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Will Vinton | |
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![]() Will Vinton em 2015
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Nome completo | William Gale Vinton |
Nascimento | 17 de novembro de 1947 Oregon, Estados Unidos |
Morte | 4 de outubro de 2018 (70 anos) Oregon, Estados Unidos |
Nacionalidade | norte-americano |
Alma mater | Universidade da Califórnia em Berkeley |
Ocupação | Cineasta e animador |
Período de atividade | 1969–2008 |
Prêmios | Óscar (1975) |
William Gale Vinton (Oregon, 17 de novembro de 1947 — 4 de outubro de 2018)[1] foi um animador e cineasta norte-americano. É um dos inventores da animação com massinha (em Portugal, plasticina). Ganhou um Óscar e vários Emmys pelo seu trabalho.[2]
Will Gale nasceu em 17 de novembro de 1947 em McMinnville, Oregon.[3] Durante a década de 1960, ele estudou física, arquitetura e cinema na Universidade da Califórnia em Berkeley, onde foi influenciado pelo trabalho de Antoni Gaudí. Durante esse período, o mesmo fez um documentário em preto e branco intitulado Gone for a Better Deal, sobre o movimento de contracultura presente no estado. Mais dois filmes sobre protestos estudantis se sucederam, Berkeley Games e First Ten Days, além de sua primeira animação, Culture Shock.[4] Vinton recebeu seu diploma de bacharel em arquitetura em 1970.[5]
No início de 1973, ao encontrar o animador Bob Gardiner em Berkeley, Vinton o levou para Portland. Juntos testaram uma animação com massinha em 16 mm e com duração de minuto e meio, chamada Wobbly Wino. Em seguida, começaram a trabalhar em um curta-metragem de oito minutos sobre um bêbado que interage com pinturas e esculturas de um museu. Concluído no final de 1974, após 14 meses, a obra combinou as habilidades de escultura de Gardiner com o manuseio de câmera e talento de escrever comédia de Vinton. Closed Mondays ganhou o Oscar de Melhor Curta-Metragem de Animação na primavera de 1975, o primeiro filme produzido em Portland a conquistá-lo.[6]
Ambos se distanciaram durante a produção de seu segundo curta-metragem, Mountain Music, concluído em 1976. Gardiner concentrou-se em produzir spots sobre questões políticas locais (eventualmente evoluindo para outras mídias artísticas, como música e hologramas), enquanto Vinton fundou sua própria empresa, a Will Vinton Studios, para capitalizar a tecnologia desenvolvida. Expandindo rapidamente seu estúdio contratando novos animadores, ele produziu dezenas de comerciais para empresas regionais e depois nacionais.[7]
Vinton produziu uma trilogia de contos de fadas de aproximadamente 25 minutos cada no final dos anos 1970. Dentre esses estão Martin the Cobbler (1977), The Little Prince (1979) e Rip Van Winkle (1978), que foi indicado ao Óscar. Esses filmes foram mais tarde lançados teatralmente e sucessivamente incluídos no The Little Prince and Friends.[8] Em 1978, o mesmo produziu o documentário Claymation: Three Dimensional Clay Animation, uma obra de 17 minutos mostrando os processos técnicos usados nas filmagens. O termo "claymation" foi posteriormente registrado por ele e tornou-se sinônimo de animação com massinha.[9]
Graduando-se em filmes de 35 mm, outros curtas foram produzidos, como Legacy (1979), Dinosaur (1980), The Creation (dirigido por Joan Gratz, 1981) e The Great Cognito (dirigido por Barry Bruce, 1982).[10] Vinton também produziu cenas de efeitos especiais para Bette Midler (1980), uma sequência vencedora do Emmy para a série Moonlighting (1987), a abertura e encerramento do longa-metragem Brain Donors (1992) e seu próprio longa, The Adventures of Mark Twain. O trabalho realizado em Return to Oz (1985) também foi indicado ao Óscar de Melhores Efeitos Visuais.[11]
Após seu trabalho em Return to Oz, ele foi contratado pelos estúdios Disney para produzir o filme Captain EO (1986) sobre Michael Jackson. Entre suas centenas de criações comerciais internacionais, destacaram-se o California Raisins, Noid do Domino's Pizza e os personagens da M&M.[12] O primeiro sucesso do California Raisins foi a canção "I Heard It Through the Grapevine" na primeira de sua série de comerciais de TV. Eles se tornaram fenômenos da mídia e passaram a estrelar seu próprio horário na CBS. Também foram lançados alguns álbuns, produzidos pelo líder da banda de pop-rock Nu Shooz, John Smith.[13]
A CBS também encomendou mais três especiais para o horário nobre: A Claymation Christmas Celebration (1988, vencedor do Emmy), o especial de Halloween The Claymation Comedy of Horrors (1991) e A Claymation Easter (1992). Todos foram posteriormente lançados em vídeo e DVD. Vinton também produziu a série The PJs para a rede FOX. A maioria das figuras de massinha foram substituídas por modelos de borracha moldada, eliminando muitas das limitações e problemas de manutenção anteriores. Vinton logo cunhou um novo termo para esse processo, "foamation".[14]
Na década de 1990, uma variedade de mais de quatrocentos animadores e técnicos ajudaram com novas criações usando as instalações de Vinton, chamadas de Walkabout Program. Craig Bartlett criou seu curta-metragem Arnold Escapes From Church (1988), que mais tarde produziu Hey Arnold!, uma série de animação para a Nickelodeon e gerou mais dois curtas de animação com massinha, The Arnold Waltz (1990) e Arnold Rides a Chair (1991).[15]
A série produzida para a rede UPN, Gary and Mike, foi filmada usando o sistema de captura digital desenvolvido por dois engenheiros de Vinton, Miegel Ginsberg e Gary McRobert. Desde então, ele adicionou animação por computador à sua produção, sendo usada de maneira mais visível nos comerciais da M&M.[16] Um curta com imagens geradas por computador, Fluffy (dirigido por Doug Aberle), foi criado durante esse período. Outros filmes usando a mesma técnica — alguns combinados com massinha e stop motion — logo se seguiram.[17]
Vinton também se envolveu brevemente em um software de animação chamado "playmation", desenvolvido com base em uma empresa de animação, a Hash Inc., localizada do outro lado do rio Columbia, em Vancouver, Washington. Ele e associados também se interessaram em animação para a internet com uma série chamada Ozzie the Elf.[15] Em 2002, Vinton perdeu o controle e foi demitido do estúdio que fundou depois que Knight se tornou o acionista majoritário e ele não conseguiu angariar fundos para a produção em Los Angeles. Mais tarde ele processou a empresa.[18]
Em 2005, fundou o Laika. O premiado diretor Henry Selick entrou no estúdio como diretor supervisor. No mesmo ano, ele produziu The Morning After, o filme combina CGI e live-action. A Creative Artists Agency em Beverly Hills o representou nas produções, que incluíram uma novela gráfica chamada Jack Hightower,[19] produzida em conjunto com o Dark Horse Comics. Vinton se aposentou em 2008. O mesmo morreu em Portland, Oregon, em 4 de outubro de 2018, de mieloma múltiplo aos 70 anos.[20]