Um TRIAC, ou "triodo de corrente alternada" ou ainda "retificador de silício bipolar" é um componente eletrônico semicondutor, composto por dois retificadores controlados de silício (SCR) complementares, ou seja, ligados em antiparalelo, porém com uma construção que permite a operação com um único terminal de disparo: a porta ou gatilho ou "gate". Este tipo de ligação resulta em uma chave eletrônica bidirecional capaz de conduzir a corrente elétrica nos dois sentidos, portanto podendo ser usado para o controle de potência em corrente alternada. O TRIAC faz parte da família dos tiristores e, tipicamente, possui os terminais nomeados como MT1 (T1), MT2 (T2) e G.
A forma principal de disparo do TRIAC é por meio do terminal de gatilho ou gate, embora ele possa também ser disparado por sobretensão, transiente de tensão, aumento de temperatura ou luz.
O disparo pode ser feito por uma tensão positiva ou negativa aplicada ao gatilho (com respeito ao terminal MT1). Isso permite várias combinações de polaridades entre os terminais principais (MT1 e MT2) e o gatilho, levando a quatro modos (quadrantes) diferentes de disparo com sensibilidades diferentes:
Uma vez disparado, o TRIAC exibe uma queda de tensão entre os terminais MT1 e MT2 entre 1 e 2 volts, usualmente designado como VTM (on-state voltage) e permanece disparado até que a corrente que flui entre os terminais principais MT1 e MT2 caia abaixo de um valor determinado IH (holding current).
Um dos usos mais comuns para o TRIAC é o controle de potência em cargas alimentadas por corrente alternada (CA), tais como: motores elétricos e lâmpadas incandescentes. Isto pode ser feito, por exemplo, usando-se o TRIAC como uma chave ou ainda controlando-se o início da condução do dispositivo, aplicando um pulso de disparo em um ponto predeterminado em cada semiciclo da tensão alternada, o que permite controlar a percentagem do semiciclo que estará alimentando a carga (também chamado de controle de fase), como nos circuitos conhecidos como "dimmers".