Hoje, Parque das Ruínas ocupa um lugar central na sociedade contemporânea. Sua influência se estende a todas as áreas da vida, da política ao entretenimento. Com o avanço da tecnologia, Parque das Ruínas tornou-se mais acessível do que nunca, criando um impacto significativo na forma como as pessoas interagem e comunicam. Neste artigo, exploraremos mais a fundo o papel de Parque das Ruínas na vida moderna, analisando sua importância e implicações em diferentes contextos. Das suas origens à situação atual, este tema é relevante para qualquer pessoa interessada em compreender o mundo que nos rodeia.
Centro Cultural Municipal Parque Glória Maria | |
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Informações gerais | |
Tipo | Galeria de arte e espaço para apresentações musicais |
Inauguração | 1997 (27–28 anos) |
Website | http://www.museusdorio.com.br/joomla/index.php?option=com_k2&view=item&id=18:centro-cultural-municipal-parque-das-ru%C3%ADnas#top |
Geografia | |
País | Brasil |
Localidade | Rua Murtinho Nobre, 169, em Santa Teresa, no Rio de Janeiro, no Brasil.[1] |
Coordenadas | 22° 33′ 01″ S, 43° 06′ 42″ O |
Localização em mapa dinâmico |
O Centro Cultural Municipal Parque Glória Maria, anteriormente chamado de Centro Cultural Municipal Parque das Ruínas é um parque público e centro cultural localizado no bairro de Santa Teresa, na cidade do Rio de Janeiro, no Brasil. Localiza-se nas ruínas do prédio que foi a casa da grande mecenas da Belle Époque carioca, a socialite Laurinda Santos Lobo. Conhecida como "a marechala da elegância", ela costumava reunir intelectuais e artistas nas dependências do palacete, hoje um projeto premiado dos arquitetos Ernani Freire e Sonia Lopes, que manteve a estrutura das ruínas agregando contemporaneidade à casa durante os trabalhos de renovação. As ruínas do antigo palacete passaram por um processo de restauro e impermeabilização minucioso.
O espaço apresenta programação cultural variada.[2] O local apresenta uma vista panorâmica para a Baía de Guanabara, de um lado, e para o Centro da cidade, do outro lado. Com a cidade aos seus pés, o mirante é um bom local para se entender a geografia da cidade, do alto do bairro de Santa Teresa.[3]
O Parque e as ruínas são os resquícios do Palacete Murtinho Nobre, erguido entre 1898 e 1902. Local de residência de Laurinda Santos Lobo, dama da sociedade e herdeira da Companhia Matte Larangeira. Laurinda pertencia à família dos Murtinho, uma rica e poderosa família que se dividia entre Rio de Janeiro e Paris.[4] Laurinda nasceu em 1878 na cidade de Cuiabá. Exercia atividades de mecenato, e chegou a presidir o conselho da Federação Brasileira pelo Progresso Feminino. Em sua homenagem, Villa-Lobos compôs a peça Quattour - impressões da vida mundana.[4]
Seu casarão foi, durante a década de 1920, o ponto de encontro do modernismo no Rio de janeiro,[5] e um dos pontos mais frequentados da vida cultural carioca durante as duas próximas décadas, sendo um local de festas que reuniam famosos e figuras proeminentes da época, como Villa-Lobos, Tarsila do Amaral[6] e a bailarina Isadora Duncan,[7] até a morte da anfitriã.[8] Laurinda morreu em 16 de julho de 1946, e não deixou filhos. Em seu testamento, deixou a casa para o Instituto Hahnemanniano do Brasil, sediado na Capital Federal; contudo, a sociedade homeopática não chegou a tomar posse do bem e teria mesmo sido irresponsável em relação à manutenção do palacete.[4]
O local foi abandonado e invadido, saqueado e ocupado por pessoas em situação de rua. Há relatos de que as maçanetas, feitas de ouro, foram apropriadas nesse período, assim como um valioso piano.[4] Houve lamentável negligência por parte da numerosa parentela de Laurinda—os Murtinho e os Santos Lobo—que nada fizeram, durante décadas, para proteger o palacete construído pelo então Ministro Joaquim Murtinho—tio de Laurinda—do abandono e dilapidação.
Quase meio século mais tarde, já em 1993, o governo do estado do Rio de Janeiro tombou o que sobrava da propriedade e, em 1997, foi inaugurado, no local, o Parque das Ruínas. As ruínas apresentam, hoje, um estilo que mistura tijolos aparentes, combinados com estruturas metálicas e estruturas em vidro.[3]
No dia 20 de julho de 2023, o espaço foi renomeado para Parque Glória Maria, em homenagem a jornalista falecida em fevereiro do mesmo ano.[9]
Durante os trabalhos de restauro do palacete, foram recolhidos fragmentos originais da mansão, os quais foram colocados em redomas, criando, assim, um acervo arqueológico permanente do parque. O projeto do local, realizado por Ernani Freire e Sonia Lopes, foi premiado pelo IAB (Instituto dos Arquitetos do Brasil).[10]
O parque possui sala de exposições, auditório para 100 pessoas, um palco de 88 metros quadrados,[4] e cafeteria. Nas áreas ao ar livre, há shows e outras programações especiais.[3] Além de oferecer programação cultural, o Parque das Ruínas é um mirante da cidade do Rio de Janeiro: de lá, é possível se ver o Centro, o Pão de Açúcar, parte da orla e os Arcos da Lapa.