Este artigo abordará o tema Forte das Cavalas, que ganhou relevância nos últimos anos devido ao seu impacto em diversas áreas da sociedade. Desde Forte das Cavalas tem suscitado debates e reflexões em áreas tão diversas como política, economia, ciência, cultura e tecnologia. Não há dúvida de que Forte das Cavalas marcou um antes e um depois na forma como nos relacionamos com o mundo que nos rodeia. Ao longo destas páginas serão analisadas diferentes perspetivas, estudos e pesquisas que nos permitirão aprofundar a nossa compreensão sobre Forte das Cavalas e a sua influência hoje.
Este artigo ou secção contém uma lista de referências no fim do texto, mas as suas fontes não são claras porque não são citadas no corpo do artigo, o que compromete a confiabilidade das informações. (Setembro de 2013) |
O Forte das Cavalas localizava-se na ponta este da baía da Salga, na freguesia da Vila de São Sebastião, concelho de Angra do Heroísmo, na costa sul da ilha Terceira, nos Açores.
Em posição dominante sobre este trecho do litoral, constituiu-se em uma fortificação destinada à defesa deste ancoradouro contra os ataques de piratas e corsários, outrora frequentes nesta região do oceano Atlântico. Cruzava fogos com o Reduto da Salga, o Forte da Salga e o Forte das Caninas.
Foi uma das fortificações erguidas na Terceira no contexto da crise de sucessão de 1580 pelo então corregedor dos Açores, Ciprião de Figueiredo e Vasconcelos, conforme o plano de defesa da ilha elaborado por Tommaso Benedetto em 1567, após o ataque do corsário francês Pierre Bertrand de Montluc ao Funchal (outubro de 1566), intentado e repelido em Angra no mesmo ano (1566):
A seu respeito, DRUMMOND registou: "Mais adiante bastante espaço, fundou-se o forte das Cavalas, com muralha da parte do poente para defender o cais natural que ali havia; (...)"[1]
No contexto da Guerra da Sucessão Espanhola (1702-1714) encontra-se referido como "O Forte das Cavallas." na relação "Fortificações nos Açores existentes em 1710".[2]
Com a instalação da Capitania Geral dos Açores, o seu estado foi assim reportado em 1767:
Sobre ele refere Manoel de Mattos P. de Carvalho na "Notícia da fortificação da ilha Terceira", por volta de 1766:
Encontra-se referido como "6. Forte das Cavallas" no relatório "Revista aos fortes que defendem a costa da ilha Terceira", do Ajudante de Ordens Manoel Correa Branco (1776), que apenas assinala: "Este forte náo careçe de obra algua."[5]
Dele existe alçado e planta ("Forte das Cavallas") na "Colecção de Plantas e Alçados de 32 Fortalezas dos Açores, por Joze Rodrigo d'Almeida em 1806".[6]
A "Relação" do marechal de campo Barão de Bastos em 1862 localiza-o na freguesia de Porto Judeu e informa que se encontra incapaz desde muitos anos.[7]
Quando do levantamento dos Tombos dos Fortes da Ilha Terceira (1881), encontrava-se abandonado e em ruínas.[8]
No contexto da Segunda Guerra Mundial, parte da cantaria do antigo forte foi reaproveitada na construção de casas para as guarnições das posições de metralhadoras, postadas nas baías da Salga e das Mós.
Em 1962, o então presidente da Câmara Municipal de Angra, Manuel Coelho Baptista de Lima, obteve do Ministério da Guerra a concessão deste forte. Na ocasião, projetava-se recuperar o forte, com a arborização do seu entorno e a criação de um parque de campismo. Junto ao Forte da Salga, a ser igualmente recuperado, seria implantado um espaço para piqueniques.[9]
Atualmente a estrutura encontra-se em ruínas, em precário estado de conservação.
Do tipo abaluartado, apresenta planta no formato poligonal irregular, adaptado à rocha sobre a qual se ergue. A sua área construída era de 465 metros quadrados.
Com capacidade para nove peças de artilharia em canhoneiras, no terrapleno possuía um paiol acedido por uma rampa. Pelo exterior, adossada à face oeste erguia-se a casa da guarnição.