Lula | |
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Nome completo | Luís Alonso Pérez |
Nascimento | 1 de março de 1922 Santos, São Paulo |
Morte | 15 de junho de 1972 (50 anos) São Paulo, São Paulo |
Ocupação | futebolista, técnico de futebol |
Luís Alonso Pérez, conhecido como Lula, (Santos, 22 de fevereiro de 1922 — São Paulo, 15 de Junho de 1972) foi treinador de futebol, famoso pelo trabalho no Santos FC de 1954 a 1966.
Embora nunca tivesse sido um grande jogador, Lula sabia identificar um craque e tinha sensibilidade para enquadrar os jogadores no elenco. Foi o técnico mais vitorioso do Santos.
Descendente de espanhóis, Lula foi funcionário de uma distribuidora de leite e a experiência dele com o futebol foi construída na várzea santista. Primeiro como um esforçado jogador. Ainda na várzea na cidade, dirigiu o Palmeiras e a Americana. Depois assumiu o time amador da Portuguesa Santista.
Luís Alonso Perez, o Lula, atuava no Departamento Amador da Portuguesa Santista quando o vice-presidente do Santos Futebol Clube, Aristóteles Ferreira, convidou-o em 1954 para se tornar técnico.
Lula dirigiu pela primeira vez a equipe titular em substituição a Aymoré Moreira que era o técnico efetivo do Santos e fora servir a Seleção Paulista. Essa primeira participação como técnico interino foi na vitória santista por 1 a 0 diante do São Paulo no Pacaembu. Depois ele dirigiu outra partida amistosa diante do mesmo São Paulo na Vila Belmiro com o time paulista vencendo por 2 a 0.
Sua efetivação como técnico do Peixe aconteceu no dia 5 de junho de 1954 quando então o Peixe venceu o Botafogo por 3 a 2 no Maracanã em partida do Torneio Rio-São Paulo.
Comandou a equipe em 949 jogos, um recorde até hoje, com 771 vitórias. Sob sua atuação, o alvinegro da Vila Belmiro alcançou as maiores glórias, projetando o futebol brasileiro para todo o mundo. Deixou o clube praiano supostamente depois de um desentendimento com Pelé, boato nunca confirmado. Foi o responsável pelo lançamento de vários craques, tais como os ídolos santistas Pagão, Pepe, Coutinho, Pelé, Clodoaldo, Del Vecchio, entre outros.
A última vez que entrou em campo como treinador do Alvinegro foi no dia 19 de dezembro de 1966 em partida válida pelo Campeonato Paulista na vitória por 3 a 0 diante da Prudentina na Vila Belmiro. Sua saída foi ocasionada pela campanha ruim (para os padrões do clube na época). A equipe perdeu o estadual para o Palmeiras e foi vice na Taça Brasil ao ser derrotada pelo Cruzeiro.
Treinou o Corinthians em 1968. No clube não conseguiu títulos, mas foi o técnico do time no jogo histórico em 1968, quando a equipe de Parque São Jorge venceu o Santos no Campeonato Paulista por 2x0, depois de 11 anos sem conseguir uma vitória sobre a equipe da Vila Belmiro (em campeonatos paulista). Sob o comando do time, Lula fez 35 jogos (20 vitórias, sete empates e oito derrotas).
Trabalhou ainda na Portuguesa de Desportos e no Santo André, onde trabalhou por apenas 3 jogos.
É o segundo treinador que conquistou o maior número de campeonatos paulistas: sagrou-se campeão em oito oportunidades, de 1955 a 1965 (perdeu para Vanderlei Luxemburgo esse título que perdurou em sua história como treinador durante 55 anos), todas pelo Santos Futebol Clube.
Após a oficialização pela CBF da Taça Brasil como título brasileiro, Lula é agora oficialmente o único treinador que foi pentacampeão brasileiro contínuo, superando o tricampeonato de Muricy Ramalho.
Lula conquistou 21 títulos no Santos F.C., até hoje um recorde mundial, sendo 8 vezes campeão paulista, 5 vezes campeão brasileiro, 2 vezes campeão sul-americano (Libertadores de América) e 2 vezes campeão intercontinental. É comum no meio futebolístico a frase associada à Lula, sobre seu trabalho no Santos: O homem que só precisava jogar as camisas para o alto, numa referência à qualidade da equipe, algo contestado por profissionais do meio.
Lula foi uma personalidade ímpar no comando técnico do Santos, conheceu o mundo, grandes autoridades e muitas celebridades durante as inúmeras excursões do clube pelos quatro cantos do planeta. A amizade entre Lula e o grande pintor espanhol Pablo Picasso foi marcante, tendo sido presenteado pelo artista com várias pinturas e desenhos além dos que Lula possuía em sua coleção, havia uma admiração mútua entre os dois mestres.
Lula morreu jovem, aos 50 anos, em 15 de junho de 1972, depois de complicações em decorrência de um transplante de rim no Hospital das Clínicas. Deixou viúva a Sra. Yvete Simões Alonso e três filhos, Luís Alonso, Marcos Tadeu Alonso e Leonor Maria Alonso.
Em 2022, foi lançada a biografia "Lula, o Campeão Esquecido", pela Editora Corner, escrita pelo jornalista Fernando Campos Ribeiro.
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