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Super Drags | |
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Informações gerais | |
Formato | série de desenho animado |
Gêneros | Adulto Ação Comédia Super-herói |
Criado por |
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Roteiristas |
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Dirigido por |
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Vozes de |
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Tema de abertura | "Highlight" por Pabllo Vittar |
País de origem | ![]() |
Idioma original | português |
Temporadas | 1 |
Episódios | 5 |
Produção | |
Produtor executivo | Marcelo Pereira |
Produtor | Marcelo Pereira |
Duração | 23–25 minutos |
Empresas produtoras |
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Formato | |
Formato de imagem | 4K (Ultra HD) |
Exibição original | |
Emissora | Netflix |
Transmissão | 9 de novembro de 2018 | – 9 de novembro de 2018
Super Drags é uma série de animação adulta brasileira criada por Anderson Mahanski, Fernando Mendonça e Paulo Lescaut.[1] A série conta com as vozes originais de Pabllo Vittar,[2] Wagner Follare, Sérgio Cantú, Fernando Mendonça e Guilherme Briggs.[3][4] Foi lançada em 9 de novembro de 2018 na Netflix.[5]
Produzida pelo Combo Studio,[6] a trama acompanha as aventuras de Donizete, Patrick e Ralph, três amigos que trabalham em uma loja de departamentos e se tornam heroínas drag queens: Scarlet Carmesim, Lemon Chiffon e Safira Cyan,[7] consideradas as Super Drags responsáveis pela proteção da comunidade LGBT,[8][9] combatendo a vilã drag e homofóbica Lady Elza.[10]
No mês seguinte ao lançamento, em 22 de dezembro de 2018, a Netflix cancelou a série após uma temporada devido a baixa audiência.[11][12] Segundo o jornal Folha de S.Paulo, a série foi planejada para ter uma segunda e terceira temporada.[13] A obra é considerada a primeira animação brasileira da plataforma.[14][15]
Personagem | Voz original |
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Donizete / Scarlet Carmesim | Fernando Mendonça |
Sandoval | |
Patrick / Lemon Chiffon | Sérgio Cantú |
Ralph / Safira Cyan | Wagner Follare |
Goldiva | Pabllo Vittar |
Vedete Champagne | Silvetty Montilla |
Lady Elza | Raphael Véles |
Terrorista | |
Jezebel | Sylvia Salustti |
Juracy | Suzy Brasil |
Robertinho / Janjão | Guilherme Briggs |
Sandrão | Carla Pompílio |
Coroa Panterona | Mariângela Cantú |
Val Valadão | Patrícia Garcia |
Dr. Caio Durão | Vinicius Barros |
Junior | Lucas Gama |
N.º | Título | Dirigido por | Escrito por | Exibição original |
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1 | "Hora do Lipsync" | Fernando Mendonça | Vânia Matos | 9 de novembro de 2018 |
Para recuperar sua beleza, Lady Elza rouba toda energia do highlight dos fãs de Goldiva. Agora, só as Super Drags podem salvar o dia. | ||||
2 | "Imagem é tudo" | Fernando Mendonça | Chico Amorim | 9 de novembro de 2018 |
Depois de ser xoxado por Dild-O e acabar vetado de uma missão, Patrick não se abala e aproveita o dia de folga para dar aquela repaginada no visual. | ||||
3 | "A cura gay" | Fernando Mendonça | Fernanda Brandalise | 9 de novembro de 2018 |
Rejeitado pelo pai depois de sair do armário, Ralph tenta a "cura gay" no camping de concentração de Sandoval, onde Donizete e Patrick estão infiltradas. | ||||
4 | "Seja quem você é" | Fernando Mendonça | Marcelo Souza | 9 de novembro de 2018 |
Quando Goldiva é raptada antes de um show e as Super Drags são convocadas para salvá-la, Scarlet acaba conhecendo o passado da musa pop. | ||||
5 | "Numa só voz" | Fernando Mendonça | Paulo Lescaut | 9 de novembro de 2018 |
Lady Elza invade o palco durante o show de Goldiva e chupa o highlight de toda a plateia, ficando mais poderosa do que nunca e colocando as Super Drags em grande perigo. |
A série estreou na Netflix em 9 de novembro de 2018 com cinco episódios.[16] Na versão norte-americana, a dublagem em inglês conta com as vozes das participantes do RuPaul's Drag Race: Trixie Mattel, Ginger Minj, Willam Belli e Shangela Laquifa Wadley.[17] Na dublagem em espanhol, a série se passa na cidade de Múrcia.[18]
O primeiro trailer da série foi lançado em 19 de outubro de 2018.[19][16] Um curta especial de Dia das Bruxas, intitulado Credo Que Delícia, foi lançado em 31 de outubro de 2018 na página oficial da série no Facebook.[20]
O videoclipe da música-tema da série, "Highlight", interpretada por Pabllo Vittar, apresenta os personagens principais e foi lançado em 7 de novembro de 2018.[21]
A Decider deu a série uma crítica positiva, ao mesmo tempo observou que: "Não podemos negar que esperávamos que o humor aqui fosse mais nítido."[10] Charles Puilliam-Moore, do io9, elogiou a série por seus comentários políticos e condenação a homofobia, enquanto criticou alguns dos aspectos mais obscenos do seu humor como uma parte fraca do enredo.[22] S.E. Fleenor escreveu uma crítica positiva para a SyFy Wire, chamando a série de "piadinha gay ultrajante, totalmente adulta, repleta de condenações sardônicas ao apagamento desenfreado e à destruição de pessoas queer, contada através de zombações angustiantes, superpoderes hipersexuais e protuberâncias de desenhos animados hilariamente flexíveis."[23]
Um ano depois do início do lançamento de Castlevania, Super Drags foi adicionado ao catálogo da Netflix.[24] Em 30 de dezembro de 2020, Donnie Lopez publicou um artigo no Black Girl Nerds, lamentando a falta de uma "animação de um super-herói gay latino sendo o protagonista de sua própria série", dizendo que embora tenha havido um aumento no número de "pessoas LGBT+ sendo incluídas em animações familiares de super-heróis", isso se concentrou principalmente em personagens lésbicas e bissexuais, sem "animações com protagonistas super-heróis gays latinos/hispânicos".[25] Lopez acrescentou que manter, popularizar e criar personagens gays pode começar a amenizar atitudes preconceituosas, observando que os desenhos infantis raramente "dão aos personagens POC gays os papéis principais", levando-os a perpetrar a ideia de que "personagens gays masculinos não podem ser protagonistas independentes". Mesmo assim, ele dá o exemplo de Aqualad na terceira temporada de Young Justice, que é um homem negro e bissexual, ao mesmo tempo que qualifica isso, também afirma que Aqualad "não é o personagem principal do desenho" e observa que, embora Super Drags tenha feito dos homens gays os protagonistas, "reforçou estereótipos negativos" e esperava que a "falta de representação gay" nessas animações pudesse ser remediada no futuro.[25]
Em 2019, a série venceu o Prêmio LeBlanc na categoria Melhor Animação.[26]
Antes mesmo de sua estreia, a série foi alvo de uma controvérsia, em julho de 2018, a Sociedade Brasileira de Pediatria emitiu um comunicado oficial alegando que a produção poderia ser prejudicial para o público infantil,[27] contudo, a Netflix se pronunciou dizendo que a série era destinada ao público adulto,[28] lançando posteriormente um trailer de banda vermelha com uma classificação de 16 anos (TV-MA) exibida por toda parte.[29][30][31] Além disso, foi lançado outro vídeo, onde Champagne, um dos personagens da série, avisa aos telespectadores que mesmo a série sendo animada, ela contém conteúdo adulto e é apenas para maiores de 16 anos.[32]
O jornal O Estado de S. Paulo publicou um artigo onde o ilustrador Wil Vasque, de Santo André, acusou a série de plágio. Segundo Vasque, a produção seria uma cópia de Drag Dragons, animação de sua criação apresentada em 2010.[33] Vasque processou a Netflix poucos dias após o lançamento da série, mas não foi adiante.[34] Ele pediu isenção dos custos jurídicos, mas sem provas de que teria direito – apresentando, inclusive, um holerite de 2010. O processo foi arquivado no ano seguinte por motivo de desistência (por não responder aos pedidos de documentos), e houve inscrição na dívida ativa no valor de R$ 10 mil pelos trâmites.[35] Na matéria, Vasque afirma que "o fato de não haver continuidade na série é presunção de culpa", mas tal afirmação não condiz com a desistência antes mesmo de se chegar na discussão sobre o suposto plágio.[36]