Love Me Two Times

Neste artigo abordaremos o tema Love Me Two Times, que ganhou grande relevância em diversas áreas nos últimos anos. Love Me Two Times tem despertado grande interesse e debate tanto na sociedade como na academia, e o seu impacto tornou-se evidente em diversas áreas, da política à tecnologia. Ao longo deste escrito, analisaremos as diferentes dimensões de Love Me Two Times, explorando a sua origem, desenvolvimento e consequências no mundo de hoje. Através desta análise abrangente, esperamos proporcionar uma compreensão mais profunda de Love Me Two Times e do seu papel na sociedade contemporânea, bem como das suas potenciais implicações para o futuro.

"Love Me Two Times"
Single de The Doors
do álbum Strange Days
Lado B "Moonlight Drive"
Lançamento novembro de 1967
Gravação maio e agosto de 1967
Gênero(s) blues rock, rock psicodélico
Duração 3:16
Gravadora(s) Elektra
Composição Jim Morrison
Robby Krieger
Ray Manzarek
John Densmore
Produção Paul A. Rothchild
Cronologia de singles de The Doors
"People Are Strange"
(1967)
"The Unknown Soldier"
(1967)
Cronologia de The Doors
Faixas de Strange Days
"You're Lost Little Girl"
(2)
"Unhappy Girl"
(4)

"Love Me Two Times" é uma canção gravada pela banda estadunidense The Doors. Aparecendo pela primeira vez em seu segundo álbum de estúdio, Strange Days, foi posteriormente editada para uma duração de 2:37 e lançada como o segundo single (depois de "People Are Strange") daquele álbum. O single alcançou a posição 25 nas paradas dos Estados Unidos.[1]

"Love Me Two Times" foi considerada um tanto ousada para ser tocada no rádio, sendo proibida em New Haven por ser "muito controversa", para grande consternação da banda.[2]

Composição

Assim como nas outras canções de Strange Days, as notas do encarte do álbum listam os compositores como "The Doors",[3] assim como o single "Love Me Two Times"; a organização de direitos autorais American Society of Composers, Authors and Publishers (ASCAP) indica os integrantes do Doors, individualmente, como autores.[4]

"Love Me Two Times" incorpora elementos de blues[5] e de música barroca,[6] e foi classificada como uma canção pop,[7][8] e blues rock.[9] O guitarrista da banda, Robby Krieger, declarou a Alan Paul, da revista Guitar World, que a inspiração para a música veio de um lick de uma das composições de Danny Kalb.[10] O tecladista Ray Manzarek tocou a versão final desta canção num cravo, não num clavicórdio como frequentemente é confundido.[11] Manzarek o descreveu como "um instrumento muito elegante que normalmente não se associa ao rock and roll".[11]

Letra

Em sua autobiografia, Manzarek descreveu a canção como "o grande clássico blues/rock de Robby sobre luxúria e perda, ou orgasmos múltiplos, não tenho certeza de qual".[11] De acordo com o autor Rich Weidman, a canção é sobre um marinheiro ou soldado que passa um último dia com sua namorada antes de partir para a guerra.[12]

Recepção

Em uma análise do álbum Strange Days para o AllMusic, o crítico Richie Unterberger descreveu "Love Me Two Times" como "ritmicamente irregular",[13] enquanto a Rolling Stone chamou a música de uma "peça pesada, evocativa e climática".[14] Sal Cinquemani, da Slant Magazine, também proclamou que a música é a "melodia de rock mais acessível e direta" do álbum e elogiou seu "solo de cravo virtuoso e um dos riffs de guitarra mais groovy da banda".[15] A Billboard descreveu o single como um "folk rock forte que não pode deixar de subir ao topo da Hot 100".[16] A Cash Box disse que a música era "um sólido blues de Chicago com um soco próprio" e tem um "ritmo de rock que se desenvolve através dos impulsos vocais do líder Jim Morrison e excelentes seções instrumentais".[17]

Créditos

Créditos adaptados do livro The Doors – Sounds for Your Soul – Die Musik Der Doors:[18]

The Doors

Músicos adicionais

  • Doug Lubahn – baixo

Versão de Aerosmith

"Love Me Two Times" foi regravada pelo Aerosmith para a trilha sonora do filme Air America, de 1990 (cuja produtora, Carolco Pictures, também produziria um filme biográfico sobre o Doors). A banda também a apresentou em seu MTV Unplugged, de 1990, no qual o vocalista Steven Tyler dedicou a canção a Jim Morrison, que se apresentou com o Doors no mesmo local da apresentação do Unplugged, o Teatro Ed Sullivan, vários anos antes.[19] A versão de 1990 alcançou a posição 27 na parada Mainstream Rock Tracks, dos Estados Unidos.[20] Em 2001, a música foi incluída em seu álbum de grandes êxitos, Young Lust: The Aerosmith Anthology. Além disso, uma versão remixada foi incluída no álbum tributo ao Doors, Stoned Immaculate, com slide guitar adicionado por Robby Krieger e teclados por Ray Manzarek.[21]

Referências

  1. ↑ «The Doors Chart History: Hot 100». Billboard.com. 2019. Consultado em 23 de agosto de 2019. Arquivado do original em 7 de maio de 2018 
  2. ↑ Densmore, John (4 de novembro de 2009). Riders on the Storm: My Life with Jim Morrison and the Doors. : Random House Publishing Group. p. 148. ISBN 978-0307429025 
  3. ↑ Strange Days (encarte de álbum). The Doors. Nova Iorque: Elektra Records. 1967. contracapa. EKS-74014 
  4. ↑ «ACE Repertory: Love Me Two Times (Work ID:420142152)». ASCAP. Consultado em 25 de julho de 2020 
  5. ↑ Brackett, Nathan; Hoard, Christian (janeiro de 2008). The New Rolling Stone Album Guide. : Simon & Schuster. p. 255. ISBN 978-1439109397 
  6. ↑ Johnson, Ellen (4 de fevereiro de 2019). «Vampire Weekend, Deerhunter and the Doors: 10 Times Harpsichord Was Actually Really Cool». Paste Magazine. Consultado em 1 de abril de 2021 
  7. ↑ Simpson, Dave (17 de junho de 2015). «The Doors: 10 of the Best». The Guardian. Consultado em 29 de abril de 2021 
  8. ↑ Matijas-Mecca, Christian (2020). Listen to Psychedelic Rock! Exploring a Musical Genre. : Hardcover. p. 79. ISBN 978-1440861970 
  9. ↑ Masley, Ed (30 de maio de 2017). «Sgt. Pepper and beyond: A look back at 20 great albums released in 1967». azcentral. Consultado em 3 de novembro de 2023 
  10. ↑ Paul, Alan (27 de março de 2008). «The Doors: Door Prize». Guitar World. Consultado em 16 de julho de 2020 
  11. ↑ a b c Manzarek, Ray (15 de outubro de 1999). Light My Fire. : Penguin. p. 258. ISBN 9780698151017 
  12. ↑ Weidman, Richie (2011). The Doors FAQ: All That's Left to Know About the Kings of Acid Rock. : Rowman & Littlefield. p. 163. ISBN 978-1617131141 
  13. ↑ Unterberger, Richie. «Strange Days – Review». AllMusic. Consultado em 30 de agosto de 2020 
  14. ↑ «The Doors: Strange Days – Review». Rolling Stone. 23 de novembro de 1967. Consultado em 30 de agosto de 2020 
  15. ↑ Cinquemani, Sal (18 de abril de 2007). «Review: The Doors, Strange Days». Slant Magazine. Consultado em 30 de agosto de 2020 
  16. ↑ «Spotlight Singles» (PDF). Billboard. 2 de dezembro de 1967. p. 87. Consultado em 24 de fevereiro de 2021 
  17. ↑ «CashBox Record Reviews» (PDF). Cash Box. 2 de dezembro de 1967. Consultado em 12 de janeiro de 2022 
  18. ↑ Gerstenmeyer, Heinz (2001). The Doors – Sounds for Your Soul – Die Musik Der Doors (em alemão). : BoD – Books on Demand. p. 49. ISBN 978-3-8311-2057-4 
  19. ↑ «Aerosmith on MTV Unplugged». Rock This Way. Consultado em 21 de outubro de 2012 
  20. ↑ «Mainstream Rock Airplay Chart». Billboard.com. Consultado em 4 de dezembro de 2021  Note: scroll down.
  21. ↑ Stoned Immaculate: The Music of the Doors (notas de encarte). 2001