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O I Concílio de Braga (em latim, Concilium Bracarense Primum, "Primo Concílio de Braga") foi um concílio plenário católico, regional, calcedoniano, que teve lugar na cidade homónima do Norte de Portugal (então capital do reino dos Suevos), a 1 de Maio de 561[1], onde esteve presente o rei Ariamiro, os bispos do então Reino Suevo e os demais presbíteros e ministros da fé, tendo sido presidido por Lucrécio, arcebispo metropolitano de Braga.[2][3][4][5] A ele acudiram os bispos do então Reino da Galécia, que havia incorporado partes da antiga Lusitânia:
Teve o apoio e confirmação posterior por parte do papa Inocêncio III, e declarou anátema todos aqueles que acreditassem em doutrinas de tipo maniqueísta, como os priscilianistas.
Ligações externas
Ver também
Notas
- ↑ À semelhança de muita da antroponímia que encontraríamos comum na Galécia, aparenta ser nome de origem celta. É inicialmente referenciado como "Coitus", e "Scottus", o que são tidos como erros, já que no fim da ata surge mencionado em seu lugar "Cottus", antroponímico que encontramos, por exemplo, previamente registrado por Júlio César em "Commentarii de Bello Gallico" atribuído a um político gaulês, celta, cujo oponente eleitoral seria apoiado por César, contra o qual se voltaria. Encontramos outro Cottus da tribo dos Bastarnas,[6] que são frequentemente identificados como celtas.
Também encontrado na mitologia grega, civilização em frequente contacto com os celtas. Outras variações são encontradas, por exemplo, no Regnum Cottius, reino celta alpino.
Já Scottus, seria também ele um nome celto-romano, primeiro registrado no século IV, inicialmente um gentílico referente sobretudo aos celtas da actual Grã-Bretanha, como os que migraram para a Britónia galécia [7] e vindo a ser nome de vários celto-cristãos como Clemente Escoto (séc. VIII), Sedúlio Escoto e João Escoto Erígena (séc. IX), Mariano Escoto (séc. XI), etcétera.
Referências
- ↑ COSTA, Avelino de Jesus da (1968). Data Do Concilio 1º De Braga 1 De Maio De 561. Braga:
- ↑ Os limites das dioceses suevas de Bracara e de Portucal, Jorge Alarcão, Professor Catedrático Aposentado da Faculdade de Letras de Coimbra. Membro do Centro de Estudos de Arqueologia, Artes e Ciências do Património. Portvgalia, Nova Série, vol. 36, Porto, DCTP-FLUP, 2015, pp. 35-48
- ↑ «Synodus Bracarensis prima». www.benedictus.mgh.de. Consultado em 22 de novembro de 2024
- ↑ «Concilium Bracarense I - Praefatio [0563-0563] Full Text at Documenta Catholica Omnia». www.documentacatholicaomnia.eu. Consultado em 22 de novembro de 2024
- ↑ «Concilium Bracarense I - Documenta Omnia [0563-0563] Full Text at Documenta Catholica Omnia». www.documentacatholicaomnia.eu. Consultado em 22 de novembro de 2024
- ↑ «Titus Livius (Livy), The History of Rome, Book 40, chapter 57». www.perseus.tufts.edu (em inglês). Consultado em 7 de novembro de 2024
- ↑ «Scot | Etymology of the name Scot by etymonline». www.etymonline.com (em inglês). Consultado em 29 de outubro de 2024
- ↑ Costa, Miguel. «De realezas gallegas y monarcas suevos (y III)». www.celtiberia.net (em espanhol). Consultado em 10 de outubro de 2024
- ↑ «Historial». www.bensculturais.com. Consultado em 10 de outubro de 2024
- ↑ Borges, Nelson Correia (1984). «Lucêncio, Bispo de Conimbriga, e as origens do mosteiro de Lorvão». ISSN 0084-9189. doi:10.14195/1647-8657_23_10. Consultado em 10 de outubro de 2024
- ↑ Livermore, Harold. «Reis suevos e a Igreja de São Martinho na formação de Portugal» (PDF). Os Reinos Ibéricos na Idade Média. p. 454
- ↑ Koch, John T. (2006). «Britonia». Celtic Culture: A Historical Encyclopedia. : ABC-CLIO. p. 291
- ↑ Synodus Bracarensis prima, Ata do primeiro concílio de Braga em Latim