Tiê-sangue | |
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![]() Fotografia de um tiê-sangue (Ramphocelus bresilius) macho, em Cananéia, São Paulo. | |
![]() Ilustração de um tiê-sangue (Ramphocelus bresilius) fêmea (1841), por William Swainson. | |
Estado de conservação | |
![]() Pouco preocupante (IUCN 3.1) | |
Classificação científica | |
Nome binomial | |
Ramphocelus bresilius (Linnaeus, 1766) ![]() | |
Distribuição geográfica | |
![]() As florestas e áreas costeiras das regiões de Mata Atlântica, ao leste do Brasil, são o habitat do tiê-sangue (Ramphocelus bresilius). | |
Subespécies | |
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Sinónimos | |
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O tiê-sangue (Ramphocelus bresilius) é uma espécie de ave passeriforme da família dos traupídeos pertencente ao gênero Ramphocelus, é endêmica do leste do Brasil e do extremo nordeste da Argentina (Misiones). Também conhecido popularmente como sangue-de-boi, canário-baêta, xau-baêta, tapiranga, brasil, prebiquim, tiê-berne, tiê-fogo, tiê-piranga, tiê-sangue-do-centro e tiê-vermelho) Na taxonomia de Sibley-Ahlquist é colocado entre os fringilídeos.
É um pássaro endêmico de florestas de Mata Atlântica, mangues, restingas e habitats moderadamente antrópicos da região oriental do Brasil, do estado do Rio Grande do Norte até Santa Catarina; mais frequente em áreas costeiras arborizadas e capoeiras até altitudes de 1.000 m. Possui uma população isolada no extremo nordeste da Argentina, na província de Misiones. Foi classificada em 1766, por Carolus Linnaeus, sendo considerada a ave símbolo da Mata Atlântica e uma das mais espetaculares do mundo por sua plumagem vermelha, no macho; listada pela União Internacional para a Conservação da Natureza como espécie pouco preocupante. De acordo com Hilty (2016) ela mede entre 18 e 19 centímetros de comprimento e pesa entre 27.9 e 35.5 gramas. Sua denominação binomial, Ramphocelus bresilius, significa "pássaro brasileiro com bico côncavo".
Este pássaro apresenta grande dimorfismo sexual. No macho ocorre a predominância de penas de cor vermelha intensa, contrastando com suas asas e retrizes em negro e adquiridas no segundo ano de vida; sendo dotados de um bico pontudo e negro em sua área superior, com 2/3 em branco, em uma área que parece calosa, na base da mandíbula inferior. Olhos vermelho-escurecidos.
A fêmea e o macho imaturo apresentam as penas de coloração bem mais discreta, sendo castanho-acinzentados na região da cabeça e cobertura das asas, na cauda e na garganta; com o ventre de coloração alaranjada. Macho com bico negro, não castanho como na fêmea.
A vocalização de chamada (ou advertência) é constituída por sons como "jep", "jip", "ist", "sst-sst", ou um "tchiip" forte, ao se alimentar. O canto é um gorjear melodioso e trissilábico, "djüle-djüle-djüle", que costuma ser repetido sem pressa. Às vezes, alguns indivíduos vocalizam juntos num pairar rouco e rápido.
A fêmea coloca de 2 a 3 ovos de um tom verde-azulado e brilhoso, com algumas manchas pretas, os chocando por 13 dias. O material utilizado para a confecção do ninho em formato de um cesto é composto por fibras vegetais de palmeira, sisal, coco ou capim. A incubação é de total responsabilidade da fêmea, num período médio de 13 dias; porém, quando os filhotes nascem, o macho ajuda na sua alimentação até que tornem-se independentes, em aproximadamente 35 dias. Cria frequentemente os filhotes de chupim ou vira-bosta (Molothrus bonariensis). Durante o acasalamento, os machos costumam levantar a cabeça verticalmente, exibindo ao máximo a base reluzente de sua mandíbula, para assim atrair a fêmea.
Nos bosques tropicais onde habita, o tiê-sangue se alimenta de frutos e invertebrados, incluindo pitangas, bananas e os frutos da embaúba e da fruta-do-sabiá ou marianeira (Acnistus arborescens).
R. bresilius possui duas subespécies:
"Tiê" e "tié" se originaram do tupi ti'ê. "Baeta" é um tecido felpudo de lã. "Tapiranga" veio do tupi tapi'rãga, "plumagem-vermelha". "Tiê-piranga" veio do termo tupi para "tiê-vermelho".
Controle de autoridade |
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Identificadores taxonómicos |
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Identificadores |
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