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Francisco Ayala | |
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Nome completo | Francisco Ayala García-Duarte |
Nascimento | 16 de março de 1906 Granada, Espanha |
Morte | 3 de novembro de 2009 (103 anos) Madrid, Espanha |
Nacionalidade | ![]() |
Ocupação | Escritor |
Prémios | Prémio Nacional de Narrativa (1983) Prémio Nacional das Letras Espanholas (1988) |
Francisco Ayala García-Duarte (Granada, Espanha, 16 de março de 1906 — Madrid, 3 de novembro de 2009) foi um escritor espanhol.
Aos dezasseis anos mudou-se para Madrid, onde estudou Direito, Filosofia e Letras. Nesta época publicou as suas duas primeiras novelas, Tragicomedia de un hombre sin espíritu e Historia de un amanecer.
Colaborou habitualmente na Revista de Occidente e na Gaceta Literaria. Residiu em Berlim entre 1929 e 1931 durante o surgimento do nazismo. Doutorou-se em Direito na Universidade Complutense de Madrid e deu aulas na mesma.
Foi letrado das Cortes desde a proclamação da República. No começo da Guerra Civil estava a dar conferências na América do Sul, e durante a mesma exerceu como funcionário do Ministério de Estado.
No final da República exilou-se em Buenos Aires, onde passou dez anos trabalhando e colaborando na revista Sur e no diário La Nación. Nesse tempo foi co-fundador da revista Realidad.
Posteriormente, ainda na década de 1950, Ayala passou a residir em Porto Rico, país no qual deu cursos na Faculdade de Direito da Universidade de Porto Rico, convidado pelo Decano da instituição, o renomeado jurista Manuel Rodríguez Ramos. De Porto Rico viajou para os Estados Unidos da América, onde deu aulas de Literatura espanhola nas universidades de Princeton, Rutgers, Nova Iorque (NYU) e Chicago, embora mantendo estreitas ligações intelectuais e culturais com Porto Rico, onde igualmente viveram longos exílios Pau Casals e Juan Ramón Jiménez, entre outros.
Em 1960 regressou pela primeira vez a Espanha e, pouco a pouco, reintegrou-se na vida literária espanhola. Em 1976 instalou-se definitivamente em Madrid, continuando o seu labor de escritor, conferencista e colaborador da imprensa. Em 1983, aos 77 anos, foi eleito membro da Real Academia Espanhola e leu o seu discurso de entrada um ano depois. Até muito avançada idade continuou a escrever com plena lucidez. Em 1988 obteve o Prémio Nacional das Letras Espanholas; em 1990 foi nomeado Filho Predilecto da Andaluzia; em 1991 foi galardoado com o Prémio Miguel de Cervantes e em 1998 com o Prémio Príncipe das Astúrias de Letras.
A crítica dividiu geralmente a trajetória narrativa de Francisco Ayala em duas etapas: a anterior e a posterior à Guerra Civil.
Na primeira etapa escreveu Tragicomedia de un hombre sin espíritu (1925) e Historia de un amanecer (1926), que se inscrevem numa linha narrativa tradicional. Com El boxeador y un ángel (1929) e Cazador en el alba (1930) aborda a prosa vanguardista. Em ambas as coleções de contos predomina o estilo metafórico, o brilhantismo expressivo, a falta de interesse pela anedota e o fascínio pelo mundo moderno.
Após um longo silêncio, Francisco Ayala iniciou a sua segunda etapa no exílio com El hechizado (1944), relato sobre a tentativa de um crioulo de se encontrar com o rei Carlos II de Espanha e que faz parte em 1949 de Los usurpadores, livro composto por sete narrativas cujo tema comum é a ânsia do poder. A história serve aqui para refletir sobre o passado, a fim de conhecer com maior profundidade o presente. Também em 1949 publica La cabeza del cordero, conjunto de relatos sobre a Guerra Civil Espanhola, nos quais presta maior atenção à análise das paixões e comportamentos das personagens que à crónica de acontecimentos externos. Muertes de perro (1958) constitui uma denúncia da situação de um povo submetido a uma ditadura, ao mesmo tempo que apresenta a degradação humana num mundo sem valores. El fondo del vaso (1962) é um complemento da novela anterior, que está presente neste novo relato através dos comentários que dela fazem as personagens. A ironia converte-se no recurso central desta obra, ainda que uma maior compreensão com o género humano vá substituindo o desprezo. Em algumas ocasiões, como em El hechizado, aproxima-se do mundo existencial e absurdo de Franz Kafka, com uma denúncia implícita da imoralidade e estupidez do poder.
Depois destas novelas Francisco Ayala continuou publicando relatos, como os recolhidos em El As de Bastos (1963), El rapto (1965) e El jardín de las delicias (1971), livro que se baseia no contraste entre a objetividade satírica da primeira parte, «Diablo mundo», e o tom evocativo, subjetivo e lírico da segunda, «Días felices». Em 1982 apareceu De triunfos y penas, e em 1988 El jardín de las malicias, onde recolheu seis contos escritos em diferentes épocas da sua vida.
Grande importância tem também a sua obra ensaística, que abrange temas políticos e sociais, reflexões sobre o presente e o passado de Espanha, o cinema e a literatura.
Escreveu umas interessantes memórias: "Recuerdos y olvidos" (1982, 1983, 1988 e 2006).
Em 16 de março de 2006 cumpriu 100 anos de idade. Foi membro da Academia de Buenas Letras de Granada.
1930)», en Sánchez Triguero y Chicharro Chamorro (eds.), Francisco Ayala. Teórico y crítico literario, Granada, Diputación Provincial de Granada.
Calpe.