No mundo de hoje, Partido Comunista Revolucionário adquiriu relevância inegável. Seja pelo seu impacto na sociedade, pela sua influência na cultura popular ou pela sua importância na academia, Partido Comunista Revolucionário tornou-se um tema de interesse para um amplo espectro de pessoas. Das suas origens até a evolução atual, Partido Comunista Revolucionário deixou sua marca em diversas áreas do conhecimento humano. Neste artigo exploraremos diferentes aspectos relacionados a Partido Comunista Revolucionário, analisando sua importância e implicações na sociedade moderna. Utilizando uma abordagem multidisciplinar, examinaremos como Partido Comunista Revolucionário moldou e continua a moldar o mundo em que vivemos.
Partido Comunista Revolucionário | |
---|---|
Sigla | PCR |
Fundadores | Manoel Lisboa[1] Amaro Luiz de Carvalho[2][3] |
Fundação | maio de 1966 |
Sede | Recife (PE) |
Ideologia | Comunismo |
Publicação | A Verdade |
Ala de juventude | União da Juventude Rebelião (UJR) |
Dividiu-se de | PCdoB |
Afiliação internacional | CIPOML |
Cores | Vermelho Amarelo |
Bandeira do partido | |
![]() | |
Página oficial | |
pcrbrasil | |
O Partido Comunista Revolucionário (PCR) é uma organização política brasileira de esquerda. Seu símbolo é a foice e martelo amarelos com a estrela amarela acima e à esquerda, que simboliza a aliança operário-camponesa, sobre um retângulo vermelho onde está escrito a sigla "PCR". Publica o jornal A Verdade. É membro da Conferência Internacional de Partidos e Organizações Marxistas-Leninistas (CIPOML).[4]
Foi fundado em maio de 1966, em Recife a partir de uma ruptura do PCdoB. Reivindicando a trajetória política de Josef Stálin o partido surge por considerar que a liderança do PCdoB maoista como inflexível e revisionista. A cisão do PCR com o PCdoB foi marcada pela "Carta de 12 Pontos", um manifesto escrito por Manoel Lisboa, que viria a se tornar um dos principais dirigentes do novo partido.[5]
O PCR, assim como o PCdoB, propunha para o Brasil uma revolução armada nos moldes da guerra popular prolongada descrita por Mao Tsé-Tung. Propunham também que a luta armada no Brasil teria mais chances de obter sucesso na região nordeste, onde acreditavam serem mais acentuados os antagonismos entre camponeses e latifundiários.[6][7][8]
Ao longo da Ditadura militar brasileira (1964–1985), a maior parte dos militantes do PCR foi perseguida e morta. Os seus sobreviventes, então, se uniram ao MR-8, outra organização comunista que permaneceu 30 anos dentro do MDB. A partir de 1995, esses militantes rompem com o MR-8 e com MDB, e o PCR volta a se organizar independentemente, lançando seus candidatos eleitorais pelo PDT e pelo PSOL.[5][9][10]
Durante os governos de Lula e Dilma, o PCR construiu (junto com PSOL, PSTU, Polo Comunista Luiz Carlos Prestes e PCB) uma oposição de esquerda. O partido posicionou-se contra o governo de Temer, que avaliou como ilegítimo. No movimento estudantil, organiza-se por meio de sua ala jovem, a União da Juventude Rebelião (UJR). Este coletivo impulsiona o Movimento Correnteza e o Rebele-se, que compõem a Oposição de Esquerda da União Nacional dos Estudantes e da União Brasileira dos Estudantes Secundaristas respectivamente, junto com coletivos referenciados no PSOL.[11][12]
No movimento sindical, o PCR atua na corrente Movimento Luta de Classes (MLC). O PCR é um dos poucos partidos brasileiros de esquerda radical que optaram por atuar dentro da Central Única dos Trabalhadores, hegemonizada pelo PT. Na luta pelo direito à moradia, o partido atua dentro do Movimento de Luta nos Bairros, Vilas e Favelas (MLB).[13][14][15]
Apesar de fazer oposição ao governo federal, nas eleições presidenciais de 2010, o PCR chamou voto em Dilma Rousseff já no primeiro turno, classificando seu oponente, José Serra, como pertencente à extrema-direita.[16] Quatro anos depois, nas eleições de 2014 o PCR apoiou Luciana Genro (PSOL) no primeiro turno e Dilma Rousseff (PT) no segundo, apesar de manter divergências ideológicas e políticas com ambos partidos.[17][18]
O PCR mantém uma "relação fraternal" com o partido de esquerda Unidade Popular (UP); a UP conta com o envolvimento de militantes do MLB e também do próprio PCR.[19][20][21]
O PCR considera tanto o Partido Comunista da União Soviética khruschevista quanto o Partido Comunista da China maoista durante a guerra fria como partidos revisionistas. Isso o aproxima da posição do Partido do Trabalho da Albânia de Enver Hoxha durante a Ruptura sino-albanesa. A linha política do PCR é abertamente influenciada por Hoxha, e o periódico do partido, A Verdade, republicou matérias favoráveis ou de autoria do líder albanês em diversas ocasiões. Por isso e por sua participação na CIPOML, diversas organizações comunistas consideram o partido hoxhaista,[22] ainda que o PCR não se declare oficialmente como tal.[23][24][25][26][27][28]