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Mero-preto | |||||||||||||||||
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Espécie próximo de um mergulhador
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Estado de conservação | |||||||||||||||||
![]() Vulnerável [1] | |||||||||||||||||
Classificação científica | |||||||||||||||||
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Nome binomial | |||||||||||||||||
Epinephelus itajara Lichtenstein, 1822) | |||||||||||||||||
Sinónimos | |||||||||||||||||
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Mero-preto, canapu, canapuguaçu, garoupa-preta[3][4] (nome científico: Epinephelus itajara) é um peixe de água salgada da família dos serranídeos (Serranidae) e uma das maiores espécies de peixes ósseos. Pode ser encontrado no oeste, desde o nordeste da Flórida, ao sul em todo o golfo do México e no Mar do Caribe, e ao longo da América do Sul até o Brasil. No Pacífico Ocidental varia do México ao Peru.[2] No leste a espécie varia da África Ocidental do Senegal a Cabinda. A espécie foi observada em profundidades que variam de 1 a 100 metros (3 a 328 pés).[1]
Canapu é um termo de provável origem tupi. Canapuguaçu é um termo tupi que significa "canapu grande".[4] Epinephelus é uma junção do prefixo grego epí (superior)[5] e do termo grego nephéle, es (nuvem).[6] Itajara é um termo tupi que significa "senhor da pedra" (itá, pedra + îara, senhor).[7]
O mero-preto pode atingir comprimentos de 2,5 metros (8,2 pés) e pesar até 363 quilos (800 libras). A espécie varia na coloração do amarelo acastanhado ao cinza ao esverdeado e possui pequenos pontos pretos na cabeça, corpo e barbatanas. Indivíduos com menos de um metro (3,28 pés) de comprimento têm 3 a 4 barras verticais fracas presentes em seus lados.[8] A espécie tem um corpo alongado com uma cabeça larga e achatada e olhos pequenos. A mandíbula inferior tem 3 a 5 fileiras de dentes sem caninos frontais. As escamas são ctenoides.[9] As nadadeiras dorsais são contínuas com os raios da nadadeira dorsal mole sendo mais longos que os espinhos da primeira nadadeira dorsal. As barbatanas peitorais são arredondadas e notavelmente maiores do que as barbatanas pélvicas. A nadadeira caudal também é arredondada.[8] A espécie normalmente ataca peixes e crustáceos em movimento lento.[10]
Indivíduos adultos são normalmente encontrados em recifes rochosos, naufrágios, recifes artificiais e plataformas petrolíferas. As espécies também podem ser encontradas em habitats de recifes de coral, mas são muito mais abundantes em ambientes de recifes rochosos.[11] Os juvenis habitam principalmente ambientes de mangue, mas também podem ser encontrados em buracos e sob bordas de riachos de marés rápidas que drenam manguezais.[12] Os manguezais servem como um habitat de berçário essencial ao mero-preto e necessitam de condições de água adequadas específicas para nutrir populações saudáveis e sustentadas de mero-preto. As garoupas juvenis podem permanecer em habitats de berçário de mangue por 5 a 6 anos antes de partirem para habitats de recifes offshore mais profundos com cerca de 1 metro de comprimento.[13]
O mero-preto tem uma longevidade de 37 anos e atinge a primeira maturidade após seis anos, o que leva a uma geração estimada de 21,5 anos.[1] Propôs-se a espécie como hermafrodita protogínica, mas isso ainda não foi confirmado.[14] Os machos tornam-se sexualmente maduros com cerca de 115 centímetros (45 polegadas) de comprimento e nas idades de quatro a seis anos. As fêmeas amadurecem em torno de 125 centímetros (49 polegadas) e nas idades de seis a oito anos.[15] A espécie tem agregações de desova relativamente pequenas de menos de 150 indivíduos sem evidência de desova fora dessas agregações.[9]
Os meros-pretos são altamente suscetíveis ao rápido declínio populacional devido à pesca excessiva e à exploração de agregações de desova.[9] A espécie tem um breve período anual de assentamento larval, tornando a abundância da espécie extremamente vulnerável a fatores externos, como más condições climáticas.[16] Altas concentrações de mercúrio em machos mais velhos podem causar danos no fígado e/ou morte e reduzir a viabilidade do ovo.[17] A degradação dos manguezais, que servem como um importante habitat de berçário à espécie, representa uma grande ameaça à sobrevivência dos juvenis. A espécie foi anteriormente classificada como criticamente ameaçada em 2011 e atualmente é classificada como vulnerável em 2021. Um modelo de avaliação de estoque de 2016 indica que houve uma redução absoluta da população de cerca de 33% de 1950 a 2014. Houve uma moratória completa sobre a pesca desta espécie em águas continentais dos Estados Unidos desde 1990 e nas águas do Caribe dos Estados Unidos desde 1993.[1] Em outubro de 2021, a Florida Fish and Wildlife propôs permitir a pesca de 200 juvenis de mero-preto por ano, incluindo até 50 do Parque Nacional Everglades. A pesca seria permitida em todas as águas do estado, exceto aquelas do condado de Palm Beach, ao sul, através da costa atlântica de Keys.[18]
No Brasil, foi listada em vários levantamentos de conservação: em 2005, consta como em perigo na Lista de Espécies da Fauna Ameaçadas do Espírito Santo;[19] em 2010, como vulnerável no Livro Vermelho da Fauna Ameaçada no Estado do Paraná;[20] em 2011, como em perigo na Lista das Espécies da Fauna Ameaçada de Extinção em Santa Catarina;[21] em 2014, como criticamente em perigo na Portaria MMA N.º 444 de 17 de dezembro de 2014[22] e como sobre-explorado no Livro Vermelho da Fauna Ameaçada de Extinção no Estado de São Paulo;[23] em 2017, como criticamente em perigo na Lista Oficial das Espécies da Fauna Ameaçadas de Extinção do Estado da Bahia;[24] e em 2018, como criticamente em perigo no Livro Vermelho da Fauna Brasileira Ameaçada de Extinção do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio).[25][26]