Neste artigo exploraremos em profundidade John Barnett, um tema que tem chamado a atenção de diversas disciplinas e que desperta grande interesse na sociedade atual. John Barnett é um tema que vem sendo objeto de debate e estudo há muito tempo, e sua relevância ainda hoje é evidente. Ao longo deste artigo, examinaremos as diversas facetas de John Barnett, desde as suas origens até ao seu impacto na vida quotidiana, bem como possíveis implicações para o futuro. Para fornecer uma visão completa de John Barnett, analisaremos seus aspectos positivos e negativos, bem como suas possíveis consequências a nível pessoal, social e global. Adicionalmente, destacaremos as pesquisas mais recentes relacionadas a John Barnett, com o objetivo de fornecer uma visão atualizada deste tema em constante evolução.
John Mitchell Barnett (Mount Shasta, 23 de fevereiro de 1962 – Charleston, 9 de março de 2024) foi um engenheiro aeronáutico norte-americano, tendo sido funcionário da Boeing por mais de 30 anos.[1]
Tornou-se conhecido ao denunciar irregularidades na segurança e qualidade da empresa durante a fabricação das aeronaves, bem como mencionar pressões internas sobre os colaboradores para acelerar o processo de produção e entrega dos produtos.[2] Suas declarações chamaram a atenção da mídia e de agências de segurança e regulamentação da aviação, em especial da Administração Federal de Aviação (FAA), levantando questões sobre a conduta corporativa da Boeing.[3]
John Barnett nasceu em Mount Shasta, na Califórnia, mas cresceu no estado da Luisiana, acompanhado de seus três irmãos. Seus pais se separaram enquanto ele ainda era jovem.[4]
Depois de concluir o colegial, alistou-se na Força Aérea dos Estados Unidos, mas não seguiu a carreira militar devido à falta de vagas de treinamento para novos recrutas. Como alternativa, aceitou um posto na Rockwell International, onde auxiliou na fabricação de peças para o programa espacial estadunidense.[5]
Integrou a equipe da Boeing de 1985 até sua aposentadoria em 2017, ocupando a partir de 2010, a função de gerente de controle de qualidade na planta da empresa em North Charleston, Carolina do Sul.[6]
Barnett foi casado duas vezes. Sua primeira esposa foi Cindy Swafford, e anos depois, após se divorciarem, casou-se com Diane Johnson, que faleceu de câncer em 2022. Ambas as suas esposas também trabalharam na Boeing.[7]
Antes de se aposentar, Barnett relatou diversos problemas de segurança e qualidade para a própria Boeing e para Administração Federal de Aviação (FAA). Seu relatório apontava que aparas de metal próximas aos sistemas elétricos do controle de voo dos aviões, poderiam provocar falhas catastróficas caso atingissem a fiação. A Boeing inicialmente negou as alegações, mas uma auditoria da FAA em 2017, identificou que pelo menos 53 peças utilizadas nas aeronaves encontravam-se em inconformidade, obrigando a Boeing a implementar medidas corretivas.[8] Ainda em 2017, Barnett delatou as falhas de segurança à Administração de Segurança e Saúde Ocupacional (OSHA) como parte do Programa de Proteção de Denunciantes da FAA, abrindo um processo contra a Boeing. No entanto, as investigações foram encerradas em 2021, dando a causa ganha em favor da Boeing.[9]
Durante uma entrevista para a BBC em 2019, Barnett afirmou que a Boeing pressionava os funcionários a acelerar a produção das aeronaves, o que resultava na instalação deliberada de peças defeituosas e de baixa qualidade. Ele também mencionou que testes nos sistemas de oxigênio de emergência do modelo 787 Dreamliner revelaram uma taxa de falha de 25%, o que significava que um em cada quatro sistemas, poderia falhar em uma situação real de emergência. Barnett disse ter reportado essas falhas aos gerentes, mas que nenhuma providência foi tomada.[10]
Denúncias feitas por ex-funcionários da Boeing que alertavam sobre falhas na produção dos aviões, voltaram à discussão após parte da fuselagem de um modelo 737 Max 9 se desprender durante um voo operado pela Alaska Airlines em 5 de janeiro de 2024. Em entrevista à ABC News, Barnett relacionou o incidente com a cultura interna da Boeing, ressaltando a pressa na linha de produção das aeronaves, que poderia comprometer a segurança dos aviões.[11]
Barnett foi encontrado morto em 9 de março de 2024, com um ferimento à bala autoinfligido dentro de sua picape em um estacionamento na Carolina do Sul. Na mesma semana, ele prestaria entrevistas em um processo movido por ele contra a Boeing por difamação e danos à sua carreira. Dias antes, Barnett também atuou como testemunha em um processo movido por outros denunciantes contra a empresa.[8]
Uma teoria da conspiração alegando que a Boeing teria assassinado Barnett se espalhou após uma amiga pessoal relatar que ele lhe dissera: "Se algo acontecer comigo, não foi suicídio".[12] A família de Barnett afirmou que ele sofria de Transtorno de Estresse Pós-Traumático (TEPT) e ansiedade devido ao ambiente de trabalho hostil na Boeing. Após sua morte, a empresa divulgou uma nota lamentando sua perda e expressando solidariedade à sua família.[13]
Após a divulgação do legista, os advogados de Barnett afirmaram que embora a Boeing não tenha causado sua morte diretamente, a empresa teria contribuído com o seu fim. Dois meses depois, a morte de Joshua Dean, outro denunciante, que faleceu após ser internado devido a uma infecção grave, reacendeu as suspeitas, fazendo com que outros 10 denunciantes se manifestassem contra a empresa.[14]