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Tengoku to jigoku | |
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天国と地獄 Céu e Inferno (bra) | |
![]() 1963 • preto-e-branco • 143[1] min | |
Gênero | drama policial |
Direção | Akira Kurosawa |
Produção | Akira Kurosawa[1] |
Roteiro | Ryūzō Kikushima Hideo Oguni Eijiro Hisaita Akira Kurosawa[1] |
Baseado em | King's Ransom de Ed McBain |
Elenco | Toshiro Mifune Tatsuya Nakadai Kyōko Kagawa Tatsuya Mihashi Yutaka Sada |
Música | Masaru Sato[1] |
Cinematografia | Asakazu Nakai Takao Saito[1] |
Edição | Akira Kurosawa[1] |
Companhia(s) produtora(s) | Kurosawa Films Toho[1] |
Lançamento |
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Idioma | japonês |
Orçamento | ¥230 milhões[2] |
Receita | ¥460.2 milhões[3] |
Tengoku to jigoku (天国と地獄, lit. "Céu e Inferno") (bra: Céu e Inferno)[4] é um filme policial japonês de 1963, dirigido por Akira Kurosawa, e estrelado por Toshiro Mifune, Tatsuya Nakadai e Kyōko Kagawa. O filme é vagamente baseado no romance King's Ransom de 1959, do escritor americano Ed McBain (Evan Hunter).[5]
Um rico executivo chamado Kingo Gondo (Toshiro Mifune) está lutando para obter o controle de uma empresa chamada National Shoes. Uma facção quer que a empresa fabrique calçados baratos e de baixa qualidade, em oposição aos calçados resistentes e de alta qualidade produzidos. Gondo acredita que o futuro da empresa será beneficiado pela produção de sapatos bem feitos e modernos, embora este plano seja impopular na organização porque dará lucros mais baixos. Ele secretamente organizou um leveraged buyout para obter o controle da empresa, hipotecando tudo o que possui.
Quando ele está prestes a colocar seu plano em prática, ele recebe um telefonema de alguém que afirma ter sequestrado seu filho, Jun. Gondo está preparado para pagar o resgate, mas a ligação é considerada falsa quando Jun chega dentro de casa após brincar fora. No entanto, o amigo de Jun, Shinichi, filho do motorista de Gondo, está desaparecido e os sequestradores o levaram por engano.
Em outro telefonema, o sequestrador revela seu erro, mas ainda exige o pagamento. Gondo agora é forçado a tomar uma decisão sobre pagar o resgate ou concluir a compra da empresa. Depois de uma longa noite, Gondo anuncia que não pagará o resgate, explicando que isso levaria a perda de seu cargo na empresa e o endividaria. Seus planos são frustrados quando seu assessor informa a facção rival sobre o sequestro em troca de uma promoção caso eles assumam. Finalmente, após apelos do motorista e da esposa, Gondo decide pagar o resgate. Seguindo as instruções do sequestrador, o dinheiro é jogado fora de um trem em movimento; Shinichi sai ileso.
Gondo é forçado a sair da empresa. A história é divulgada e Gondo vira um herói, enquanto a National Shoe Company é boicotada. Nisso, a polícia finalmente encontra o esconderijo onde Shinichi foi mantido. Lá são encontrados os corpos dos cúmplices do sequestrador, mortos por overdose. A polícia supõe que o sequestrador planejou suas mortes dando-lhes drogas. Pistas levam à identidade do sequestrador, um médico em um hospital local, mas sem nenhuma evidência concreta que o ligue ao caso.
A polícia prepara uma armadilha, primeiro plantando uma história nos jornais, insinuando que os cúmplices ainda estão vivos, e depois falsificando uma nota exigindo mais drogas. O sequestrador é então detido tentando fornecer outra dose letal de drogas aos seus cúmplices, depois de testar em um viciado e ele morrer. A maior parte do dinheiro do resgate é recuperada, mas é tarde demais para salvar as propriedades de Gondo. Com o sequestrador preso, ele pede para ver Gondo enquanto está na prisão e ele finalmente o encontra. O sequestrador não diz estar arrependido de suas ações. Ao revelar que a inveja de ver todos os dias a casa de Gondo o levou a conceber o crime, suas emoções vão ganhando controle sobre ele e ele acaba desabando emocionalmente diante de Gondo após perceber seu fracasso.
Tengoku to jigoku foi filmado na Toho Studios e em Yokohama.[1] O filme inclui músicas de Bijo to Ekitai-ningen (1958), dirigido por Ishiro Honda.[6]
Kurosawa incluiu participações especiais de muitos de seus artistas populares e colegas, tornando seu elenco repleto de estrelas um dos destaques mais lembrados do filme.[7]
O filme destaca a infraestrutura moderna do Japão dos anos do milagre econômico e a preparação para as Olimpíadas de Tóquio em 1964, incluindo linhas ferroviárias rápidas e a proliferação de automóveis de uso pessoal.[8]
Tengoku to jigoku foi lançado no Japão em 1º de março de 1963.[1] O filme foi lançado pela Toho International, com legendas em inglês, nos Estados Unidos em 26 de novembro de 1963.[1][6]
O jornal americano Washington Post escreveu que "Tengoku to jigoku é, de certa forma, a peça que acompanha Kumonosu-jō – é Macbeth, se Macbeth tivesse se casado melhor. O filme compartilha os rigores da construção de Shakespeare, a amplitude simbólica e histórica, o ritmo que faz a história se expandir organicamente na mente".[9]
Stanley Kauffmann, do The New Republic, depois de perguntar o porquê Kurosawa queria fazer Tengoku to jigoku, escreveu: "Dizer tudo isso não é, espero, desencorajar o leitor de ver este filme. Muito pelo contrário. Duas horas e vinte e três minutos de entretenimento fino não é uma conquista comum. Além disso, desde da abertura (literalmente) até o fim, Kurosawa nunca comete o menor passo em falso e nem o permite em mais ninguém".[10]
Martin Scorsese o incluiu na sua lista de “39 Filmes Estrangeiros Essenciais para um Jovem Cineasta”.[11]
No Rotten Tomatoes, Tengoku to jigoku tem uma taxa de 95% de aprovação com base em 21 avaliações, com pontuação média de 8/10.[12] Em 2009, o filme ficou em 13º lugar na lista dos "Maiores Filmes Japoneses de Todos os Tempos" organizada pela revista de cinema japonesa Kinema Junpo.[13]
A minissérie Full Circle de 2023, da plataforma de streaming Max, teve Tengoku to jigoku como inspiração na elaboração de seu roteiro.[14]