Fortuna (mitologia) é um tema que desperta interesse há muitos anos, pois afeta um grande número de pessoas em diferentes áreas de suas vidas. A sua importância reside na influência que exerce no desenvolvimento pessoal, profissional e social dos indivíduos. Ao longo do tempo, numerosos estudos e pesquisas foram realizados para melhor compreender Fortuna (mitologia) e suas implicações, o que levou à criação de diversas abordagens e teorias a este respeito. Neste artigo serão explorados diferentes aspectos relacionados a Fortuna (mitologia), desde sua história e evolução até seu impacto na sociedade atual, a fim de fornecer uma visão ampla e completa deste tema.
Fortuna | |
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deusa romana do destino, sorte boa ou má, prosperidade e abundância, mudança e instabilidade e guerras. | |
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Local de culto | Roma antiga |
Símbolo | Roda da Fortuna |
Genealogia | |
Pais | Júpiter |
Equivalentes | |
Grego | Tique |
Fortuna era a deusa romana do acaso, da sorte (boa ou má), do destino e da esperança. Corresponde a divindade grega Tique. Era representada portando uma cornucópia e um timão, que simbolizavam a distribuição de bens e a coordenação da vida dos homens, e geralmente estava cega ou com a vista tapada (como a moderna imagem da justiça), pois distribuía seus desígnios aleatoriamente.
Fortuna era considerada filha de Júpiter. Roma dedicava a ela o dia 11 de junho, e no dia 24 do mesmo mês realizava-se um festival em sua homenagem, o Fors Fortuna.[1][2] Seu culto foi introduzido por Sérvio Túlio, e possuía diversos templos em Roma.
Possivelmente o culto a Fortuna é anterior à fundação de Roma, embora os romanos atribuíssem a introdução desse culto a Sérvio Túlio, rei que a ela dedicou pelo menos vinte e seis templos (Fanum Fortunae) na capital, cada um com uma diferente epiclese. Fortuna era uma deusa de caráter duplo mas sempre positivo. Seu correspondente na mitologia grega é a deusa Tique.
Em De consolatione philosophiae, escrita por Boécio (século VI), enquanto aguardava a sua execução, o célebre filósofo e estadista reflete sobre a visão teológica do acaso, cujas mudanças fortuitas e frequentemente desastrosas são na realidade tanto inevitáveis quanto providenciais, razão por que mesmo os fatos mais inexplicáveis e acidentais fariam parte do plano oculto de Deus, ao qual ninguém pode resistir ou tentar se opor. Segundo tal concepção, os fatos, as decisões humanas e mesmo a influência dos astros fazem parte da vontade divina.
A imagem iconográfica da Roda da Fortuna que acompanha o imaginário medieval (mas não só), é uma herança direta do segundo livro de Boécio. Sua imagem aparece por toda parte - desde iluminuras de manuscritos e vitrais de igrejas (dos quais, os melhores exemplos são as rosáceas das catedrais de Amiens e de Basileia) até as cartas de tarô.[3]
A partir do fim do século XV, a iconografia da Fortuna apresenta uma extraordinária quantidade de variantes com as quais gravuristas e pintores buscavam destacar os mais diversos comportamentos da deusa. O estudioso Giordano Berti apresenta a seguinte tipologia: