Neste artigo iremos nos aprofundar no fascinante mundo de Território, explorando todas as suas facetas e aspectos relevantes. Das suas origens ao seu impacto na sociedade atual, abordaremos a sua evolução ao longo do tempo e a sua relevância em diferentes contextos. Além disso, analisaremos seu papel em diferentes áreas de estudo e sua influência em diversos aspectos da vida cotidiana. Nesta linha, procuraremos compreender e refletir sobre Território sob múltiplas perspectivas, com o objetivo de proporcionar ao leitor uma visão abrangente e enriquecedora sobre este tema.
A palavra território refere-se a uma área delimitada sob a posse de um animal, de uma pessoa (ou grupo de pessoas), de uma organização ou de uma instituição. O termo é empregado na política (referente ao Estado Nação, por exemplo), na biologia (área de vivência de uma espécie animal) e na psicologia (ações de animais ou indivíduos para a defesa de um espaço, por exemplo).
Refere-se a uma área delimitada sob posse de algo ou alguém
Patriarcado é uma palavra derivada do grego pater, e se refere a um território ou jurisdição governado por um patriarca; de onde a palavra pátria. Pátria relaciona-se ao conceito de país, do italiano paese, por sua vez originário do latim pagus, aldeia, donde também vem pagão. País, pátria, patriarcado e pagão tem a mesma raiz etimológica.
Na geografia humana, o conceito de território surge inserido na proposta de geografia política de Friedrich Ratzel, sendo assim definido como o espaço sobre o qual se exerce a soberania do Estado. De fato, Ratzel sustenta que o Estado surge quando uma sociedade se organiza para defender seu território, sendo essa sua função primordial. Nesse sentido, ele pode ser tanto o Estado nacional contemporâneo (cuja origem se dá no século XVIII) quanto formas de organização política próprias de povos tradicionais, como aborígenes, africanos ou americanos. Na geografia tradicional, portanto, o conceito de território é usado para estudar as relações entre espaço e poder desenvolvidas pelos Estados, especialmente os Estados nacionais.
A geografia quantitativa não trabalhava muito com o conceito de território, pois o estudo da organização espacial enfatizava principalmente fenômenos econômicos e sociais sem uma relação direta com questões de poder. Uma possível exceção eram estudos sobre as formas de organização política do Estado, como a delimitação de distritos eleitorais, por exemplo.
A geografia humanista também não usa muito esse conceito, pois, tendo como objeto de estudo os valores e atitudes relacionados ao espaço e à natureza, não trabalha diretamente com relações de poder. Essa corrente da geografia trabalha principalmente com os conceitos de espaço vivido e de lugar.
A geografia crítica, por sua vez, dá uma grande importância ao conceito de território, já que tem nas relações de poder um dos seus temas privilegiados de estudo. A maioria dos autores atuais utiliza esse conceito para tratar das relações entre espaço e poder, mas, à diferença dos geógrafos tradicionais, enfatiza que o Estado não é o único agente que exerce poder. Nesse sentido, os geógrafos críticos afirmam que a geografia não pode ficar restrita ao estudo da geopolítica dos Estados nacionais, pois deve pesquisar qualquer grupo social que, ao manter relações de poder com outros grupos, produza e/ou reivindique territórios. Disputas entre quadrilhas de traficantes, as reivindicações de "sem-terra" e "sem teto", políticas de imigração, a divisão informal feita por prostitutas e travestis dos "pontos" em que ofertam seus serviços, as interdições aos deslocamentos de pessoas criadas pelo preconceito racial ou religioso, etc.
Segundo o geógrafo Rogério Haesbaert, os estudos atuais utilizam vários conceitos de território, os quais se diferenciam por enfatizar mais uma dimensão ou outra das relações entre espaço e poder. Alguns enfatizam principalmente a dimensão material dessas relações (conformação de infraestruturas, planejamento urbano, etc.), enquanto outros podem enfatizar mais a dimensão simbólica (os locais sagrados de Jerusalém, por exemplo). Por fim, vale ressaltar que, segundo esse autor, não há e nem deve haver uma distinção rígida entre os conceitos de espaço geográfico e de território.
O ordenamento do território ou ordenamento territorial, também chamado de planejamento do território ou planejamento territorial, é a gestão da interacção do ser humano com o espaço natural. Consiste no planeamento das ocupações, no potencial do aproveitamento das infraestruturas existentes e no assegurar da preservação de recursos limitados.
Os sistemas de ordenamento e planejamento espacial se referem a métodos e abordagens utilizadas pelo setor público e privado para influenciar a distribuição de pessoas e atividades em espaços de várias escalas. O planejamento espacial é sinônimo das práticas de planejamento urbano nos Estados Unidos, mas em escala maior e o termo é freqüentemente usado em referência aos esforços de planejamento nos países europeus. Disciplinas profissionais discretas que envolvem o planejamento espacial incluem uso do solo, planejamento regional, planejamento de transporte [en] e planejamento ambiental.No contexto político, o termo território refere-se à extensão da superfície terrestre de domínio de um Estado, seja ele soberano ou não. É definido como o espaço físico sobre o qual o Estado exerce seu poder soberano, ou em outras palavras é o âmbito de validade da ordem jurídica estatal. De acordo com as teorias gerais de Estado, diplomacia, relações internacionais e nacionalidade, o território é uma das condições para a existência e o reconhecimento de um país (sendo os outros dois a nação e o Estado). Por isso, existem determinados casos de entidades soberanas que não são consideradas países, como Estados sem território (Autoridade Nacional Palestina e a Ordem Soberana dos Cavaleiros de Malta) ou nações sem território (os ciganos). Compreende o território: as terras emersas, o espaço aéreo, os rios, os lagos e as águas territoriais.
A delimitação territorial dos Estados modernos foi uma decorrência dos conflitos territoriais ocorridos ao longo da Idade Média.
Em geopolítica, também se usa o termo "território" para identificar estados não independentes e subordinados, até certo grau, a um poder externo. Existem diferentes categorias de território, de acordo com as relações de dependência.
Os países do mundo são classificados em diferentes grupos conforme a extensão da superfície terrestre de seus territórios, desde os países continentais até os chamados micropaíses ou microestados, como várias ilhas do Pacífico. Assim, pode ser verificado as seguintes classes:
Consulte também a Lista de países por área, com 194 estados agrupados em ordem crescente de tamanho.
Os Commonwealth são territórios com autonomia interna e status semelhante ao dos estados norte-americanos, mas sem representação política no Congresso.
França Metropolitana são departamentos, coletividades territoriais e territórios de ultramar, divisões administrativas da França. Os departamentos de ultramar contam com estrutura similar aos departamentos franceses continentais. Os territórios possuem maior autonomia interna e as coletividades territoriais têm um nível intermediário de autonomia.
São territórios sob controle de Estados soberanos. É a situação de todos os territórios que foram colônias britânicas.
São territórios que integram o Reino dos Países Baixos (Holanda). São autônomos nos assuntos internos e submetem-se ao controle central em questões de defesa e assistência mútua.
São territórios com total autonomia interna. Podem decidir pela independência em ato unilateral.
São territórios que pertencem a um Estado soberano, mesmo separados geograficamente. Os Estados Unidos denominam-lhes territórios incorporado.