Neste artigo, exploraremos o fascinante mundo de Lenda da Justiça de Fafe, um tópico que chamou a atenção de inúmeras pessoas ao longo da história. Desde as suas origens até à sua relevância hoje, Lenda da Justiça de Fafe desempenhou um papel significativo em várias esferas da vida. Através de uma análise detalhada, examinaremos as diferentes facetas de Lenda da Justiça de Fafe, destacando o seu impacto na sociedade, na cultura e na ciência. Com um olhar retrospectivo e prospectivo, este artigo busca proporcionar uma compreensão abrangente de Lenda da Justiça de Fafe e sua influência no mundo contemporâneo.
Este artigo não cita fontes confiáveis. (Junho de 2019) |
A lenda da Justiça de Fafe é uma apologia da justiça popular. Um dos maiores símbolos referenciais de Fafe, é vista como o espírito e o verdadeiro ex-libris desta localidade, e foi celebrada por um monumento na cidade.
A versão mais difundida desde o início do século XIX foi objecto de um longo poema de Inocêncio Carneiro de Sá, o Barão de Espalha Brasas. Narra um episódio, registado no século XVIII e protagonizado pelo Visconde de Moreira de Rei, político influente no concelho e homem de bem mas não de levar afrontos para casa.
Deputado às Cortes, terá chegado atrasado a uma sessão daquele órgão monárquico, no que terá sido censurado grosseiramente por um marquês, também deputado, que chegou ao desplante de lhe chamar "cão tinhoso". O visconde fingiu não ouvir o impropério e mostrou-se tranquilo durante a sessão mas, finda aquela, interpelou o marquês petulante, repreendendo-o pelas palavras descorteses que lhe havia dirigido. Em vez de lhe pedir desculpa, este arremessou-lhe provocadoramente as luvas no rosto, convocando-o para um duelo.
Ao ofendido competia escolher as armas, e quando todos pensavam que iria preferir espadas ou pistolas, como era usual na altura, o visconde apresentou-se para o recontro munido de dois resistentes varapaus. O marquês não sabia manejar esta arma grosseira mas o visconde, perito na arte do jogo do pau, tradicional nesta região, espancou o seu opositor. À gargalhada perante o acontecimento, os populares que presenciavam não se contiveram e gritaram: "Viva a Justiça de Fafe!".
Outra versão narra as consequências de um pedido de casamento por parte dum lisboeta. Mas quando o noivo se recusou a casar, o pai da rapariga perseguiu-o e aplicou-lhe a Justiça de Fafe.
O Monumento à Justiça de Fafe, evocativo desta tradição e da autoria de Eduardo Tavares, foi inaugurado em 23 de Agosto de 1981 na rua João XXIII desta cidade. Consiste em um estátua com a particularidade de representar um homem a bater noutro com um pau e foi colocada nas traseiras do tribunal de Fafe, insinuando que quando a justiça oficial não funciona, a mão popular apresenta-se.