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Joana da Gama | |
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Nascimento | Cerca de 1520 Viana do Alentejo |
Morte | 21 de Setembro de 1586 |
Nacionalidade | ![]() |
Ocupação | Escritora |
Joana da Gama (Viana do Alentejo, cerca de 1520 - 21 de Setembro de 1586) foi uma escritora portuguesa. Terá sido provavelmente a primeira mulher a editar uma obra original no idioma português, e a primeira que teve um livro impresso com caracteres de imprensa.
Joana da Gama nasceu em cerca de 1520, em Viana do Alentejo, filha de Manoel do Casco e Filipa da Gama.[1] Era uma parente afastada de Vasco da Gama.[2]
Joana da Gama poderá ter sido uma escrava da rainha D. Catarina, segundo um documento relativo à compra de roupas, datado de 14 de Dezembro de 1543.[3]
Após o seu casamento, mudou-se para Évora.[2] No entanto, o seu esposo faleceu cerca de um ano e meio depois, tendo Joana da Gama permanecido naquela cidade.[2] Não chegou a ter filhos.[4] Após a viuvez, terá podido viver de forma independente, tendo a posse da casa e da fortuna.[4] Já após a viuvez, foi responsável pela criação do Recolhimento do Salvador do Mundo, para albergar as senhoras que estivessem na mesma situação, embora ela própria nunca tenha chegado a se professar como freira.[2][5]
Durante a segunda metade do Século, possivelmente cerca de 1555, publicou a obra Ditos da Freira - Ditos Diversos Feitos por uma Freira da Terceira Regra, Nos Quais se Contêm Sentenças Mui Notáveis e Avisos Necessários, que era continuada, na segunda metade, por uma colecção de Trovas, Vilancetes, Sonetos, Cantigas e Romances.[2] Esta última parte consistia num conjunto de ditos ordenados alfabeticamente segundo palavras-chave, tendo por exemplo a entrada paixão sido seguida das frases A paixão obscurece o entendimento, Muita paixão corrompe o juízo, e A grande paixão tiraniza a vontade e rouba o senhorio da razão.[2] Uma segunda edição da obra foi publicada ainda no mesmo século, mas sem a segunda parte.[2] Embora este livro tenha sido publicado sem indicação do nome de autor, terá sido a primeira obra literária original de uma mulher portuguesa, além de ter sido igualmente o primeiro trabalho de uma portuguesa a ser feita através do uso de caracteres de imprensa, tendo provavelmente sido elaborado na tipografia de André de Burgos, em Évora.[2] Os poemas seguem as formas líricas tradicionais, como motes glosados, vilancetes e cantigas, definidas por grandes autores como Bernardim Ribeiro e Gil Vicente, mostrando um bom conhecimento sobre o tema, e até tenha tentado introduzir uma medida nova no estilo italiano, apesar do seu afastamento em relação ao centro cultural do país.[4] No entanto, os seus sonetos apresentam uma falta de perfeição e uma má aplicação da métrica, mostrando uma maior afinidade ao verso antigo, de arte maior, do que ao decassílabo.[4] A obra oferece igualmente uma excelente noção do papel das mulheres na sociedade portuguesa quinhentista.[5]
Joana da Gama morreu no dia 21 de Setembro de 1586, tendo o corpo sido enterrado na Igreja da Misericórdia de Évora.[2]
Uma das ruas de Viana do Alentejo recebeu o nome de D. Joana da Gama.[2]
Embora a obra de Joana da Gama tenha sido descurada pelos investigadores ao longo dos anos, voltou a ser alvo de uma maior atenção nos princípios do Século XXI, tendo sido estudada pela professora Maria Teresa Gonçalves dos Santos, da Universidade de Évora, e Anne-Marie Quint, da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa.[2] Anne-Marie Quint publicou em 2010 uma edição crítica da obra Ditos da Freira, parte de uma série de livros da Faculdade de Letras sobre a cultura feminina.[2]
No seu livro A dona do tempo antigo: Mulher e Campo Literário no Renascimento Português (1495-1577) o escritor Roberto López-Iglésias Sanmartim descreveu as escritoras Joana da Gama, Leonor de Noronha e Luísa Sigea, referindo que as suas obras procuravam educar o público feminino nas regras morais e de comportamento que tinham sido inspiradas pelos autores humanistas do período renascentista.[2]