular, e corresponder a metade da frequência atrial (razão 2:1), tipicamente ao redor de 150 batimentos por minuto ou a um terço da frequência atrial (razão 3:1), ao redor de 100 batimentos por minutos.
Cerca de 30% ocorrem em indivíduos com coração normal. Fatores de risco para o flutter atrial incluem[2]:
O aumento da frequência cardíaca normalmente é bem tolerado em pessoas com corações saudáveis e acostumadas a exercícios, sentido apenas como palpitações anormais. Porém, em pessoas com outras doenças cardíacas os sintomas podem incluir[2]:
Quanto mais persistentes e maior quantidade de fatores de risco, maior o risco de complicações. Caso as contrações cardíacas não ejetem sangue suficiente, pode causar insuficiência cardíaca. O distúrbio da frequência cardíaca também aumenta o risco de formação de coágulos que causam tromboembolismo pulmonar e acidente vascular cerebral. Se a irrigação sanguínea é insuficiente pode desencadear um infarto agudo do miocárdio. [4]
Representa aproximadamente 10% dos casos de taquiarritmias supraventriculares. A incidência aumenta com a idade. É mais comum em homens. Pode aparecer em pessoas com corações saudáveis e sem causar sintomas.[4]
O tratamento tem três objetivos: regular do ritmo cardíaco, prevenir novos episódios e prevenir tromboembolismos.
O controle do ritmo pode ser feita com fármacos Antiarrítmicos da classe III (como amiodarona, ibutilida ou sotalol intravenosos) ou por meio da cardioversão elétrica. O flutter atrial é consideravelmente mais sensível à cardioversão elétrica de corrente direta do que a fibrilação atrial. Um choque de apenas 20 a 50J geralmente é suficiente para causar um retorno ao ritmo cardíaco normal (ritmo sinusal).[5]
Para prevenir novos casos, deve-se reduzir fatores de risco como hipertensão e obesidade. Recomenda-se que os pacientes sejam previamente anticoagulados para reduzir o risco de tromboembolismo. Além dos Antiarrítmicos da classe III, medicamentos alternativos para controlar o ritmo cardíaco incluem beta-bloqueadores, antagonistas dos canais de cálcio e digoxina.[6]
Quando é secundário a outra doença, como tirotoxicose, alcoolismo ou pericardite, o flutter desaparece quando a causa é tratada.
A grande dificuldade é a manutenção do ritmo cardíaco normal posteriormente, já que a chance de recorrência da arritmia é elevada mesmo com medicamentos antiarrítmicos. Sem os medicamentos a probabilidade de recorrência é ainda maior.
O conhecimento do mecanismo macroreentrante do flutter atrial permitiu que se delineasse seu tratamento definitivo através do procedimento denominado ablação com radiofrequência utilizando cateteres especiais. A radiofrequência é concentrada na região do istmo entre veia cava inferior e válvula tricúspide (local vulnerável dentro circuito) onde está localizada a área de condução lenta que mantém a reentrada do impulso elétrico. A chance de cura definitiva com esta técnica está ao redor de 90% dos casos, com risco de recorrência em torno de 10%.[7]