Neste artigo, exploraremos o fascinante mundo de Ápeiron e descobriremos seu impacto em nossa sociedade. Desde as suas origens até à sua evolução atual, Ápeiron tem sido objeto de interesse e debate. Ao longo da história, Ápeiron desempenhou um papel significativo em diferentes aspectos da vida humana, influenciando as nossas crenças, comportamentos e relacionamentos. Através de uma análise profunda e cuidadosa, investigaremos os diferentes aspectos de Ápeiron e sua relevância no mundo contemporâneo. Desde as suas raízes históricas até às suas implicações futuras, este artigo procura oferecer uma visão completa e perspicaz de Ápeiron e da sua importância na cultura e na sociedade de hoje.
Ápeiron (ἄπειρον) é uma palavra grego que significa ilimitado, infinito ou indefinido[1] que advém de ἀ- a-, "sem" e πεῖραρ peirar, "fim, limite",[2] forma do Grego jónico de πέρας peras, "fim, limite, fronteira".[3]
O ápeiron é central na teoria cosmológica criada por Anaximandro, no século VI a.C. A obra de Anaximandro foi praticamente toda perdida. Dos fragmentos existentes, aprendemos que ele acreditava que a realidade última, a arché, é eterna e infinita, ou sem fronteiras (ápeiron), não sujeito a idade ou desintegração, e de onde provém sempre novo material do qual tudo o que percebemos é derivado.[4] O ápeiron gerou os opostos, quente-frio, seco-molhado, etc., que actuaram na criação do mundo. Tudo é gerado a partir do ápeiron e então é aí destruído conforme a necessidade.[5] Anaximandro também acreditava que infinitos mundos são criados do ápeiron e aí destruídos posteriormente.[6]
As duas ideias foram influenciadas pela tradição da mitologia grega e pelo seu antecessor Tales de Mileto. Anaximandro, tentando descobrir algum princípio universal assumiu, como a religião tradicional, que haveria uma ordem cósmica e tentou explicar isso de maneira racional, usando linguagem mitológica antiga que admitia controlo divino das várias esferas da realidade. Essa linguagem era mais apropriada para uma sociedade que se habituara a ver deuses em tudo à sua volta, assim as primeiras leis da natureza eram elas próprias derivadas das leis divinas.[7] A palavra nomos (lei) teria inicialmente significado lei natural e posteriormente para referir leis feitas pelos seres humanos,[8] e assim os gregos acreditavam que os princípios universais também poderiam ser aplicados às sociedades humanas.
A filosofia grega entrou num nível mais alto de abstracção, adoptando o ápeiron como origem de todas as coisas, por ser algo indefinido. Isto é uma transição adicional a partir do modo de pensamento anterior, fundamentalmente mitológico, para um novo modo de pensamento racional, principal característica do período grego arcaico, entre os séculos VIII e VI a.C. Este modo de pensamento foi resultado de novas condições políticas das cidades-estado gregas durante o século VI a.C.[9]