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Os Batalhões de Operações Ribeirinhas (BtlOpRib) são unidades do Corpo de Fuzileiros Navais da Marinha do Brasil especializadas no combate em hidrovias fluviais e lacustres e as áreas terrestres nas suas margens. Eles operam em Forças Tarefa Ribeirinhas (ForTaRib) em conjunto com navios, helicópteros[1] e forças do Exército Brasileiro.[2] A Marinha tem atualmente três BtlOpRib, o 1.º em Manaus, Amazonas, 2.º em Belém, Pará e 3.º em Ladário, Mato Grosso do Sul, respectivamente subordinados ao 9.º, 4.º e 6.º Distritos Navais (DNs).[3]
Cada um é organizado de forma semelhante a um batalhão de infantaria convencional, mas com elementos próprios de polícia, engenharia de combate e operações especiais, de forma a alcançar certa independência do conjunto principal de fuzileiros navais no Rio de Janeiro.[4] O efetivo total, de cerca de 900 homens, é inferior ao do batalhão convencional, pois o pelotão de Operações Ribeirinhas tem cerca de 30 militares, contra 45 no pelotão convencional.[5] Os três batalhões surgiram da conversão de Grupamentos de Fuzileiros Navais (GptFN): o GptFN de Manaus, em 2002, GptFN de Belém, em 2016,[2] e o GptFN de Ladário, em 2020. [6] Um 4.º batalhão é planejado para o município de Tabatinga, Amazonas.[7]
Os estudos doutrinários para o emprego fluvial dos fuzileiros navais datam desde pelo menos a década de 1970.[8] A experiência da Guerra do Vietnã foi objeto de estudo, mas os planejadores brasileiros constataram que a densidade populacional na Amazônia é muito menor, e as distâncias maiores. Eles concluíram que os navios são muito indiscretos e vulneráveis para engajar diretamente, sendo importante estabelecer os fuzileiros navais em terra, buscar o apoio da população local e negar o apoio logístico inimigo. A questão da navegabilidade limita a Marinha às calhas dos grandes rios. Desde o início de 1990, esta doutrina é treinada nas operações RIBEIREX.[9] Em terra, as ações são descentralizadas e cada grupo de combate tem seu próprio médico.[5]