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José Linhares GCC (Guaramiranga, 28 de janeiro de 1886 — Rio de Janeiro, 26 de janeiro de 1957) foi um magistrado brasileiro e presidente da República durante três meses e cinco dias, de 29 de outubro de 1945 a 31 de janeiro de 1946. Foi o primeiro cearense presidente do Brasil.
José Linhares nasceu em 28 de janeiro de 1886, no sítio Sinimbu, em Guaramiranga, na época, distrito pertencente a Baturité.[2] Filho do Cel. Francisco Alves Linhares e Josefa Felícia Caracas.[3] Foi nomeado ministro do Supremo Tribunal Federal, por decreto de 16 de dezembro de 1937, na vaga decorrente da aposentadoria de Ataulfo Nápoles de Paiva, assumindo o cargo em 24 de dezembro. Assumiu a presidência do Supremo Tribunal Federal em 26 de maio de 1945, com a aposentadoria de Eduardo Espínola.
Exerceu a presidência da República do Brasil por convocação das Forças Armadas, como presidente do Supremo Tribunal Federal, após a derrubada de Getúlio Vargas, de 29 de outubro de 1945 a 31 de janeiro de 1946. Não havia vice-presidente no Estado Novo e o Congresso já estava fechado há mais de sete anos, ou seja, desde o início do regime. Garantiu a realização das eleições, as mais livres até então.[4] A administração de Linhares ficou marcada pela criação do Fundo Rodoviário Nacional, que existiu até 1998, financiando os estados na construção de rodovias, e pelas polêmicas nomeações de parentes a cargos públicos. Linhares ganhou o apelido de "José Milhares" e gerou a expressão Os Linhares são milhares, pela quantidade de parentes que empregou.[5]
Tomou algumas medidas incisivas na área da educação: federalizou a Faculdade de Direto do Ceará e a Escola Politécnica da Bahia; reconheceu a União dos Escoteiros do Brasil como uma instituição de educação extraescolar; aprovou o Estatuto da Universidade do Brasil, em 22 de janeiro de 1946.[6] Este último decreto seria revogado e substituído por Dutra, no mesmo ano.[7]
Tornou-se o primeiro a ter presidido tanto o STF quanto a República.
Em 22 de agosto de 1955 foi agraciado com a Grã-Cruz da Ordem Militar de Cristo de Portugal.[8]
Faleceu à 01h30 do dia 26 de janeiro de 1957, em Botafogo, no Rio de Janeiro, vitima de um infarto do miocárdio, tendo sido sepultado no Cemitério de São João Batista.[9]
Precedido por Getúlio Vargas |
![]() 15º Presidente do Brasil 29 de outubro de 1945 — 31 de janeiro de 1946 |
Sucedido por Gaspar Dutra |
Precedido por Ataulfo de Paiva |
Ministro do Supremo Tribunal Federal 24 de dezembro de 1937 – 29 de janeiro de 1956 |
Sucedido por Ary de Azevedo Franco |
Precedido por Eduardo Espínola |
12º Presidente do Supremo Tribunal Federal 26 de maio de 1945 — 31 de janeiro de 1949 |
Sucedido por Laudo Ferreira de Camargo |
Precedido por Hermenegildo de Barros |
2º Presidente do Tribunal Superior Eleitoral 1 de junho de 1945 — 29 de outubro de 1945 |
Sucedido por Waldemar Falcão |
Precedido por Waldemar Falcão |
4º Presidente do Tribunal Superior Eleitoral 25 de maio de 1946 — 2 de julho de 1947 |
Sucedido por Lafayette de Andrada |
Precedido por Laudo Ferreira de Camargo |
14º Presidente do Supremo Tribunal Federal 2 de maio de 1951 — 29 de janeiro de 1956 |
Sucedido por Orozimbo Nonato |