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Forte do Espírito Santo | |
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Detalhe do remanescente da muralha | |
Informações gerais | |
Tipo | Forte |
Início da construção | 1581 |
Fim da construção | 1582 |
Área | 500,00 m² |
Geografia | |
País | Portugal |
Localização | Açores |
Coordenadas | 38° 43′ 52″ N, 27° 03′ 02″ O |
Geolocalização no mapa: Açores |
O Forte do Espírito Santo localizava-se na extremidade esquerda da baía da Praia da Vitória, na freguesia de Santa Cruz, no concelho da Praia da Vitória, na ilha Terceira, nos Açores.
Sob a ponta do Facho, em posição dominante sobre este trecho do litoral, constituiu-se em uma fortificação destinada à defesa deste ancoradouro contra os ataques de piratas e corsários, outrora frequentes nesta região do oceano Atlântico. Cruzava fogos com o Forte de Nossa Senhora da Conceição e o Forte do Porto, que lhe ficavam à direita. Atualmente ali se inicia o molhe de protecção e acostagem dos navios de reabastecimento da Base Aérea das Lajes.
Foi edificado em 1576 por determinação do então corregedor dos Açores, Ciprião de Figueiredo e Vasconcelos,[1] conforme o plano de defesa da ilha elaborado por Tommaso Benedetto.
No contexto da Guerra da Sucessão Espanhola (1702-1714) encontra-se referido como "A Fortaleza do Espirito Santo na Ponta do Facho." na relação "Fortificações nos Açores existentes em 1710".[2]
O padre António Cordeiro dá conta, em 1717, de que o forte contava com onze peças de artilharia de ferro e bronze.[3]
Com a instalação da Capitania Geral dos Açores, o seu estado foi assim reportado em 1767:
Encontra-se referido como "28. Forte do Spirito S.to o ultimo q. fica situado na b.ª, e o principal q. a defende pois cruza os seus tiros com os mais Fortes q. defendem a mesma bahia" no relatório "Revista aos fortes que defendem a costa da ilha Terceira", do Ajudante de Ordens Manoel Correa Branco (1776), que lhe aponta os reparos necessários:
Por esta época apresentava planta poligonal hexagonal irregular, com os muros rasgados por seis canhoneiras pelo lado do mar e uma pelo lado da vila, de acordo com planta de autor desconhecido, sem data, atualmente no Arquivo Histórico Militar.
Encontra-se assinalado como "10 Forte do Espirito Santo" na "Planta da Bahia da Villa da Praia" (1805).[6]
SOUSA (1995), em 1822, ao descrever o porto da Praia refere: "(...) é sofrivelmente defendido pelo forte (...) Espírito Santo. Um Regimento de Milícia Nacional, que toma o nome da vila faz a sua defesa.".[7]
Mais tarde, no contexto da Guerra Civil Portuguesa (1828-1834), foi alvo do fogo de artilharia da esquadra absolutista na batalha de 11 de agosto de 1829. Na ocasião encontrava-se guarnecido por oito artilheiros e quatro infantes, sob o comando do alferes Manoel Franco, e artilhado por apenas duas peças. Submetido a intenso fogo da artilharia inimiga, foi o único forte da baía silenciado na ocasião, em decorrência dos severos danos causados em seu interior pelos estilhaços da rocha quase aprumada que lhe ficava sobranceira, e à qual estava imediatamente encostado. Quando o desembarque das tropas de Miguel I de Portugal (1828-1834), dirigido para o areal entre o Forte do Porto e o Forte do Espírito Santo, foi obstado por um pequeno destacamento liberal aí postado, foi para o ponto à esquerda do forte que convergiu, iniciando-se a invasão. Ocupada a plataforma do forte por cerca de quatrocentos combatentes, logo estes procuram escalar a abrupta escarpa para tomar posição mais conveniente no alto da serra de São Tiago e ocupar o posto semafórico lá instalado (atual Miradouro do Facho). Do cimo da rocha, entretanto, foram vivamente repelidos pelos liberais, sendo massacrados.
A "Relação" do marechal de campo Barão de Bastos em 1862 informa:
Quando do tombo de 1881 encontrava-se abandonado e em ruínas. As cantarias de suas muralhas foram vendidas por volta de 1882.[9]
No século XX, na passagem da década de 1950 para a de 1960, a construção do molhe de protecção e acostagem na baía da Praia pelas forças militares estadunidenses na base aérea das Lajes, chamou a atenção para a necessidade de preservação das ruínas do antigo forte. Foi então celebrado um compromisso de reconstrução que permitiu o seu desmantelamento para os trabalhos da construção do molhe. Sem que o compromisso houvesse sido cumprido, o que restou de sua pedra foi utilizado para a proteção das arribas do fundo da baía, entre as Chagas e a ribeira de Beljardim, ao final da década de 1960.[10]
Em nossos dias apenas restam vestígios de um de seus muros. Essas ruínas não se encontram classificadas ou protegidas pelo poder público (nacional ou regional) e nem constam do roteiro turístico da cidade. Uma tradição local afirma que a pedra de armas com o brasão real, na fachada do edifício da Câmara Municipal da Praia, é oriunda do Portão de Armas do Forte do Espírito Santo.
Do tipo abaluartado, apresentava planta poligonal orgânica, adaptada à rocha sobre a qual se erguia. Em aparelho de cantaria de pedra argamassada, a sua área construída era de 500 metros quadrados.
Com capacidade originalmente para sete peças de artilharia em canhoneiras, o Tombo de 1881 encontrou-o com capacidade para apenas cinco. No terrapleno possuía casa de guarnição (com dois compartimentos) e pelo exterior, adossado à muralha Oeste, um paiol.
Era acedido pelo areal da praia.