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Igreja de Nossa Senhora dos Navegantes | |
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Informações gerais | |
Construção | 1911-1912 |
Religião | catolicismo |
Diocese | Arquidiocese de Porto Alegre |
Geografia | |
País | Brasil |
Localização | Porto Alegre, ![]() |
Coordenadas | 29° 59′ 53″ S, 51° 12′ 16″ O |
Localização em mapa dinâmico |
A Igreja de Nossa Senhora dos Navegantes é um dos templos católicos mais populares da cidade de Porto Alegre. É o foco de uma das maiores festas religiosas do sul do Brasil no dia 2 de fevereiro, quando é comemorada a Senhora dos Navegantes.
A devoção à Senhora dos Navegantes chegou em Porto Alegre em 1869, trazida pelo clero baiano da comitiva do Bispo Dom Sebastião Dias Laranjeira, e sua imagem foi encomendada ao escultor João Afonseca Lapa, da Vila Nova de Gaia, Portugal, pelos portugueses João José de Farias, Joaquim Assunção, Antônio Campos e Francisco Lemos Pinto.[1]
A imagem foi primeiramente instalada na Capela do Bom Fim em 1871, sendo então benta, mas logo em seguida foi levada em procissão até a Capela do Menino Deus, onde ficou por alguns anos até a construção do seu templo próprio.[2]
Em 21 de janeiro de 1875 Margarida Teixeira de Paiva doou um terreno de 700 palmos de comprimento por 540 de largura, situado no fim do Caminho Novo, hoje a Rua Voluntários da Pátria, para construção do primeiro templo dedicado à Senhora dos Navegantes e uma praça em frente. Poucos dias depois, uma provisão episcopal autorizou a construção da capela, que foi erguida em madeira.[2]
Contudo, de início os portugueses proprietários da imagem não consentiram com a sua remoção da Capela do Menino Deus, até que houve um acordo e, então, a imagem foi levada em procissão fluvial à sua nova casa. Esta primeira capela foi destruída pelo fogo e, em 1896, foi erguida outra no mesmo lugar, já de alvenaria e, no ano seguinte, foi promovida a sede do curato. Esta segunda capela também foi consumida pelas chamas em 21 de dezembro de 1910, junto com a antiga imagem da padroeira e os arquivos eclesiásticos, salvando-se apenas o cálice da comunhão e o bastão do juiz.[2]
Novamente a comunidade reergueu o local de culto, agora ampliado, terminado em 1912 e inaugurado solenemente em 23 de março de 1913, com uma estátua da Virgem feita à semelhança da que se perdera no incêndio, também obra de João Lapa.[1] Em 28 de junho de 1919 o curato foi elevado a paróquia.[2] Em 1935 a igreja passou por obras de ampliação, adicionando-se naves laterais e reformando-se a decoração, com as obras sendo concluídas em 1945.[1] Em 1982 a igreja foi incluída pela Prefeitura Municipal no Inventário dos Bens Imóveis de Valor Histórico e Cultural de Expressiva Tradição.[3] Em agosto de 2004 o piso foi restaurado.[1]
O edifício tem um estilo neogótico simplificado, com torre única centralizada e duas naves laterais com uma série de arcobotantes, pequenos pináculos e pilastras destacadas no exterior. Sobre a porta de entrada existe um baixo-relevo com a imagem da Santa salvando náufragos. No interior as três naves são decoradas com simplicidade, destacando-se porém um grande crucifixo à esquerda da entrada, o coro, a série de vitrais com figuras diversas nas janelas e a imagem da Padroeira no altar-mor, que é um fino exemplar de escultura sacra.[1]
A igreja é o principal foco das comemorações em honra de Nossa Senhora dos Navegantes, a maior festividade religiosa da cidade e uma das maiores do sul do Brasil.[4] A festa inicia em meados de janeiro e culmina em uma grande procissão no dia 2 de fevereiro, quando a imagem é levada da Igreja de Nossa Senhora do Rosário, onde fica exposta por alguns dias, até a de Navegantes. Antigamente a imagem era levada de barco pelo rio Guaíba, acompanhada de centenas de embarcações decoradas e apinhadas de povo, mas desde 1989 a procissão fluvial oficial foi descontinuada por medida de segurança.[5][6]
Não obstante, particulares e pescadores ainda fazem uma procissão fluvial paralela à procissão oficial terrestre. Em 2008 a procissão paralela contou com cerca de 130 embarcações, partindo da Ilha da Pintada, passando pela Usina do Gasômetro, pelo Cais do Porto e finalizando no Parque Náutico do Estado, a pouca distância da igreja. Na praça diante da Igreja dos Navegantes é montada uma feira com muitas barracas para venda de alimentos, bebidas, medalhas, santinhos e outros artigos.[6]
A festa desde a década de 1920 vem atraindo grande quantidade de devotos de Iemanjá, e o consumo de melancia, fruta associada ao orixá, tornou-se uma das tradições mais populares associadas ao evento.[6] Em 2010 a Prefeitura declarou a festa Patrimônio Histórico Imaterial de Porto Alegre.[5]