Inia boliviensis

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Inia boliviensis
Espécime próximo de Rurenabaque
Espécime próximo de Rurenabaque
Estado de conservação
Espécie não avaliada
Espécie não avaliada
Não avaliada
Classificação científica
Reino: Animalia
Filo: Chordata
Classe: Mammalia
Ordem: Cetacea
Subordem: Odontoceti
Família: Iniidae
Gênero: Inia
Espécie: I. boliviensis
Nome binomial
Inia boliviensis
d'Orbigny, 1834
Distribuição geográfica

Inia boliviensis é uma espécie de golfinho fluvial do gênero Inia. Pode ser encontrada na Bolívia e marginalmente no Brasil (no estado de Rondônia).

Nomenclatura e taxonomia

Em 1824, Alcide d'Orbigny descreveu o Inia boliviensis como uma espécie distinta, e estabelecendo o termo genérico Inia.[1] Posteriormente o táxon foi classificado como uma subespécie do Inia geoffrensis e esse arranjo taxonômico perdurou até a década de 1970 sem contestação.

Em 1977, uma análise morfológica e morfométrica com base em indivíduos depositados em museus considerou a população boliviana uma espécie distinta.[2] A distinção foi contestada já que os caracteres utilizados eram muito variáveis para serem utilizados na distinção das populações em duas espécies distintas.[3] Com base na morfologia do crânio, em 1994, foi proposto novamente que o I. g. boliviensis representava uma espécie distinta,[4] entretanto, devido ao pequeno número de espécimes analisados a conclusão foi enviesada.[5]

Alguns autores seguiram o arranjo taxonômico de considerar a população boliviana como uma espécie distinta,[6] enquanto outros continuaram a tratá-la como uma subespécie.[7]

No início da década de 2000, a hipótese de duas espécies válidas foi analisada com estudos moleculares e genéticos. Análises de DNA mitocondrial, genes do citocromo b mitocondrial e sequências de intron nuclear demonstraram uma grande variação entre a população da Bolívia e a do Amazonas-Orinoco, demonstrando uma distinção em nível de espécie.[8][9][10][5] Um novo estudo morfológico também demonstrou a existência de duas espécies válidas.[11]

Distribuição geográfica e habitat

A espécie está restrita na bacia do alto rio Madeira, com as quedas d'água de Teotônio, entre Guajará-Mirim e Porto Velho em Rondônia, formando uma barreira geográfica de isolamento da população. Além do curso principal do rio madeira, a espécie é registrada no rio Beni, na bacia do Guaporé ou Iténez, juntamente com os afluentes Verde e Iporuporé, e na bacia do Mamoré e seus tributários e afluentes: Pirai, Grande, Ichilo, Chapare, Ibaré, Tijumachi, Apere, Yacuma e Yata.[12]

Conservação

Em setembro de 2012, o presidente da Bolívia Evo Morales decretou uma lei de proteção ao boto e o declarou um tesouro nacional.[13]

Referências

  1. d'ORBIGNY, A.M. (1834). «Notice sur un nouveau genre de cetacé des rivieres du centre de l'Amerique meridionale». Nouveau Annales du Musee d'Historie Naturel de Paris. 3: 28-36 
  2. PILLERI, G.; GHIR, M. (1977). «Observations on the Bolivian, Inia boliviensis (D'Orbigny, 1834) and the Amazonian bufeo, Inia geoffrensis (Blainville 1817), with a description of a new subspecies (Inia geoffrensis humboldtiana)». Investigations on Cetacea. 8: 11-76 
  3. CASINOS, A.; OCAÑA, J. (1979). «A craniometrical study of the genus Inia d'Orbigny, 1834 (Cetacea, Platanistoidea)». Saugetierkundliche Mitteilungen. 27: 194-206 
  4. da SILVA, V.M.F. (1994). Aspects of the biology of the Amazonian dolphins genus Inia and Sotalia fluviatilis. PhD Dissertation, Univ. of Cambridge. pp. 327.
  5. a b RUIZ-GARCIA, M.; CABALLERO, S.; MARTINEZ-AGÜERO, M.; SHOSTELL, J.M. (2008). KOVEN, V. (ed.), ed. Population Genetics Research Progress. Hauppauge: Nova Science Publisher, inc 
  6. NOVAK, R.M. (1999). _____, ed. Walker’s Mammals of the World 6 ed. Baltimore: Johns Hopkins University Press. 1936 páginas. ISBN 0-8018-5789-9 
  7. Rice DW (1998) Marine mammals of the world – Systematics and distribution. Special Publication Number 4, Beaufort, NC: The Society for Marine Mammalogy.
  8. HAMILTON, H.; CABALLERO, S.; COLLINS, A.G.; BROWNELL Jr, R.L.; (2001). «Evolution of river dolphins». Proceedings of the Real Society of London B. 268: 549-556 
  9. BANGUERA-HINESTROZA, E.; CÁRDENAS, H.; RUIZ-GARCÍA, M.; MARMONTEL, M.; GAITÁN, E.; VÁZQUEZ, R.; GARCÍA-VALLEJO, F. (2002). «Molecular identification of evolutionarily significant units in the Amazon River dolphin Inia sp. (Cetacea: Iniidae)». Journal of Heredity. 93 (5): 312-322 
  10. RUIZ-GARCÍA, M.; MURILLO, A.; CORRALES, C.; ROMERO-ALEÁN, N.; ÁLVAREZ-PRADA, D. (2007). «Genética de poblaciones amazónicas: la historia evolutiva del jaguar, ocelote, delfín rosado, mono lanudo y piurí, reconstruida a partir de sus genes». Animal Biodiversity and Conservation. 30 (2): 115–130 
  11. RUIZ-GARCÍA, M.; BANGUERA, E.; CARDENAS, H. (2006). «Morphological analysis of three Inia (Cetacea: Iniidae) populations from Colombia and Bolivia». Acta Theriologica. 51 (4): 411–426. doi:10.1007/BF03195188 
  12. REEVES, R.R.; JEFFERSON, T.A.; KARCZMARSKI, L.; LAIDRE, K.; O’CORRY-CROWE, G.; ROJAS-BRACHO, L.; SECCHI, E.R.; SLOOTEN, E.; SMITH, B.D.; WANG, J.Y.; ZHOU, K. (2011). Inia geoffrensis (em inglês). IUCN 2012. Lista Vermelha de Espécies Ameaçadas da IUCN. 2012. Página visitada em 1 de maio de 2013..
  13. «Bolivia enacts law to protect Amazon pink dolphins». BBC News. 18 de setembro de 2012. Consultado em 2 de maio de 2013 

Ligações externas