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Que Horas Ela Volta? | |
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Pôster oficial do filme. | |
![]() 2015 • cor • 114 min | |
Gênero | drama |
Direção | Anna Muylaert |
Produção | Fabiano Gullane Caio Gullane Débora Ivanov Anna Muylaert |
Coprodução | África Filmes Globo Filmes |
Roteiro | Anna Muylaert |
Elenco | Regina Casé Camila Márdila Karine Teles Michel Joelsas Lourenço Mutarelli |
Cinematografia | Bárbara Alvarez |
Edição | Karen Harley |
Companhia(s) produtora(s) | África Filmes Gullane Filmes |
Distribuição | Pandora Filmes |
Lançamento |
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Idioma | português |
Orçamento | R$ 4 milhões[1] |
Receita | R$ 6,2 milhões[2] |
Que Horas Ela Volta? é um filme brasileiro de 2015, do gênero drama, escrito e dirigido por Anna Muylaert. O filme é protagonizado por Regina Casé e trata dos conflitos que acontecem entre Val, uma empregada doméstica do Brasil e seus patrões de classe média alta, criticando as desigualdades da sociedade brasileira.[3]
A estreia mundial do filme aconteceu no início de 2015, no Sundance Film Festival, em Utah nos Estados Unidos. O longa brasileiro estreou nos cinemas de sete países europeus, antes de chegar ao Brasil em 27 de agosto de 2015.[4] Em Portugal a estreia aconteceu em 3 de dezembro de 2015.[5]
Em setembro de 2015, o filme foi o escolhido pelo Ministério da Cultura entre 8 longas brasileiros, para representar o Brasil na disputa pelo Oscar de melhor filme estrangeiro da edição de 2016.[6] Porém não foi indicado ao prêmio.[7]
Em dezembro de 2015, foi eleito um dos cinco melhores filmes estrangeiros do ano pela organização norte-americana, National Board of Review.[8] No mesmo mês foi eleito o melhor filme do ano e entrou na lista dos 100 melhores filmes brasileiros segundo a Associação Brasileira de Críticos de Cinema (Abraccine).[9]
Val (Regina Casé), uma mulher nordestina de origem humilde, vai para São Paulo em busca de um emprego, deixando para trás sua filha Jéssica (Camila Márdila) com o avô. Na capital paulista, Val consegue o cargo de babá e depois de empregada doméstica na casa de Bárbara (Karine Teles) e José Carlos (Lourenço Mutarelli), uma família de classe média alta onde ela cuida do filho dos patrões, Fabinho (Michel Joelsas).
Treze anos depois, Val é economicamente estável, mas se sente culpada por ter deixado para trás Jéssica. De repente, sua filha decide ir a São Paulo para fazer um vestibular, na mesma época que o filho do casal, e pede apoio a mãe, esta acreditando em uma segunda chance para um melhor relacionamento entre as duas. Mesmo assim, a convivência é complicada, ainda mais pela personalidade da garota e forma como ela se comporta na casa e perante os patrões de sua mãe, se sentindo mais a vontade e não aceitando a separação de classes e posições impostas no lugar.[1][10]
Muylaert inicialmente imaginou fazer o filme pouco antes do lançamento de seu primeiro longa-metragem, Durval Discos (2002),[10] mas ela sentiu que não era capaz de dirigi-lo no momento.[1] Originalmente intitulado A Porta da Cozinha, foi baseado na própria experiência de Muylaert com uma babá, que cuidou de seu filho depois de ter deixado sua própria filha.[11] O roteiro foi reescrito quatro vezes por ela e Casé desde a sua primeira concepção,[1] quando Muylaert considerava que ainda estava " imaturo".[10][11] Casé tem um papel importante já que ela conhece muito bem a realidade de diversas mulheres nordestinas que foram para São Paulo em busca de um emprego, e Muylaert não procurava criar uma caricatura do que seria um personagem real.[11] Ao contrário, ela escreveu a história, porque em sua opinião, cuidar de crianças de outras pessoas é "trabalho sagrado que é muito subestimado."[10]
Que Horas Ela Volta? foi filmado em fevereiro de 2014, em uma mansão no Morumbi, um bairro de classe média alta de São Paulo e demorou nove meses para ser concluído.[1][10][10][12]
Sua primeira estreia ocorreu no início de 2015, no Sundance Film Festival 2015,[13] em que Casé e Camila Márdila dividiram o Prêmio World Cinema Dramatic Especial Jury por suas atuações como protagonistas no filme.[14] Na Europa, sua estreia aconteceu na seção Panorama do 65th Berlin International Film Festival,[15] onde ganhou o Prêmio Panorama Audience (prêmio de melhor audiência).[16] Já em Junho de 2015, a diretora e roteirista Anna Muylaert venceu o prêmio de melhor Direção no Valletta Film Festival, na Ilha de Malta.[17]
Segundo a revista norte-americana The Hollywood Reporter,"este drama denso e cheio de camadas disseca com humor e precisão arrepiante as diferenças de classe e a relação entre as mães reais e os cuidadores e questiona o privilégio como algo estanque". Continua lembrando que "uma ex-crítica de cinema que também co-escreve filmes feitos por outros, faz aqui um trabalho hábil ao contar a sua história e apresentar seus personagens e dilemas de uma maneira que convida o espectador à reflexão, imediatamente".[18]
Isabela Boscov listou como um dos seus filmes favoritos de 2015.[19]
Em 15 de dezembro de 2014 The Match Factory adquiriu os direitos internacionais do filme.[20]
Os críticos constataram que a primeira divulgação do filme no programa Fantástico da Rede Globo tinha um discurso que contrariava as ideias apresentadas no filme. Posteriormente o programa apresentou uma reportagem mais coerente com o filme. A presidente do sindicato dos empregadores domésticos do estado de São Paulo afirmou que "não aprendi muita coisa com o filme".[21]
Até o dia 25 de outubro de 2015, o filme levou 454 mil espectadores aos cinemas brasileiros.[22] Antes de estrear no Brasil, o longa já tinha sido visto por quase meio milhão de pessoas na Europa.[4] Somente na França em apenas quatro semanas de exibição o filme superou a marca de 150 mil ingressos vendidos.[23] Na Itália alcançou a 8ª posição do ranking dos filmes mais vistos.[24] Nos Estados Unidos teve uma bilheteria considerada satisfatória para uma produção estrangeira, arrecadando US$ 376.986.[25]
Ano | Prêmio/Festival | Categoria | Resultado |
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2015 | ![]() |
Prêmio Especial do Júri Pela Atuação para Regina Casé e Camila Márdila | Venceu |
Grande Prêmio do Júri | Indicado | ||
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Prêmio do Público de Melhor ficção na Mostra Panorama | Venceu | |
Prêmio CICCAE | Venceu | ||
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Melhor Roteiro | Venceu | |
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Melhor Atriz para Regina Casé | 4º lugar | |
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Prêmio do Público para Melhor Filme | Venceu | |
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Troféu APC | Venceu | |
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Melhor Direção para Anna Muylaert | Venceu | |
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Prêmio do Público para Melhor Filme | Venceu | |
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Melhor Atriz para Regina Casé | Indicado | |
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Top 5 de Filmes Estrangeiros | Top 5 | |
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Melhor Filme | Venceu | |
Melhor Atriz de Cinema para Regina Casé | Venceu | ||
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Prêmio do Público para Melhor Filme (Dragon Audience Award) | Venceu | |
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Melhor Filme Estrangeiro | Indicado | |
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Melhor Longa Brasileiro | Venceu | |
2016 | ![]() |
Melhor Filme Estrangeiro | Indicado |
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Melhor Filme Estrangeiro | Indicado | |
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Melhor Filme | Venceu | |
Melhor Direção para Anna Muylaert | Venceu | ||
Melhor Atriz para Regina Casé | Venceu | ||
Melhor Atriz coadjuvante para Camila Márdila | Venceu | ||
Melhor Ator coadjuvante para Lourenço Mutarelli | Indicado | ||
Melhor Direção de Fotografia | Indicado | ||
Melhor Roteiro Original | Venceu | ||
Melhor Direção de Arte | Indicado | ||
Melhor Figurino | Indicado | ||
Melhor Efeito Visual | Indicado | ||
Melhor Montagem Ficção | Venceu | ||
Melhor Som | Indicado | ||
Melhor Trilha Sonora Original | Indicado | ||
Melhor Longa-metragem Ficção (Voto Popular) | Venceu |