Projétil

Aspeto mover para a barra lateral ocultar Exemplos de projéteis balísticos.

Projétil (do francês projectile) ou projétil balístico é qualquer sólido que se move no espaço, como uma flecha por exemplo. Normalmente usamos a palavra projétil para um objeto que é lançado por algo ou alguém, por exemplo, se você lançar uma pedra usando um estilingue, a pedra passa a ser um projétil.

Invólucro

Estojos de munição

O invólucro é o componente de união mecânica do cartucho, apesar de não ser essencial ao disparo, já que algumas armas de fogo mais antigas dispensavam seu uso, trata-se de um componente indispensável às armas modernas. O invólucro possibilita que todos os componentes necessários ao disparo fiquem unidos em uma peça, facilitando o manejo da arma e diminui o tempo de intervalo em cada disparo.

Atualmente, a maioria dos invólucro são construídos em metais não ferrosos, principalmente o latão (liga de cobre e zinco), mas também são encontrados invólucro construídos com diversos tipos de materiais como plásticos (munição de treinamento e de espingardas), papelão (espingardas) e outros.

A forma do invólucro é muito importante, pois as armas modernas são construídas de forma a aproveitar as suas características físicas.

Para fins didáticos, o invólucro será classificado nos seguintes tipos:

Cabe ressaltar que, na prática, não existe invólucro totalmente cilíndrico, sempre haverá uma pequena conicidade para facilitar o processo de extração.

Soldado israelense posando com projéteis.

Os invólucro tipo garrafa foram criados com o fim de conter grande quantidade de pólvora, sem ser excessivamente longo ou ter um diâmetro grande. Esta forma é comumente encontrada em cartuchos de fuzis, que geram grande quantidade de energia e, muitas vezes, têm projéteis de pequeno calibre.

A base do invólucro é importante para o processo de carregamento e extração, sua forma determina o ponto de apoio do cartucho na câmara ou tambor (headspace), além de possibilitar a ação do extrator sobre o invólucro.

Cabe lembrar que alguns tipos de invólucro, nos diversos itens da classificação, não foram citados por serem pouco comuns.

Projétil sem invólucro

São projéteis que não possuem invólucro (estojo), sendo o corpo formado pelo propelente, espoleta e projétil juntos. As grandes vantagens são o peso e preço reduzidos e simplificação da arma, porém é mais difícil que a culatra seja selada, e é mais comum de se ocorrer cook–off, ou seja, quando o projétil é disparado acidentalmente devido ao fato de a câmara ter se aquecido demais, o que é relativamente comum neste tipo de cartucho devido ao propelente ter contato direto com as paredes da câmara.

Propelente

Propelente ou carga de projeção é a fonte de energia química capaz de arremessar o projétil a frente, imprimindo-lhe grande velocidade. A energia é produzida pelos gases resultantes da queima do propelente, que possuem volume muito maior que o sólido original. O rápido aumento de volume de matéria no interior do estojo gera grande pressão para impulsionar o projétil.

A queima do propelente no interior do estojo, apesar de mais lenta que a velocidade dos explosivos, gera pressão suficiente para causar danos na arma, isso não ocorre porque o projétil se destaca e avança pelo cano, consumindo grande parte da energia produzida.

Atualmente, o propelente usado nos cartuchos de armas de defesa é a pólvora química ou pólvora sem fumaça. Desenvolvida no final do século XIX, substituiu, com grande eficiência, a pólvora negra, que, hoje, é usada apenas em velhas armas de caça e réplicas para tiro desportivo. A pólvora química produz pouca fumaça e muito menos resíduos que a pólvora negra, além de ser capaz de gerar muito mais pressão, com pequenas quantidades e reduzir a necessidade de manutenção do armamento.

O uso de ambos tipos de pólvora é muito difundido e a munição de um mesmo calibre pode ser fabricada com um ou outro tipo.

Espoleta ou Cápsula

Espoletas

A espoleta é um recipiente que contém a mistura detonante e uma bigorna, sendo utilizada em cartuchos de fogo central.

A mistura detonante, é um composto que queima com facilidade, bastando, para tal, o atrito gerado pelo amassamento da espoleta contra a bigorna, provocado pelo percussor. A queima dessa mistura gera calor, que passa para o propelente através de pequenos furos no estojo, chamados eventos.

Outros tipos de espoletas foram fabricados no passado, mas, hoje, são raros de serem encontrados.

Partes

Projéteis e suas partes expostas

Um projétil balístico moderno pode ser dividido em três partes:

Tipos de pontas

Formato

Quanto ao formato das pontas, os projéteis podem ter um dos seguintes:

Revestimento

Os projéteis, podem ou não ter o seu núcleo revestido. Caso seja esse o caso, o núcleo, geralmente de chumbo puro, conferindo o peso necessário e um bom desempenho balístico, é recoberto por uma capa externa chamada "camisa" ou "jaqueta". A "camisa" é normalmente fabricada com ligas metálicas como: cobre e níquel; cobre, níquel e zinco; cobre e zinco; cobre, zinco e estanho ou aço, ou ainda: tombac, cobre, náilon, teflon. Essas "camisas" fazem com que o projétil deslize pelo cano da arma melhor que o chumbo; resultado: o projétil faz sua trajetória com mais velocidade, o que melhora a precisão e o alcance do disparo. Os projéteis encamisados podem ter sua capa externa aberta na base e fechada na ponta (projéteis sólidos) ou fechada na base e aberta na ponta (projéteis expansivos). Os projéteis sólidos têm destinação militar, para defesa pessoal ou para tiro esportivo. Destaca-se sua maior capacidade de penetração e alcance.

Comportamento

Quanto ao comportamento, os projéteis podem ser:

Referências

  1. Projétil ou projetil
  2. Reocities - Espaço da Perícia Criminalística. Projéteis e Espoletas. Acessado em 23/10/2020.

Ver também

Literatura