Marcos Rey

No mundo de hoje, Marcos Rey é um tema de constante debate e interesse para um amplo espectro de pessoas. Desde o seu impacto na sociedade até à sua relevância na cultura popular, Marcos Rey conseguiu captar a atenção de pessoas de todas as idades, géneros e profissões. Ao longo da história, Marcos Rey tem sido objeto de estudo, análise e discussão, o que tem levado a uma maior compreensão das suas implicações e repercussões em diferentes áreas. Neste artigo exploraremos a importância de Marcos Rey e como ela evoluiu ao longo do tempo, bem como sua influência no mundo moderno.

Edmundo Donato
Pseudônimo(s) Marcos Rey
Nascimento 17 de fevereiro de 1925
São Paulo
Morte 1 de abril de 1999 (74 anos)
Nacionalidade brasileiro
Ocupação Escritor e roteirista
Principais trabalhos Malditos paulistas (1980)
Prémios Prêmio Juca Pato (1995)

Edmundo Donato (São Paulo, 17 de fevereiro de 1925 – São Paulo, 1 de abril de 1999),[1] mais conhecido pelo pseudônimo Marcos Rey, foi um escritor e roteirista brasileiro.[2]

Biografia

Edmundo Donato nasceu em 1925, em São Paulo. Seu pai, gráfico e encadernador, trabalhava na editora de Monteiro Lobato. Seu irmão era o também escritor Mário Donato.[3]Aos dez anos, contraiu hanseníase (então conhecida como lepra), tendo sido internado à força pelo Departamento de Profilaxia da Lepra de São Paulo em diversos sanatórios e hospitais, e tendo fugido várias vezes.[4] Nos anos 1940, com a descoberta das sulfonas, o escritor foi curado, mas a doença deixou sequelas em suas mãos, que frequentemente escondia.[5] O fato só foi divulgado após a morte de Rey; o estigma da doença o envergonhava.[6]

Aos 16 anos, publicou seu primeiro conto, Ninguém entende Wiu-Li, no jornal Folha da Manhã.[7] Aos 20 anos, mudou-se para o Rio de Janeiro, onde o risco de ser internado era menor. Lá, trabalhou como tradutor. Voltou para São Paulo para trabalhar na Rádio Excelsior.[7]

Escreveu livros para adultos, como Um gato no triângulo (1953), O enterro da cafetina (1967), Memórias de um gigolô (1968) e Malditos paulistas (1980); mas ficou especialmente conhecido como autor de literatura infanto-juvenil; livros como O Mistério do Cinco Estrelas (1981), O Rapto do Garoto de Ouro (1982) e Um Cadáver Ouve Rádio (1983) foram publicados pela Série Vaga-Lume, da Editora Ática.[3]

Também escreveu roteiros para televisão, como as novelas O Grande Segredo (1967), A Moreninha (1975), e a série Sítio do Pica-Pau Amarelo (1977) .[8] Durante a década de 1970, foi roteirista de pornochanchadas.[9]

Vida pessoal e morte

Marcos Rey foi casado com Palma Beviláqua por 39 anos.[9] Ele morreu em 1º de abril de 1999, aos 74 anos, de complicações de uma cirurgia. Suas cinzas foram espalhadas de helicóptero por São Paulo pela viúva.[7]

Prêmios

Ano Obra Categoria Premiação
1995[10] - Intelectual do Ano Prêmio Juca Pato
1994[11] O Último Mamífero do Martinelli Contos / Crônicas / Novelas 36.º Prêmio Jabuti
1968[12] O Enterro da Cafetina Contos / Crônicas / Novelas 10.º Prêmio Jabuti

Bibliografia

Literatura infanto-juvenil:

Literatura adulta:

  • Um gato no triângulo (novela, 1953)
  • Café na cama (romance, 1960)
  • Entre sem bater (romance, 1961)
  • A última corrida (romance, 1963)
  • Grandes Crimes da História (paradidático, 1967)
  • O enterro da cafetina (contos, 1967)
  • Memórias de um gigolô (romance, 1968)
  • O pêndulo da noite (contos, 1977)
  • Ópera de sabão (romance, 1978)
  • Soy loco por ti, América! (contos, 1978)
  • Malditos paulistas (romance, 1980)
  • A arca dos marechais (romance 1985)
  • Esta noite ou nunca (romance, 1988)
  • O roteirista profissional (ensaio, 1989)
  • A sensação de setembro (romance, 1989)
  • O último mamífero do Martinelli (novela, 1995)
  • Os crimes do olho-de-boi (romance, 1995)
  • O caso do filho do encadernador (autobiografia, 1997)
  • Fantoches (novela, 1998)
  • Cão da meia noite (contos, 1998)
  • Melhores contos de Marcos Rey (antologia, 2005)
  • Mano Juan (romance póstumo, escrito em 1978, publicado em 2005)

Homenagem

Na cidade de São Paulo há uma biblioteca municipal recebeu o nome do escritor. Trata-se da Biblioteca Marcos Rey que fica localizada no bairro do Campo Limpo, na Zona Sul.[14]

Referências

  1. «Cadeira nº.17 - Marcos Rey». Academia Paulista de Letras (APL) 
  2. «Taca-le pau, Marcos». Tribuna Paraná. 2 de julho de 2014. Consultado em 21 de agosto de 2021 
  3. a b Ribeiro, Luiz Antonio (25 de fevereiro de 2025). «Centenário de Marcos Rey, autor da Coleção Vagalume, passa praticamente esquecido no Brasil». JornalNota. Consultado em 3 de abril de 2025 
  4. «Folha de S.Paulo - Escritor também foi perseguido - 18/09/2005». www1.folha.uol.com.br. Consultado em 3 de abril de 2025 
  5. México, Wladir Dupont, da Cidade do (20 de julho de 2004). «O cronista maior da grande cidade». Observatório da Imprensa. Consultado em 3 de abril de 2025 
  6. «A biografia secreta de Marcos Rey». Estadão. Consultado em 3 de abril de 2025 
  7. a b c «Centenário de Marcos Rey: relembre suas obras publicadas». Bravo!. Consultado em 3 de abril de 2025 
  8. «O centenário de Marcos Rey, o mestre dos mistérios juvenis - PGL». pgl.gal. 8 de março de 2025. Consultado em 3 de abril de 2025 
  9. a b «Análise: Centenário do escritor Marcos Rey passa quase despercebido». Folha de S.Paulo. 21 de fevereiro de 2025. Consultado em 3 de abril de 2025 
  10. «Juca Pato - Intelectual do Ano». União Brasileira de Escritores (UBE) 
  11. «Premiados 1994». Prêmio Jabuti 
  12. «Premiados 1968». Prêmio Jabuti 
  13. «Resumo completo do livro O Mistério do Cinco Estrelas». Escritora de Sucesso. Consultado em 17 de março de 2025 
  14. «Biblioteca homenageia Marcos Rey, escritor que retratou São Paulo | Blog O que fazer em São Paulo da Rede Globo». O que fazer em São Paulo. 10 de março de 2015. Consultado em 26 de abril de 2024