Neste artigo, exploraremos Pontevedra minuciosamente e todos os aspectos relacionados a este tópico. Desde a sua origem ao seu impacto na sociedade atual, passando pela sua evolução ao longo do tempo. Analisaremos diferentes perspectivas e opiniões de especialistas no assunto, bem como estudos e pesquisas que lançam luz sobre o tema. Não importa se você é um especialista na área ou apenas curioso para saber mais sobre o assunto, este artigo fornecerá informações detalhadas e atualizadas sobre Pontevedra. Então prepare-se para mergulhar em uma jornada de descoberta e intelectualidade.
Foram assinalados vários problemas nesta página ou se(c)ção: |
Pontevedra
Ponte Vedra
| |
---|---|
Município | |
Gentílico | pontevedrino |
Localização | |
Localização do município de Pontevedra na Galiza | |
Localização de Pontevedra na Espanha | |
Coordenadas | 42° 26′ N, 8° 39′ O |
País | Espanha |
Comunidade autónoma | Galiza |
Província | Pontevedra |
Comarca | Pontevedra |
Alcaide | Miguel Anxo Fernández Lores (2011, BNG) |
Características geográficas | |
Área total | 117 km² |
População total (2021) | 83 114 hab. |
Densidade | 710,4 hab./km² |
Altitude | 20 m |
Código postal | 36000-36164 |
Código do INE | 36038 |
Outras informações | |
Orago | Nossa Senhora do Ó São Sebastião |
Website | www.pontevedra.gal |
Pontevedra ou Ponte Vedra é um município (concello em galego) e uma cidade, capital da província homónima na Galiza, no noroeste de Espanha. Pertence à comarca de Pontevedra, tem 117 km² de área e em 2021 a população do município era de 83 114 habitantes (densidade: 710,4 hab./km²). É uma cidade principalmente monumental, administrativa, turística e de serviços.
A cidade, capital da região turística das Rías Baixas e do Caminho Português de Santiago, encontra-se 110 km a sul da Corunha, 60 km a sul de Santiago de Compostela, 105 km a noroeste de Ourense e 50 km a norte da fronteira portuguesa (Tui-Valença).
A cidade é conhecida por se ter tornado um modelo internacional de planeamento urbano e de pedonalização. Em 2014 a ONU outorgou-lhe o prémio Habitat pela sua qualidade da vida urbana e políticas de mobilidade tendo-se convertido segundo este organismo internacional numa das melhores cidades europeias para viver. É a cidade galega que tem mais ruas para peões e espaços verdes por habitante. Pontevedra é um modelo a nível internacional e tem recebido prémios em Bruxelas, Nova Iorque, Honcongue ou no Dubai. O prestigioso jornal britânico The Guardian qualificou-a em 2018 como o paraíso entre as cidades espanholas. Em 2020 a cidade ganhou o primeiro prémio da Comissão Europeia para a segurança urbana.
Para além da igreja da Virgem Peregrina, outro símbolo importante da cidade é o Papagaio Ravachol, cuja estátua se encontra no centro da cidade.
Segundo uma lenda de caráter erudito criada no Renascimento para dotar a cidade de uma origem fantástica, Pontevedra teria sido fundada por Teucro, um dos heróis da Guerra de Troia. A lenda afirma que o herói chegou a estas terras após ter sido recusado pelo pai dele, Télamo, e fundou um assentamento com o nome de Helenes, após o que se casou com Helena, filha do rei Putreco que nesse momento dirigia o exército grego até à cidade de Atenas.[carece de fontes] Possivelmente[carece de fontes] essa lenda terá sido baseada numa passagem de Estrabão, que citando Asclepíades de Mírlea, relata que ao voltar da Guerra de Troia os companheiros de Teucro se estabeleceram na Galécia (em latim: Callaicia; correspondente à atual Galiza), onde fundaram duas cidades — Helenes e Anfílocos — a segunda em honra a Anfíloco, que lá morrera.
O certo é que os diversos estudos arqueológicos não demonstraram uma presença humana anterior à época romana. A lenda inspirou uma inscrição existente na fachada do ayuntamiento (sede do município):
FVNDOTE TEVCRO VALIENTE DE AQVESTE RIO EN LA ORILLA PARA QUE EN ESPAÑA FVESES DE VILLAS LA MARAVILLA DEL ZEBEDEO LA ESPADA CORONA TU GENTILEZA VN CASTILLO PVENTE Y MAR ES TIMBRE DE TV NOBLEZA |
Fundou-te o valente Teucro na margem deste rio para que Espanha fosses das vilas a maravilha de Zebedeu a espada coroa a tua gentileza um castelo, uma ponte e mar que é timbre da tua nobreza |
A historiografia tradicional afirma que a cidade tem origem no assentamento de Ad Duos Pontes. No entanto, estudos mais recentes relacionam a fundação de Pontevedra com o assentamento de Turocqua, na margem sul do Lérez. O topónimo Pontevedra deriva do latim e significa "ponte velha". O nome de Duos Pontes (duas pontes) deve-se à existência de duas pontes na área.
Depois da integração da Galécia no Império Romano, foram construídas uma série de vias de comunicação, que ligavam comercial e militarmente a província com o resto da Península Ibérica. A Via XIX do Itinerário de Antonino, que ligava Brácara Augusta (atual Braga) a Luco Augusto (atual Lugo) e Astúrica Augusta (atual Astorga), cruzava o rio Lêres em Pontevedra. Turocqua situava-se nas imediações onde hoje se encontra a ponte do Burgo, em pleno centro histórico. A descoberta em 1988, na cabeceira sul da ponte, de um marco miliário dedicado ao imperador romano Adriano no ano 137 confirma a passagem da estrada romana naquele local.
Durante o reinado de Fernando II na Galiza, na última parte do século XII assistiu-se a alguma reativação da atividade comercial, graças à restauração de caminhos e pontes. O local hoje ocupado pela cidade voltou a repovoar-se, depois de se ter assistido a um certo abandono na Alta Idade Média. A ponte romana que tinha dado o nome ao lugar estava então em ruínas, pelo que foi substituída por uma nova, que ainda hoje existe, embora com algumas modificações.
Atualmente já não existe o foral original concedido por Fernando II, mas uma confirmação dele por Afonso X em 1264. Os privilégios e isenções que se foram concedendo à cidade atuaram como importantes dnamizadores da sua atividade económica. Entre as concessões destacam-se o monopólio do fabrico de saín na Galiza e da cura de peixe (não da salga), em 1229, e a adjudicação do porto de carga e descarga da Galiza em 1452.
As sucessivas ampliações do recinto muralhado pontevedrês foram determinadas pelo crescimento demográfico e pelo desenvolvimento de atividades económicas na vila, que necessitava de espaços mais amplos para poder expandir-se. A tudo isto juntava-se o desejo da Coroa de controlar a produção e o trânsito de mercadorias. A economia da cidade alcança o seu maior esplendor durante o reinado de Henrique IV de Castela, que em 1467 concede o privilégio de uma feira franca, de 30 dias de duração, que decorre quinze dias antes da festa de São Bartolomeu. Para a realização destas feiras, a muralha foi novamente ampliada para criar a Praça de Ferrería, onde decorria a feira. Esta foi recuperada no ano 2000, realizando-se no primeiro fim de semana de setembro.
Desde o Baixa Idade Média e até ao século XVI, Pontevedra torna-se na cidade mais populosa da Galiza, com um grande porto pesqueiro ligado ao comércio internacional, no qual se destaca a exportação de peixe salgado para Portugal. A nau Santa Maria, usada por Cristóvão Colombo na viagem em que descobriu a América, foi construída em Pontevedra pelo poderoso Grémio de Mareantes, o que está na origem do seu cognome A Galega.
No entanto, a partir do fim do século XVI, a cidade entraria em decadência, primeiro devido ao abandono por parte da Coroa de Castela e depois devido a sucessivas guerras e, principalmente, pela diminuição da profundidade do rio Lérez, o que levaria ao desaparecimento das relações comerciais que se desenvolviam no antigo bairro marítimo da Moureira. A crise, cujos sinais começaram a ser notórios no final do século XVI, aprofundou-se nos séculos XVII, XVIII e XIX.
Durante os séculos XVII e XVIII a decadência agudizou-se devido à instabilidade política provocada pelas constantes guerras que ocorreram nesse período (Portugal e a sucessão espanhola, a ocupação inglesa, etc.), que contribuíram para o declínio do comércio exterior. A população de Pontevedra reduziu-se para metade, quando na Galiza duplicou e no resto da comarca de Pontevedra triplicou. Esta crise demográfica foi provocada por epidemias e graves doenças.
No início do século XIX, a economia de Pontevedra baseava-se fundamentalmente na atividade artesã, no comércio e, em menor escala, na pesca e na agricultura. Em 1833, com a criação das províncias, torna-se a capital da província homónima, o que deu origem a que se tornasse um importante centro administrativo. Nesta época, devido à necessidade de ter espaços para edificação, a cidade muda a sua fisionomia, derrubando-se muralhas e abrindo-se novas ruas, como a que hoje vai de Oliva até Virje do Caminho (atual Rua García Camba) ou a que vai desde a Rua do Comércio até Michelena. Foram também empreendidas obras de infraestrutura e saneamento, construídas escolas e hospitais, criados espaços de uso público como a Alameda do Arquiteto Alejandro Sesmero, e chega o caminho-de-ferro.
As primeiras décadas do século XX são um período de grande efervescência cultural e política em Pontevedra. É nesta altura que é criada a Missão Biológica da Galiza, em 1921, e dez anos depois foi fundado o Partido Galeguista de Pontevedra, que esteve na origem do nacionalismo galego atual. Fundado e liderado por, entre outros, Afonso Castelao e Alexandre Bóveda, alguns meses depois de ser fundado uniu-se para formar o Partido Galeguista, dirigido por Castelao e Bóveda.
Em 1936 tem lugar o levantamento militar do general Franco, que deu origem à Guerra Civil Espanhola, fomentada pelos ódios acumulados durante anos. À guerra seguiu-se a repressão dos triunfadores, que assassinaram, fuzilaram ou obrigaram a fugir para o exílio numerosas pessoas. As duas primeiras décadas da ditadura franquista são de grandes dificuldades económicas para a maioria da população. Nos anos 1940-1960, o governo da ditadura franquista concedeu uma Zona Franca e um Pólo de Desenvolvimento à cidade vizinha de Vigo, um caso raro em Espanha (para uma cidade que não é uma capital provincial), o que favoreceu o desenvolvimento desta cidade na província de Pontevedra em detrimento da capital provincial, Pontevedra, tornando-se cidades rivais.
A situação começou a mudar na década de 1960, que se caraterizou por um desenvolvimento sustentado que se tornou mais notório no início dos anos 1970, coincidindo com a morte de Franco em 1975 e com a transição democrática. Durante este período desenvolveu-se extraordinariamente o setor da construção, que até à atualidade é um dos grandes motores da economia local.
Nos últimos anos, a cidade tem vindo a prestar homenagem a diversas personalidades galegas. Em 1999, a Câmara Municipal de Pontevedra rendeu pela primeira vez uma homenagem institucional a Alexandre Bóveda, uma figura chave da história contemporânea da Galiza, assassinado a 17 de agosto de 1936 pelos franquistas, bem como a outras figuras importantes na história política de Pontevedra que foram fuziladas a 12 de novembro do mesmo ano por defenderem a Galiza, a liberdade e a justiça social: o comandante Ramiro Paz, o mestre Xermán Adrio, o advogado e ex-governador civil Xosé Adrio, os médicos Amancio Caamaño, Luis Poza Pastrana e Telmo Bernárdez, o capitão Juan Rico González, o professor Paulo Novás, o industrial Benigno Rey Pavón e o escritor Víctor Casas.
O governo municipal de Pontevedra foi até 1999 um espécie de feudo do Partido Popular da Galiza (PPdeG), mas nesse ano as eleições municipais foram ganhas pelo médico Miguel Anxo Fernández Lores, do Bloco Nacionalista Galego (BNG). Miguel Anxo governou o concelho em coligação com María Teresa Casal, do Partido dos Socialistas da Galiza (PSdeG ou PSdeG-PSOE). Nas eleições de 2011, os socialistas perderam metade dos seus vereadores e o BNG ganhou mais quatro; desde então o executivo municipal é dirigido por Miguel Anxo em coligação com o PSdeG-PSOE.
O município situa-se a nordeste, leste e sudeste do início da ria de Pontevedra, prolongando-se até ao início da ria de Vigo e ao rio Verdugo, através das paróquias de A Canicouva e Ponte Sampaio, as quais formam uma espécie de exclave. Na zona sul de O Castelo e existe uma pequena ilha com o mesmo nome que também faz parte do município de Pontevedra. O município ocupa os vales fluviais do Lérez e do rio dos Gafos; a parte sudoeste ocupa a margem sul da ria de Pontevedra.
Municípios limítrofes de Pontevedra | ||
Meis | Barro, Moraña | Campo Lameiro |
Poio | Cotobade | |
Vilaboa, Marín | Soutomaior, Vilaboa | Ponte Caldelas |
Pontevedra situa-se no fundo da ria de Pontevedra, na margem esquerda do rio Lérez que desemboca na ria a quatro quilómetros da cidade. Assenta numa elevação rochosa relativamente aplanada pela erosão, que embora não seja muito alta, obriga o rio Lérez a rodeá-la pelo norte antes de desembocar na ria. Esta situação faz com que as únicas ruas com inclinação assinalável sejam as que baixam para a zona costeira e do rio. A localização sempre foi importante estrategicamente, pois é o ponto mais ocidental (mais próximo do mar) onde se pode cruzar a ria no sentido norte-sul através de uma ponte.
O concelho é constituído por mais 18 paróquias civis:
Pontevedra é uma cidade que conta com muitos bairros. Historicamente, o mais conhecido é O Burgo, famoso pela sua ponte e por estar situado entre os sapais de Alba e do Lérez. Monte Porreiro é uma zona residencial por excelência, juntamente com Campolongo, situado no centro urbano. Mollavao carateriza-se por ter muitos militares entre os seus residentes. A Parda encontra-se em expansão e se continuar a crescer ao ritmo dos últimos anos tornar-se-á um dos bairros mais importantes da cidade. Outros bairros importantes são A Moureira, Valdecorvos, A Seca e Salgueiriños.
Pontevedra tem vários jardins e parques espalhados pela cidade. No seu conjunto, e não contando com os mais pequenos, eles ocupam uma área de 190 000 m², ou seja, 2,3 m²/habitante.
Muito perto da cidade localizam-se a praia de Cabeceira, a praia de Portocelo, a praia de Mogor, a praia de Aguete e na ria de Pontevedra as praias de Lapamán, Areas, Silgar, Montalvo e a famosa praia da Lançada. O Lago Castiñeiras está localizado a 9 quilómetros da cidade. À sua volta existem grandes áreas recreativas com zonas de piquenique, churrasqueiras, fontes e parques infantis.
A cidade tem uma marina, a marina de Pontevedra e tem também muito perto o Porto de Marín-Pontevedra.
O clima é temperado e chuvoso, com uma temperatura média anual de 15 °C e amplitude térmica de 10 °C (entre 10 °C em janeiro e 20 °C em julho). A precipitação média anual é de 1 691 mm, podendo oscilar entre os 1 600 e os 1 800 mm, concentrando-se principalmente no final do outono e no inverno e diminuindo substancialmente entre junho e agosto. Há uma grande propensão para trovoadas atlânticas durante o outono e o inverno, frequentemente com alguma violência. É a cidade galega com mais horas de sol.
Dados climatológicos para Pontevedra | |||||||||||||
---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|
Mês | Jan | Fev | Mar | Abr | Mai | Jun | Jul | Ago | Set | Out | Nov | Dez | Ano |
Temperatura máxima recorde (°C) | 22,5 | 23,4 | 28,4 | 31,3 | 34,0 | 38,0 | 39,5 | 38,2 | 36,6 | 32,2 | 25,6 | 23,4 | 39,5 |
Temperatura máxima média (°C) | 13,1 | 14,3 | 16,6 | 17,9 | 19,9 | 23,5 | 25,6 | 25,6 | 23,6 | 19,7 | 16,0 | 13,8 | 19,1 |
Temperatura mínima média (°C) | 6,0 | 6,8 | 7,6 | 8,5 | 10,9 | 13,4 | 15,4 | 15,2 | 13,9 | 11,4 | 8,6 | 7,3 | 10,4 |
Temperatura mínima recorde (°C) | −3,6 | −1,7 | −2,0 | 0,6 | 4,2 | 7,0 | 9,2 | 9,8 | 7,2 | 4,2 | 0,0 | −1,5 | −3,6 |
Precipitação (mm) | 204 | 190 | 126 | 140 | 129 | 66 | 44 | 47 | 108 | 185 | 198 | 254 | 1 691 |
Dias com chuva | 15 | 13 | 12 | 13 | 13 | 8 | 5 | 5 | 8 | 13 | 14 | 15 | 133 |
Dias de sol | 7 | 5 | 8 | 6 | 5 | 10 | 13 | 12 | 9 | 6 | 6 | 7 | 93 |
Insolação (h) | 116 | 112 | 179 | 197 | 226 | 270 | 292 | 278 | 212 | 151 | 116 | 98 | 2 223 |
Fonte: Agência Estatal de Meteorologia (AEMET) |
Em 2021 o município tinha 83 114 habitantes. A zona urbana de Pontevedra (Pontevedra, Poio, Marín, Sanxenxo, Bueu, Vilaboa, Cotobade, Barro, Ponte Caldelas, Soutomaior) em redor da sua ria, incluindo alguns municípios do interior, tem mais de 200 000 habitantes. Pontevedra é uma cidade em crescimento, com a população mais jovem da Galiza e a maior esperança de vida. É a cidade galega que atrai mais pessoas para viver, juntamente com Santiago de Compostela.. É também a cidade galega com o melhor crescimento natural.
Gráfico da evolução da população de Pontevedra entre 1842 e 2012 |
---|
Nota: Nos casos em que há dados disponíveis para a população de facto e de jure é indicado o valor mais alto dos dois. Entre o censo de 1857 e o anterior a área do município aumentou com a inclusão de Verducido. Entre o censo de 1877 e o anterior, o município foi novamente expandido com a anexação de Alba, Mourente y Salcedo. Entre o de 1950 e o anterior, foi incorporado Xeve e no censo de 1960 foi incorporado Ponte Sampaio. |
A economia da cidade é baseada em vários setores diversificados. Os serviços administrativos da província de Pontevedra, que ali têm a sua sede, o turismo cultural e a indústria, especialmente a madeireira e a indústria automóvel auxiliar, o comércio, o exército (A Brilat e a escola Naval de Marín) e a construção. Entre os motores da área metropolitana de Pontevedra está a actividade industrial, comercial e pesqueira do Porto de Marín-Pontevedra. A cidade é o lar de importantes empresas como a cadeia de supermercados Froiz ou outras como a Setga e a EDF Solar.
No que diz respeito aos transportes públicos, Pontevedra tem duas linhas de autocarros urbanos no centro da cidade:
Existe também um serviço de autocarros urbanos de alta frequência entre Pontevedra e Marín, que está localizado na área metropolitana de Pontevedra e com o qual a cidade forma um contínuo urbano virtual.
A cidade tem uma estação de autocarros que liga a cidade à maioria das cidades espanholas e galegas e a destinos estrangeiros como o aeroporto do Porto ou cidades em Portugal e França. Há também uma rede de transporte metropolitano que liga Pontevedra às cidades e municípios da área metropolitana de Pontevedra (São Genjo, Poio, Bueu, Soutomaior, Vilaboa, Ponte Caldelas, Moraña, Campo Lameiro, Barro e Cerdedo-Cotobade) que é subsidiado pela câmara municipal de Pontevedra e pela Junta da Galiza.
A empresa ferroviária nacional espanhola Renfe opera em Pontevedra, ligando a cidade com várias povoações galegas e do resto de Espanha. O serviço de alta velocidade passa pela Estação Ferroviária de Pontevedra. Esta linha encurtou a duração das viagens a partir de Pontevedra para 30 minutos para Santiago, para 60 minutos para a Corunha, para 82 minutos para Ourense e para 14 minutos para Vigo. O serviço é feito em comboios regionais de alta velocidade Avant e Alvia. A Renfe também tem o apeadeiro de Pontevedra-Universidade na cidade para servir o campus da Xunqueira e os bairros Monte Porreiro, Tafisa e A Seca.
A cidade é conhecida pelo seu planeamento urbano, pela sua pedonalização e pelo encanto do seu centro histórico. Tornou-se uma referência mundial em termos de pedonalização, acessibilidade e desenvolvimento sustentável. Nos últimos anos tem recebido vários prémios internacionais pela sua qualidade de vida urbana, acessibilidade e política de mobilidade urbana, incluindo o Prémio Europeu Intermodes em 2013 em Bruxelas; o Prémio Internacional ONU-Habitat em 2014 no Dubai (Emirados Árabes Unidos), o Prémio de Excelência Urbana do Center for Active Design em 2015 em Nova Iorque, ou o 1.º Prémio de Segurança Urbana da Comissão Europeia em 2020, entre outros. Vários estudos europeus ou americanos sobre o seu planejamento urbano exemplar têm sido realizados nos últimos anos. O prestigioso jornal britânico The Guardian definiu-a em Setembro de 2018 como um paraíso entre as cidades espanholas.
Pontevedra é a cidade com mais zonas pedonais da Galiza. Em Pontevedra, foi criado o famoso mapa para peões Metrominuto para a mobilidade urbana. É um mapa baseado na estética dos mapas do metro, que marca as distâncias pedonais entre os pontos mais importantes da cidade e o tempo que leva a cobri-los. O Metrominuto tem sido utilizado como modelo em cidades europeias como Toulouse, em França, Florença, Ferrara, Modena ou Cagliari em Itália, ou outras como o distrito dos Anjos em Londres, Torres Vedras em Portugal, Poznan na Polónia e até Belgorod na Rússia. Em Espanha, inspirou o Metrominuto de muitas cidades como Salamanca, Saragoça, Cádis, Granada, Sevilha, Jerez de la Frontera, Coruña ou Pamplona.
O núcleo urbano tem numerosos bairros, alguns pequenos e outros relativamente grandes.
As praças medievais do centro histórico de Pontevedra e as da sua primeira expansão urbana destacam-se como pequenos salões de proporções regulares e geométricas. Muitas delas evocam com os seus nomes comerciais as actividades que aí tiveram lugar há séculos: Praça de lenha, das legumes, da pedreira, da forja, do cais... As mais populares são as seguintes: Praça da Lenha, Praça da Ferraria, Praça do Teucro, Praça da Verdura, Praça de Méndez Núñez, Praça da Pedreira, Praça Curros Enríquez, Praça da Peregrina, Praça de Espanha, Praça das Cinco Ruas, Praça do Cais, Praça Alonso de Fonseca (ou de Santa Maria) e Praça de São José.
Outras praças emblemáticas mais modernas da cidade são a Praça de Barcelos e a Praça da Galiza.
Na cidade há muitas esculturas entre as quais se destacam as seguintes:
Outras ponte é a ponte pedonal da ilha das Esculturas construída em 1997.
A cidade alberga a Biblioteca Pública do Estado e outras bibliotecas como a Biblioteca do Museu de Pontevedra, que é dedicada principalmente a investigadores, e bibliotecas universitárias como a Biblioteca Central do Campus de Pontevedra e a Biblioteca da Universidade Nacional de Educação à Distância.
As festas do padroeiro da cidade, São Sebastião, celebram-se no dia 20 de janeiro. As festas da padroeira, a Virgem do Ó realizam-se em 18 de dezembro. Durante o Carnaval, o enterro do papagaio Ravachol é celebrado e imortalizado.
Contudo, as festas mais importantes e mais famosas são as da Virgem Peregrina, padroeira da província, que são celebradas entre o segundo sábado e o terceiro domingo de agosto, acompanhadas duma feira taurina. O dia da Peregrina é o segundo domingo de agosto, dia em que se realiza uma procissão, que termina com a atuação do grupo de danças Duos Pontes e o seu tradicional baile de fitas, no fim do qual é soltada uma pomba.
Outras festas importantes são as de Santiaguiño, padroeiro da paróquia do Burgo, no dia 25 de julho, a romaria de San Benitiño de Lérez, padroeiro da paróquia de Lérez, em 11 de julho, e a Feira Franca, no primeiro sábado de setembro.
Existem várias associações culturais importantes na cidade, tais como o Ateneo de Pontevedra, o Cineclube de Pontevedra o Liceo Mutante ou a Aula Castelao de Filosofia.
Os principais jornais em Pontevedra são:
RTVE, a Rádio e Televisão Pública Espanhola, e RTVG, a Rádio e Televisão Pública Galega, emitem programas de informação locais nos seus canais. Entre 1994 e 2012, Pontevedra teve uma estação de televisão local, Localia Pontevedra. A maioria das estações de rádio nacionais emitem os seus programas na região de Pontevedra, incluindo a Rádio Nacional, Cadena Ser, Cadena COPE, Onda Cero e Punto Radio.
Ao nível superior a cidade é a sede do Centro Regional da Universidade Nacional de Educação à Distância (UNED) na província de Pontevedra e do Campus de Pontevedra com mais de 4000 estudantes, com faculdades como a Faculdade de Belas Artes e a Faculdade de Comunicação. A cidade tem a única Escola Superior para a Conservação e Restauração de Bens Culturais da Galiza.
A cidade tem também um vasto número de escolas públicas e privadas de ensino básico e secundário públicas e privadas, vários centros de formação profissional, um centro de educação contínua para adultos (EPA) e vários conservatórios. Tem também uma escola de gestão hoteleira (Carlos Oroza), o Centro Galego de Tecnologia Desportiva, a única escola de banda desenhada na Galiza e uma escola oficial de línguas (EOI) onde se ensina inglês, francês, português, italiano, alemão e galego.
A cidade é a sede do Centro hospitalar universitário de Pontevedra, o centro público de referência hospitalar para o centro e norte da província de Pontevedra e do Hospital Quirón Salud Miguel Domínguez, um centro hospitalar privado. Tem também o centro de reabilitação neurológica Quirón e muitos centros médicos públicos e privados.
Merlo (Argentina) Salvador (Brasil) São José (Costa Rica) São Domingos (República Dominicana) |
Lepanto (Grécia) Barcelos (Portugal) Gondomar (Portugal) Vila Nova de Cerveira (Portugal) |