Ao longo da história, Argoncilhe tem sido um tema de grande relevância e interesse para diversas sociedades e culturas ao redor do mundo. Desde a antiguidade até à atualidade, Argoncilhe tem desempenhado um papel fundamental na vida das pessoas, influenciando as suas decisões, crenças e comportamentos. Este artigo procura explorar as múltiplas facetas de Argoncilhe, analisando o seu impacto em diferentes aspectos da sociedade e da vida quotidiana. Através de uma abordagem multidisciplinar, pretende-se oferecer uma visão ampla e detalhada de Argoncilhe, abordando as suas implicações históricas, socioculturais e contemporâneas. Da mesma forma, serão abordadas novas perspectivas e tendências relacionadas a Argoncilhe, a fim de proporcionar ao leitor uma compreensão mais profunda e atualizada deste tema tão relevante no panorama global.
Vila de Argoncilhe
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Freguesia | |
Gentílico | argoncilhense |
Localização | |
Localização de Vila de Argoncilhe em Portugal | |
Coordenadas | 41° 01′ 24″ N, 8° 32′ 28″ O |
Região | Norte |
Sub-região | Área Metropolitana do Porto |
Distrito | Aveiro |
Município | ![]() |
Código | 010901 |
História | |
Fundação | 1086 |
Elevação a vila | 9 de julho de 1985 |
Administração | |
Tipo | Junta de freguesia |
Características geográficas | |
Área total | 8,7 km² |
População total (2021) | 8 181 hab. |
Densidade | 940,3 hab./km² |
Código postal | 4505 |
Outras informações | |
Orago | São Martinho |
Sítio | https://www.jf-argoncilhe.com |
Argoncilhe (São Martinho de Argoncilhe) é uma vila portuguesa sede da Freguesia de Argoncilhe do Município de Santa Maria da Feira, freguesia com 8,7 km² de área[1] e 8181 habitantes (censo de 2021)[2], tendo, por isso, uma densidade populacional de 940,3 hab./km².
Argoncilhe é a freguesia do município de Santa Maria da Feira mais próxima da cidade do Porto. Situa-se no extremo norte do município, rodeada por Grijó, Seixezelo, Olival e Sandim, freguesias gaienses, e Nogueira da Regedoura, Mozelos, Sanguedo, Lourosa e Fiães, freguesias feirenses.
A Vila de Argoncilhe dispõe de bons acessos rodoviários, EN1, A1, A41 e A32, o que permite à sua população chegar rapidamente quer a Santa Maria da Feira (11 km), a Espinho (9 km), a Vila Nova de Gaia (12 km) ou ao Porto (15 km).
As origens mais remotas de Argoncilhe são, ao que tudo indica, a época pré-romana, e depois a romana, a crer na toponímia e nos achados arqueológicos, nomeadamente em Aldriz (lugar do Crasto), onde estariam localizadas várias "villas".
Quanto à origem do nome, não é assim tão unânime. Existem mesmo duas versões, que apontam para duas possibilidades etimológicas distintas. Segundo a primeira, Argoncilhe deriva de "areucillus", por sua vez diminutivo de "areub" (arco), resultando depois, em latim, "arcucillus" e finalmente "arcucillis", ficando em última instância "Argoncilhe" (arquinho). Já a segunda, aponta Argoncilhe como genitivo do nome pessoal "Dragoncellus", tendo evoluído da seguinte forma: "Dragunceli" (1086), "Draguncelli" (1091), "Dragoncelli" (1100 e 1102), "Dragonzell" (1114), "Ecllesian Sancti Martini de Argoncilhi" (1320), "S. Martinho de Dragoncilhi" (1337).
O documento escrito mais antigo referenciando Argoncilhe aparece em 1086, atestando a doação, por Sancha Bermudes, de vários prédios da "villa de Eldriz" (Aldriz) à Igreja de S. Martinho. Poucos anos depois, em 1091, são Ragui Ramirez e Ruderico Gunsalvez a referir-se à freguesia, numa carta de partilhas estabelecida com D. Soeiro Formarigues, relativamente a bens junto ao monte da Pena (Outeiro da Pena), na "villa Dragoncelli". As referências sucedem-se ao longo dos anos, tal como a de 1100, com D. Soeiro Formarigues novamente interveniente, ao adquirir os bens da "villa de Dragoncelli" pertencentes a Elvira Gouviaz.
Característica marcante da história medieval de Argoncilhe é a sua ligação precoce e intrínseca a Grijó. Em 1093, foi um dos sete padroados doados ao Mosteiro de Grijó, juntamente com Perosinho, Serzedo, Grijó, Travanca de Bemposta, S. Miguel de Travaçô e Teirol. Uma doação feita por D. Bernardo, Bispo de Coimbra, e reformada depois, em 1137, pelo Bispo D. João, nas igrejas do território do Porto (que entretanto se estendeu pelas terras da Feira), ou seja, Argoncilhe, Perosinho, Serzedo e Grijó. Uma situação que se manteve até 1686, altura em que a freguesia fica independente do Convento dos Crúzios de Grijó, até 1834.
Desde sempre, a agricultura foi a atividade principal de Argoncilhe, mas a partir do século XX surgiram as primeiras indústrias, na área das madeiras e da serralharia. A partir dos anos 30, aparecem, em maior número, as pequenas indústrias. Nesta altura, ganha importância o fabrico do prego para a tanoaria, responsável pela criação de um elevado número de postos de trabalho, bem como pela difusão das artes para a construção civil. A exploração do volfrâmio foi também um marco crucial na história da vila, entre 1939 e 1945, responsável por grandes negócios, mas também pela emigração para a Venezuela, Brasil, França e Alemanha.
A chegada da eletricidade à freguesia (1951) permitiu um avanço na modernização agrícola e industrial. A 9 de Julho de 1985, Argoncilhe foi aprovado o estatuto de Vila, e promulgado no dia 8 Agosto de 1985, um marco determinante. Desde essa data, tem vindo a apresentar um desenvolvimento significativo. Já no século XX, estas terras ficaram famosas pelas Aparições Marianas no lugar da Vergada. Aí se construiu uma Capela sob a invocação de Nossa Senhora das Graças e da Vitória. Vestia de Branco Imaculado,e no regaço ramos de Oliveira.A vidente foi uma humilde leiteira do lugar (D.Guilhermina), que faleceu idosa (22 de Agosto de 1970), tendo as aparições acontecido todos os dias 25 de cada mês, durante muitos anos: de 1943 a 1970.Esta vidente teve também o privilégio da visão da Santíssima Trindade, na igreja do Porto, com a mesma invocação. Ainda hoje aqui se fazem peregrinações todos os meses do ano (dia 25), com a presença de muitas centenas de pessoas.
A população registada nos censos foi:[2]
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Distribuição da População por Grupos Etários[4] | ||||
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Ano | 0-14 Anos | 15-24 Anos | 25-64 Anos | > 65 Anos |
2001 | 1604 | 1238 | 4827 | 936 |
2011 | 1295 | 984 | 4783 | 1358 |
2021 | 1050 | 886 | 4400 | 1845 |
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Sendo no município de Santa Maria da Feira a quarta freguesia com mais impacto a nível populacional, atrás apenas de duas freguesias cidades (Feira e Lourosa) e de São João de Ver, abrange no seu território várias escolas.
A Associação Desportiva de Argoncilhe é uma equipa da vila de Argoncilhe fundada em 1979. O clube atualmente disputa a 1ª Divisão Distrital de Aveiro. O seu estádio é o Campo Centro Social que tem capacidade para cerca de 3 000 pessoas. No seu historial tem um campeonato da 3ª Divisão conquistada em 1982. A equipa veste de preto, tem vários escalões de futebol e também dispõe de um pavilhão gimnodesportivo.
O património histórico e cultural de Argoncilhe é suficientemente rico para merecer uma atenção especial de todos os que se interessem pelo passado da vila. Baseado em monumentos religiosos e arqueológicos, testemunhos privilegiados do desenrolar dos séculos e da evolução temporal, Argoncilhe guarda no seu interior muitas "pérolas" que podem e devem ser visitadas.
Começando pela veia religiosa, que desde sempre influenciou sobremaneira todos os lugares e agregados populacionais, existe na freguesia muitos marcos, para além da inevitável e destacada Igreja Matriz, bem no característico coração da vila. As Capelas de São Domingos, de São Pedro de São Tomé (com o seu campanário), de Santo António, da Senhora do Campo, a Igreja de Cristo Rei, todas estas são sinais evidentes do culto local, transformado em monumento e legado para a posteridade.
A par da dominante religiosa, também outros espelhos arqueológicos se situam em Argoncilhe, tais como a característica Ponte Romana de Roçadas ou o Cruzeiro Milenar. Os pitorescos Moinhos de Água, que ainda podemos encontrar, dão uma graça própria a Argoncilhe e são parte importante da sua identidade histórica.