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O Giramundo é um dos grupos de teatro de bonecos brasileiro e sua sede é em Belo Horizonte, Minas Gerais.
Foi criado em 1970 pelos artistas plásticos Álvaro Apocalypse, Terezinha Veloso e Maria do Carmo Vivacqua Martins (Madu) e o nome do grupo foi uma homenagem ao boi do pai de Maria.[1]
O Grupo Giramundo surgiu a partir de iniciativa do artista plástico Álvaro Apocalypse, quando era professor da Escola de Belas Artes da UFMG e após experiências no ramo publicitário. Desejoso de desenvolver a linguagem do cinema, direcionou seu processo criativo para a produção de bonecos que sairiam mais baratos que adquirir equipamentos cinematográficos. Em outubro de 1970, seriam fabricados os primeiros bonecos.[2]
A esposa de Apocalypse incentivava o marido e buscava reunir os familiares para assistir às montagens. Uma das alunas do criador, Maria do Carmo Vivácqua, conhecida como Madu, dava sugestões "com ideias mais urbanas e intelectuais". A primeira peça, A Bela Adormecida, estreou em 1971 no Teatro Marília, e foi o resultado de uma conjugação de experiências.[2]
Em seguida, o grupo realizou sucessivas apresentações até solidificar sua identidade. Esse período incluiu participações em festivais universitários de Ouro Preto e um convite da UFMG para que o grupo instalasse a sede do grupo no campus.[2]
Na década de 80, o grupo teve o maior desenvolvimento criativo desde a sua criação.[2]
Na década seguinte, período mais audacioso, foi desenvolvida, entre outras, a Antologia mamaluca, com nuances pornográficas e anarquistas, o que impressionaria o público, embora Apocalypse estivesse decidido a não mudar as características adotadas.[2] No final da década, o grupo foi convidado a retirar os bonecos da UFMG.[2]
A partir de 2000, o grupo, em dificuldades, ameaçava paralisar suas atividades, já que não tinha onde abrigar seu acervo.[2] A partir de 2003, o Giramundo conseguiu patrocínio para o teatro móvel e assim passou a fazer apresentações no interior do Estado com um caminhão-baú. Em seguida, o grupo perdeu Álvaro Apocalypse e Terezinha Veloso.[2] Por isso, as filhas do casal, em memória dos pais, decidiram intensificar o compromisso social do grupo.[2]
Viria após outro período difícil a conquista de uma sede própria no Bairro Floresta, em Belo Horizonte, com a consolidação de outros eixos de atuação, o que inclui congregar na mesma sede teatro, museu, escola, estúdio de cinema, animação e área de produtos.[2]
A filha Adriana cuida das pinturas e desenhos do mestre de bonecos.[2]
O programa da Rede Minas, Dango Balango, que em 2010 completou a terceira temporada, é produzido com bonecos do Giramundo.[3] Na última temporada, mostra histórias em passagens de obras literárias, como as de Guimarães Rosa.[3]
Em Lagoa Santa, o grupo conseguiu a doação de um terreno para a criação de um centro cultural, o Arquivo Apocalypse, que ainda não saiu do papel por falta de patrocínio.[2]
Em 2005, o grupo foi responsável pelos bonecos utilizados na minissérie Hoje é Dia de Maria, baseada na obra de Carlos Alberto Soffredini e exibida pela Rede Globo.[4]
Em 2010, o grupo entrou em turnê com a banda Pato Fu com o show Música de Brinquedo. O show da turnê foi registrado e lançado em CD/DVD em Setembro.
Nos espetáculos são utilizados vários recursos e estilos de bonecos e manipulação. São utilizados bonecos simples, bonecos manipulados por fios; mamulengos, que são fantoches de luva; bonecos de vara, parecidos com estandartes; bunraku, os bonecos manipulados por três atores; e mochila, o boneco manipulado que fica apoiado nos ombros; além de adaptações próprias, como bonecos sentados, uso de máscaras e teatro de sombras.[5]
O Galpão também utiliza técnicas como: a de balcão para manipular os bonecos menores; habitáveis para os bonecos gigantes; e pantins para os bidimensionais.[6]
Em 2011, o espetáculo Auto da catingueira incorporou um sistema de iluminação móvel acoplado aos bonecos.[6]
O Giramundo preserva a maior coleção privada de marionetes do Brasil.[7]
Aberto em 2001 para abrigar esta coleção, o Museu Giramundo reúne o acervo de bonecos produzido pelo grupo e informações sobre Teatro de Bonecos do Brasil. Em 2007, já eram mais de 850 bonecos, além de reunir centenas de projetos técnicos originais de Álvaro Apocalypse, estudos de cenografia e figurino e amplo arquivo de documentos e livros sobre Teatro de Bonecos ao redor do mundo.[8]
O Giramundo sempre foi uma escola não formal, oferecendo cursos, oficinas e palestras e participando ativamente de festivais e congressos no Brasil e no exterior. Gerações de bonequeiros frequentaram suas oficinas, e vários foram os grupos brasileiros que iniciaram sua atividade ou aprimoraram sua técnica sob a orientação de Álvaro Apocalypse.