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Religião na Coreia do Norte[1]
Não há estatísticas oficias conhecidas de religiões na Coreia do Norte, mas, a partir de estimativas do fim da década de 1990[2] e dos anos 2000,[1][3] o país é majoritariamente irreligioso, com a vida religiosa sendo dominada pelas tradições do xamanismo coreano e cheondoísmo, enquanto o governo, a partir da ideologia juche, promove comportamentos de sentimento religioso próprios.[4]
O budismo (em coreano: 불교) tem um longo histórico na Coreia do Norte, tendo chegado à região através da China no ano de 372 d.C., sendo disseminado por monges-emissários durante o período dos Três Reinos.[5] Hoje, budistas são representados pela Federação Budista Coreana, cujo líder desde 2009 é Yu Yong-sun,[6] Há 60 templos budistas no país, mas são mais vistos como relíquias culturais que como locais de culto ativo.[7]
A capital da Coreia do Norte, Pyongyang, já foi conhecida como a “Jerusalém do Oriente”.[4] Antes da Segunda Guerra Mundial, muitos missionários cristãos foram autorizados pelo rei da Coreia, da dinastia Joseon, para difundirem a religião no século XIX. A cidade passou a ser o centro presbiteriano asiático. Os missionários abandonaram gradualmente a Coreia devido à Segunda Grande Guerra.[8] O quadro foi agravado com a Guerra da Coreia e com a política da dinastia Kim, que até hoje governa a nação.
Desde meados do século XIX, diversos missionários cristãos partiram dos EUA, para tentar converter os coreanos, na época em que a península da Coreia abriga somente um Estado. Até então, os habitantes da região seguiam o budismo, o confucionismo e o xamanismo. Além de levar a sua crença, os estadunidenses também influenciaram de modo marcante a educação, por meio de colégios religiosos, e a intelectualidade. Tais religiosos detiveram elevado relevância na Coreia, já que se envolveram ativamente nos movimentos de independência, depois que a península entrou sob domínio do Japão, em 1905. Dos 33 integrantes do movimento de independência Primeiro de Março, 16 eram cristãos, sendo que 10 deles eram do norte do país.[4]
Na década de 40, quando uma guerra entre os países aliados contra o Eixo (Japão, Alemanha e Itália) era iminente, os Estados Unidos da América retiraram seus missionários da Coreia dominada pelos japoneses.[4]
Hoje, há ao menos duas igrejas presbiterianas em Pyongyang, uma das quais recebeu o evangelista americano Billy Graham em 1992. Em 1988, foi reconstruída uma catedral católica, a Igreja de Changchung, na cidade, mas sem sacerdotes residentes, celebrando missas apenas segundo a disponibilidade de clero estrangeiro.[9] Em 2003, foi inaugurada em Rakrang-guyŏk pelo Arcebispo Clemente de Kaluga e Borovsk a Paróquia da Trindade Vivificante, sob a Eparquia de Vladivostok da Igreja Ortodoxa Russa, a primeira igreja ortodoxa do país. Tem clero residente e ofícios ao menos duas vezes por semana.[10]
Há ao menos uma mesquita islâmica xiita no país, localizada no complexo da embaixada do Irã em Pyongyang, perto das embaixadas romena e belga. Tendo sua existência confirmada pelo especialista em satélites Curtis Melvin, o mesmo acredita que a Coreia do Norte provavelmente seria o único país com uma mesquita xiita, mas sem mesquitas sunitas.[11]