Neste artigo, exploraremos em detalhes o tema Sociolinguística, que tem gerado grande interesse e debate hoje. Sociolinguística é um tema de grande relevância na sociedade contemporânea e o seu impacto estende-se a vários aspectos da vida quotidiana. Ao longo destas páginas, analisaremos as diferentes abordagens e perspectivas sobre Sociolinguística, bem como a sua influência na cultura, política, economia e outras áreas. Além disso, examinaremos as implicações de Sociolinguística na vida das pessoas e como este tópico pode ser abordado a partir de diversas disciplinas e pontos de vista. Junte-se a nós nesta jornada de exploração sobre Sociolinguística e descubra a importância que tem na nossa sociedade contemporânea!
Sociolinguística é o ramo da linguística que estuda a relação entre a língua e a sociedade. É o estudo descritivo do efeito de qualquer e todos os aspectos da sociedade, incluindo as normas culturais, expectativas e contexto, na maneira como a língua é usada, e os efeitos do uso da língua na sociedade. O “objeto da Sociolinguística é a língua falada/sinalizada, observada, descrita e analisada em seu contexto social, isto é, em situações reais de uso.” Ou seja, a Sociolinguística ocupa-se da língua não somente por si, mas como esta se modifica para adequar-se aos seus falantes.[1] É subdividida em Sociolinguística Variacionista, cujo fundador é William Labov, na Sociolinguística Interacional, proposta por John J. Gumperz e na Sociolinguística Educacional, pensada por Stella Maris Bortoni-Ricardo.
Há três termos importantes para a sociolinguística, que podem ser facilmente confundidos entre si:
Em um fenômeno variável, cabe ao sociolinguista investigar os contextos de uso que favorecem a presença de uma das variantes. Caso uma variante apresente frequência de uso maior do que a outra, pode ser que alguma mudança linguística esteja ocorrendo ou esteja prestes a ocorrer. Por outro lado, caso não haja frequência de uso maior de uma variante, pode ser que se trate de uma variação estável presente na língua.[4]
Embora o aspecto social da língua tenha chamado a atenção desde cedo, tendo tido relevância já no trabalho do linguista suíço Ferdinand de Saussure no início do século XX, foi talvez somente nos anos 1950 que este aspecto começou a ser investigado minuciosamente.
Pioneiros como Uriel Weinreich, Charles A. Ferguson e Joshua Fishman chamaram a atenção para uma série de fenômenos interessantes, tais como a diglossia e os efeitos do contato linguístico.
Mas pode-se dizer que a figura chave foi William Labov, que, nos anos 1960, começou uma série de investigações sobre a variação linguística – investigações que revolucionaram a compreensão de como os falantes utilizam sua língua e que acabaram por resolver o Paradoxo de Saussure.
Este ramo pode ser dividido em outras vertentes, para estudar diversos aspectos do uso da língua, podendo ser de cunho Variacionista, Educacional e Interacional.
A Sociolinguística Variacionista, ou Teoria da Variação e Mudança, é uma abordagem proposta por William Labov para explicar a covariação sistemática entre língua e sociedade.[5]
A Sociolinguística Educacional, rótulo assumido por Stella Maris Bortoni-Ricardo, tem se constituído como um campo de aplicação da sociolinguística aos programas de formação de docentes para o ensino de língua materna.
Já a Sociolinguística Interacional ou Sociointeracionismo, surgiu na década de 1970 e foi apresentado pelo linguista americano John J. Gumperz. tem como foco as interações linguístico-sociais, as interpretações e inferências produzidas pelos interlocutores a partir dessa relação, sejam ligadas a traços linguísticos ou não linguísticos, como gestos, expressões faciais e pausas.[6]