Neste artigo, mergulharemos no fascinante mundo de Capitania de Cametá, explorando suas muitas facetas e seu impacto em diferentes aspectos da vida. Da sua influência na história à sua relevância hoje, Capitania de Cametá deixou uma marca indelével na sociedade e continua a gerar debate e reflexão. Nesta linha analisaremos a sua evolução ao longo do tempo, a sua ligação com outros elementos relevantes e as experiências de quem foi tocado pela sua presença. Prepare-se para embarcar em uma jornada de descoberta e aprendizado sobre Capitania de Cametá, uma entidade que chamou a atenção de pessoas de todas as idades e origens.
A Capitania de Cametá constituiu capitania privada doada a Feliciano Coelho de Carvalho, pelo governador do Estado do Maranhão, em 1633, e confirmada pelo rei em 1637. Localizada às margens do rio Tocantins, próxima à capitania do Pará, tendo como sede Cametá. Foi incorporada à Coroa em 1754.[1]
Em 1632, o capitão-mor Feliciano Coelho de Carvalho organizou uma expedição para combater os estrangeiros que invadiam a região. Três anos depois, em 1635, foi nomeado o primeiro capitão-mor da Capitania de Camutá. No mesmo ano, o povoado foi elevado à categoria de vila, recebendo o nome de "Vila Viçosa de Santa Cruz de Camutá", sob a proteção do santo padroeiro São João Batista. Em 26 de outubro de 1637, uma Carta Régia oficializou a demarcação da Capitania.[2]
Os judeus sefarditas tiveram um papel relevante no desenvolvimento de Cametá, a partir da chegada das famílias portuguesas Albuquerque, Coelho e Carvalho. Estas famílias descendiam de judeus expulsos de Portugal em 1496, devido à imposição do batismo católico, o que forçou muitos hebreus a buscarem refúgio no exterior.
No início do século XVIII, a vila foi transferida de seu local original para onde atualmente está situada a cidade de Cametá. O novo local, chamado pelos índios de "Murajuba", sofreu esse nome devido ao fenômeno de erosão natural em sua ribanceira (margem).
Na região de Cametá, surgiram vários quilombos formados por escravos fugidos das plantações de cana-de-açúcar, destacando-se o Mola. Fundado por volta de 1750, inicialmente com cerca de 300 negros,[3] o Mola tornou-se uma espécie de cidade-Estado, com elevado nível de organização para a época. Contava com código civil, força policial e sistema de representação direta.[4]
Os quilombos da região formaram a Confederação do Itapocu, composta por cinco quilombos e liderada pelo Mola como capital virtual.[5] Essa confederação empreendeu severas derrotas às forças portuguesas e aos capitães do mato, nunca sendo completamente subjugada.[6]
Foi incorporada à Coroa em 1754, fundida à Capitania do Grão-Pará.[1]