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Francês canadense Français canadien | ||
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Falado(a) em: | Canadá (principalmente Quebec e Acádia (noroeste de Nova Brunswick); também Ontário, Províncias Marítimas, Terra Nova e Canadá Ocidental); comunidades de imigrantes no Maine, interior de Nova York, Vermont, Novo Hampshire, Luisiana) | |
Total de falantes: | 7,3 milhões (2011; 22% da população)[1]
Números menores nos Estados Unidos | |
Família: | Indo-europeia Itálica Românica Ítalo-ocidental Ocidental Galo-ibérica Galo-românica Galo-reta Oïl Francês Francês canadense | |
Códigos de língua | ||
ISO 639-1: | fr
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ISO 639-2: | fre (B) | fra (T) |
ISO 639-3: | fra
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Francês canadense (português brasileiro) ou canadiano (português europeu) (em francês: Français canadien) é um termo abrangente que se refere aos diversos dialetos do francês que evoluíram de maneira independente no Canadá e que são falados naquele país até os dias de hoje. O francês é a primeira língua de mais de sete milhões de canadenses, uma cifra que corresponde a aproximadamente 22% da população nacional (outros 2 milhões o falam como segunda língua).[1] A nível federal, o francês tem status co-oficial, juntamente com a variante canadense do inglês, enquanto nas províncias ele tende a ter um status mais limitado, com a exceção de Nova Brunswick, que é oficialmente bilíngue, e em Quebec, onde é o único idioma oficial. O francês também é oficial em todo o território assim como o inglês.
A língua francesa consolidou-se mais prematuramente no Canadá do que na própria França. Na França, a maior parte da população falava línguas regionais e dialetos (patois), como o occitano, franco-provençal, bretão, etc. Na época da Revolução Francesa, em 1789, apenas metade da população da França sabia falar francês e, em 1871, apenas um quarto da população falava francês como língua nativa.[2][3] Por sua vez, a maioria dos colonos franceses no Canadá veio de cidades ou regiões mais expostas ao francês e a unificação linguística ocorreu muito rapidamente.[4]
O francês falado no Canadá apresenta diferenças em relação ao francês da França, uma vez que o primeiro é mais próximo da língua falada em Paris e no oeste da França no século XVII. Em 1759, os britânicos conquistaram o Canadá e as relações com a França foram interrompidas, portanto as duas variantes linguísticas evoluíram de forma diferente.[5]
O francês quebequense é falado no Quebec. Algumas variantes muito próximas a ele são faladas pelas comunidades francófonas de Ontário, Canadá Ocidental, Labrador e na região de Nova Inglaterra dos Estados Unidos, embora se diferenciem dele por serem mais conservadoras. O termo francês laurenciano é utilizado de maneira limitada como um rótulo coletivo aplicável a todas estas variantes, juntamente com francês do Quebec. A maioria absoluta dos canadenses francófonos fala este dialeto.
O francês acadiano é falado por mais de 350 000 acadianos em partes das Províncias Marítimas, Terra Nova, nas Ilhas da Madalena e na península de Gaspé.[6] É o dialeto que deu origem ao francês cajun (pronúncia coloquial de Acadian) falado na Luisiana.
O francês métis é falado em Manitoba e no Canadá Ocidental pelos métis, descendentes de mães pertencentes às Primeiras Nações e pais voyageurs ("viajantes", também conhecidos como coureurs des bois) durante o comércio de pele local. Diversos métis falavam o cree, além do francês, e ao longo dos anos desenvolveram um idioma misto único chamado de michif, que combina substantivos, numerais, artigos e adjetivos do francês métis com verbos, pós-posições, pronomes demonstrativos e interrogativos do cree. Tanto o mechif quanto o francês métis estão correndo sério risco de extinção.
O francês terra-novense é falado por uma pequena população na península de Port au Port, na Terra Nova. Também corre risco de ser extinta, já que tanto o francês quebequense quanto o acadiano são mais falados atualmente entre os francófonos da Terra Nova que seu próprio dialeto peninsular.
O francês brayon é falado na região do Beauce, em Quebec, e em Madawaska, no Novo Brunswick (e no estado americano do Maine). Embora superficialmente seja um descendente fonológico do francês acadiano, uma análise mais profunda revela que é idêntico, morfossintaticamente, ao francês quebequense.[7] Acredita-se que tenha se originado a partir de um nivelamento local dos dialetos de contato trazidos pelos colonos quebequenses e acadianos.
Existem duas principais subvariantes do francês canadense: o joual é uma variante informal do francês utilizado na cultura popular quebequense da região de Montreal, e o chiac é uma mistura da sintaxe e do vocabulário do francês acadiano com diversos empréstimos léxicos do inglês.
O termo francês canadense era utilizado anteriormente para se referir especificamente ao francês quebequense e aos seus descendentes mais próximos, as variantes de Ontário e do Canadá Ocidental.[8] Isto ocorreu, presumivelmente, porque o Canadá e a Acádia eram partes distintas da Nova França, e também da América do Norte Britânica, até 1867. Hoje em dia, no entanto, o termo francês canadense não exclui o francês acadiano.
Filogeneticamente, o francês quebequense, o métis e o brayon são representantes de um koiné francês usado nas Américas, enquanto o francês acadiano, o cajun e o da Terra Nova são derivados de línguas locais não 'koineizadas' da França.[9]